Matriz de Rastreabilidade de Requisitos: gerenciando e controlando mudanças no escopo do projeto

Última atualização em 19/05/2020

Um dos benefícios mais importantes de qualquer iniciativa de gerenciamento de requisitos dentro de uma metodologia para gestão de projetos está no gerenciamento e controle de mudanças no escopo desses projetos. Com mecanismos eficazes para elicitar, documentar e controlar nossos requisitos, conseguimos garantir que temos um retrato adequado do escopo do nosso projeto no seu início e que conseguiremos acompanhar a evolução desse escopo de forma adequada. Uma das ferramentas de que dispomos para nos auxiliar nesse acompanhamento é a matriz de rastreabilidade.

Vamos entender melhor o que é:

O que é a matriz de rastreabilidade de requisitos?

Antes de tratarmos da matriz de rastreabilidade propriamente dita, precisamos definir claramente o que entendemos por rastreabilidade. Segundo o dicionário, a palavra rastrear significa “seguir o rastro ou pegada de”.

Aplicada ao gerenciamento de requisitos, significa registrar e manter o relacionamento entre os objetos que estamos gerenciando. Podemos manter a rastreabilidade entre requisitos e objetivos de negócio, por exemplo, para procurar saber especificamente qual objetivo de negócio cada requisito contribui para atender.

O BABOK® (Business Analysis Body of Knowledge) recomenda o gerenciamento da rastreabilidade dos requisitos como uma das tarefas da área de conhecimento “Gerenciamento e Comunicação dos Requisitos”. O seu objetivo, ainda segundo o BABOK, é “criar e manter relacionamentos entre objetivos de negócios, requisitos, outros entregáveis da equipe, e componentes da solução para apoiar a análise de negócios e outras atividades”.

A matriz de rastreabilidade surge então como uma ferramenta para facilitar a visualização dos relacionamento entre requisitos e outros artefatos ou objetos.

Tipos de matriz de rastreablidade

É possível gerar matrizes de vários tipos. Roger Pressman sugere algumas no seu “Software Engineering” (ele usa o nome tabela e não matriz, mas o resultado é o mesmo):

  • Matriz de rastreabilidade entre funcionalidades: mostra o relacionamento entre partes do sistema visíveis aos clientes/usuários.
  • Matriz de rastreabilidade de fontes: permite identificar a fonte, isto é, a origem de cada requisito.
  • Matriz de rastreabilidade de dependências: essa é a forma mais comum da matriz, e identifica os relacionamentos entre os requisitos. Por ser a mais comum, quando dizemos apenas “matriz de rastreabilidade” geralmente estamos nos referindo à matriz de rastreabilidade de dependências.
  • Matriz de rastreabilidade de subsistemas: relaciona os requisitos pelos subsistemas a que estão relacionados.
  • Matriz de rastreabilidade de interfaces: identifica como os requisitos se relacionam com as interfaces internas e externas do sistema.

Modelo de matriz de rastreabilidade

Qualquer que seja o tipo de matriz, ela sempre segue o mesmo modelo. Basicamente, coloca-se os objetos sendo rastreados nos eixos de uma tabela e marca-se os pontos de intersecção. No caso mais comum, da matriz de rastreabilidade entre requisitos ou de dependências, repete-se os requisitos nos eixos horizontal e vertical.

Exemplo matriz de rastreabilidade

É possível manter a matriz de rastreabilidade manualmente em uma planilha, mas é fácil perceber como isso rapidamente se torna inviável para sistemas um pouco mais complexos. Nesses casos, muitas ferramentas de software para gerenciamento de requisitos montam as matrizes automaticamente e as mantém atualizadas conforme atualizamos o banco de requisitos.

Imagine agora que na metade do desenvolvimento do seu projeto você recebe uma solicitação de mudança que envolve alterar um determinado requisito. Sem uma matriz de rastreabilidade, você pode não perceber todo o impacto dessa mudança no seu sistema e acabar tomando decisões equivocadas por não poder realizar uma análise de impacto completa e confiável.

