Passo-a-passo: constituindo um PMO sem retroescavadeira!

Última atualização em 19/05/2020

O que tem a ver um PMO e uma retroescavadeira?

Bom, imagine que você precise fazer um buraco, e tenha a oportunidade de utilizar uma retroescavadeira novinha, com comandos às mãos, braços hidráulicos, grande capacidade de carga e ainda por cima, ar-condicionado. Não seria sensacional?

É isto que muitas organizações pensam ao idealizar um PMO, tendo por primeiro passo a aquisição da retroescavadeira, ou seja, um software mágico que faça balanceamento de cronogramas, nivelamento de carga de recursos, priorização de projetos, tudo isto com apenas um clique.

O problema é que estas organizações não sabem ao certo qual o tamanho do buraco, a profundidade, o tipo de terreno, enfim, desconhecem quais os passos e ferramentas mais adequadas para fazer o buraco dentro do seu ambiente.

Por que não tentar começar com uma pá? Se não tiver pá, use a mão! Este é o segredo para uma implementação de sucesso. Faça com os recursos disponíveis e não fique esperando que a retroescavadeira esteja disponível para começar a trabalhar.

Uma ferramenta completa não facilitará seu processo, muito pelo contrário, poderá muitas vezes atrapalhar, fazendo com que você adéqüe seus processos à ferramenta e não a ferramenta aos seus processos.

A implementação de um PMO exige muita energia, persistência e principalmente muitas adequações às necessidades específicas da sua organização, portanto, se você estiver utilizando uma pá, será muito mais fácil você realizar adequações do que se você tiver no ar-condicionado de uma retroescavadeira, sem contato direto com as adversidades do dia-a-dia de uma implementação.

Uma licença de MS-Project, Excel e um pouco de conhecimento em tabela dinâmica já é um bom começo, isto é o suficiente para você estabelecer padrões de controle de demandas, informativos de projetos, gerenciar capacidade de equipe, realizar checagens (Quality Assurance) e manter um portfólio de projetos sob controle.

Parece fácil, não é? E é mesmo, basta ter disciplina, processos bem estabelecidos e documentados, e o resto é só transpiração.

Então vamos lá, literalmente mãos à obra.

Construindo um PMO

1º Passo

Comece analisando seu terreno (ambiente), suas necessidades de indicadores, sua maturidade em gerenciamento de projetos, ou seja, comece por um diagnóstico de maturidade.

Teste de maturidade em gestão de projetos

2º Passo

Analise seus processos, formais e informais, documente-os de maneira clara. É importante que os processos sejam levantados pelos executores e não pela gestão, pois na prática a equipe pode executar atividades não reconhecidas pela organização. Neste passo uma análise de processos (as-is e to-be) é de fundamental importância para o sucesso da implementação, sendo que, estes processos devem ser construídos pelos executores. Leiam-se executores todos os participantes do processo, do fornecedor ao cliente, do patrocinador ao usuário final, todos mesmo. É recomendável a utilização da notação BPMN, visando automatização dos processos após a estabilização dos mesmos.

3º Passo

Utilize a pá! Coloque o processo para rodar com as ferramentas que você tem em mãos. Quanto mais simples, melhor, pois mudanças serão necessárias e você não poderá perder o timing do processo porque a ferramenta a ou b está se comportando de uma forma diferente da desenhada no processo. Isto pode gerar descrédito ao processo e colocar em risco a credibilidade das informações disponibilizadas pelo PMO.

4º Passo

Defina metas, indicadores, mensure seu processo e otimize-o. Os resultados dos seus projetos, o nível de controle do seu portfólio e a otimização da capacidade da sua equipe irão surpreendê-lo.

5º Passo

Agora sim! Procure uma retroescavadeira.

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Produtividade em Blocos – Conheça a Técnica Pomodoro

Última atualização em 15/02/2024

Sabe aquele intervalo de meia hora entre uma reunião e outra? Aquela horinha no começo do dia antes de chegar a turma do escritório? Você consegue ser produtivo nesses intervalos curtinhos? E aquela reunião de planejamento enfadonha que dura o dia inteiro? Ou aquele dia em que você precisa estudar para a prova de certificação? Como manter-se motivado e com bom rendimento durante atividades muito longas? Para esses casos limítrofes que desafiam a nossa concentração e resistência é que a Técnica Pomodoro encontra sua aplicação ideal.