Com a matriz, facilmente conseguimos identificar quantos e quais requisitos são afetados por qualquer alteração no sistema, e assim tornamos nossa avaliação de impacto muito mais eficaz.

Aperfeiçoe-se ainda mais assistindo ao nosso webinar gratuito sobre escopo de projeto e nível de detalhamento ideal.

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O BABOK (Business Analysis Body of Knowledge) é uma marca registrada do International Institute of Business Analysis.

O que estudar para a certificação PMI-ACP?

Última atualização em 13/04/2020

Para quem quer se preparar para obter a certificação Agile do PMI aqui vão algumas dicas sobre o que pode cair na prova. O PMI não tem um BOOK Agile, mas uma base do conteúdo da prova com alguma descrição dos assuntos abordados está publicado no PMI-ACP Examination Content Outline. Minha percepção é que a certificação PMI-ACP está bastante focada em projetos de Software, ou seja, não vai agregar muito para profissionais de outras áreas.

Abaixo alguns pontos mais relevantes que devem ser tratados com bastante atenção pelos candidatos e alguns links que podem servir de apoio para estudo:

Princípios gerais de Gestão de Projetos no PMI-ACP

Sim, a certificação PMI-ACP vai muito além do Scrum. Alguns conceitos gerais de gestão de projetos que são cobertos superficialmente pelas metodologias ágeis podem ser abordadas como, por exemplo, a gestão de riscos, a fase de iniciação de um projeto, escopo, cronograma, custos, valor agregado, enfim, um estudo de boas práticas de gestão de projetos vai ajudar bastante.

Manifesto Ágil

Entenda muito bem o Manifesto Ágil. Não é decoreba, mas sim o que significa cada um dos princípios descritos.

Scrum

Entenda muito bem a estrutura:

  • Os papéis de Scrum Master, Product Owner e Team.
  • As cerimônias de Sprint Plannig, Sprint Review e Sprint Retrospective.
  • Os artefatos de Product Backlog, Sprint Backlog e Burn Charts.

Extreme Programming

Assunto bastante abordado também, merecendo especial atenção de estudo. Entenda os valores, princípios e práticas XP.

Outros frameworks ágeis

É importante ainda estudar frameworks como:

  • Crystal Clear
  • Adaptive Software Development
  • Feature Driven Development
  • Dynamic System Development Method

Estimativas Ágeis

Saiba em detalhes como funciona o Planning Poker e outras técnicas de estimativa por referência. Também é importante entender conceitos como Velocidade do Time e Story Points.

Técnicas de Comunicação

Esta é a base para redução da documentação de um projeto, então merece especial atenção para entender o que são:

  • Radiadores de informação (Kanban, por exemplo)
  • Sala de guerra ou espaço do time
  • Comunicação osmótica
  • Reuniões diárias

Técnicas de Qualidade

Também é uma boa fonte de informação, sendo necessário entender conceitos como:

  • TDD
  • Definition of Done
  • Continuous Integration
  • Refactoring

Lean

Também é bom estar preparado para responder questões sobre conceitos relacionados a Lean como:

  • Eliminar Desperdícios
  • Incluir a Qualidade no Processo
  • Criar Conhecimento
  • Adiar Decisões e Comprometimentos
  • Entregar o quanto antes
  • Respeitar as Pessoas e delegar poder a equipe
  • Otimizar o Todo

É um conjunto bastante amplo de conhecimento e vale a pena estuda-los, não só por causa da prova, mas também por que eles agregam muito a vida de um GP.

Esteja preparado pois a prova não é nenhum absurdo de complicada, mas não imagine que apenas o conhecimento profundo do Scrum vai garantir a sua aprovação.

Aproveite para assistir ao nosso webinar gratuito sobre métodos ágeis e relembre o manifesto ágil e alguns de seus princípios.

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Leitura complementar

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