O que é a Técnica Pomodoro?

A Técnica Pomodoro é uma técnica extremamente simples de gestão de tempo, cujo objetivo é aumentar a sua produtividade e “livrá-lo da ansiedade do tempo”. O principal fundamento da técnica consiste em dividir suas atividades em blocos de 25 minutos de duração, os chamados “Pomodoros”.

Durante cada um desses blocos, você executa uma, e só uma, atividade, sem absolutamente nenhuma interrupção. Terminado o bloco de tempo, faz-se cinco minutos de descanso, durante os quais você pode fazer qualquer coisa desde que não esteja relacionado ao trabalho que você estava executando. Em seguida, repita o ciclo.

A técnica foi criada pelo então estudante italiano Francesco Cirillo. Francesco sentia que tinha bastante dificuldade para se concentrar e focar em seus estudos. Começou então a medir quanto tempo ele conseguia ficar totalmente concentrado em uma única tarefa. Como ficou decepcionado com o resultado obtido, começou a traçar objetivos para gradualmente aumentar esse período. Porém, descobriu que quando usava intervalos longos demais, o dia rapidamente tornava-se cansativo.

Assim, após muita experimentação, chegou ao formato atual usado na Técnica Pomodoro: 25 minutos de trabalho seguido por 5 minutos de pausa. A cada quatro blocos, faz-se um intervalo maior, de 15 minutos. O nome da técnica vem do relógio que Francesco usava, em formato de tomate – em italiano, “pomodoro”.

técnica pomodoro

Como aplicar a Técnica Pomodoro?

O primeiro passo para aplicar a Técnica Pomodoro é planejar o seu dia. Deve-se sempre listar as tarefas a serem executadas, planejadas em blocos de meia hora. Uma tarefa pode pode ser dividida em vários pomodoros, mas evite tarefas de mais do que uns seis pomodoros – caso contrário o fato de parecer estar sempre tão longe do fim pode desanimá-lo no meio do caminho. Há quem diga que o ideal é montar a lista de tarefas no final do dia, para ir dormir sem essa preocupação.

Por outro lado, alguns sugerem que o ideal é montar a lista no início do dia, assim temos a lista toda fresquinha na cabeça durante o dia todo. Particularmente prefiro a segunda opção, mas cabe testar para encontrar a sua preferência. Existem ferramentas que podem ajudar a manter a sua lista de tarefas e os seus pomodoros organizados.

Para quem gosta de papel para essas coisas, o site oficial da técnica tem uma seção de materiais com listas para manter suas tarefas. Se você prefere algo mais moderno, recomendo o Artia, que tem uma tela especificamente desenhada para usar com a Técnica Pomodoro.

Um fator importante para a aplicação da técnica é a eliminação total das distrações. Durante cada pomodoro, o foco na tarefa atual deve ser absoluto – não pode atender telefone, ler email, ver aquela mensagem no MSN, escolher uma nova música para ouvir, levantar pra tomar café nem pra ir ao banheiro. Se alguém distrair você durante o pomodoro, explique que você não pode parar sua atividade agora e que retornará o contato assim que terminar o seu pomodoro.

Registre todas as interrupções, assim você poderá medir o seu desempenho e tomar ações para melhorá-lo. A técnica divide as interrupções em internas e externas – as primeiras são aquelas geradas por nós mesmos, quando a gente lembra de algo extremamente urgente para fazer, como trocar a música que estamos ouvindo ou conferir se aquele produto bacana entrou em promoção hoje.

As externas são aquelas geradas por outras pessoas, como o colega que aparece pedindo ajuda em alguma tarefa ou o telefone que toca. Registre ambos os tipos, uma vez que as medidas para resolver cada tipo de interrupção pode ser diferente. Caso uma interrupção ocupe mais do que alguns segundos do seu pomodoro, já era – considere-o invalidado, registre o ocorrido e reinicie o relógio.

No começo, provavelmente você terá dificuldades em aplicar a técnica. Vinte e cinco minutos parece pouco tempo, mas na correria do dia a dia você verá que é difícil permanecer focado durante esse tempo. As distrações também serão muitas – inclusive as internas. Porém, com um pouco de prática, as distrações diminuem e o relógio parece andar bem mais rápido. Com o uso constante da técnica, as tarefas são concluídas mais rapidamente e ficamos menos cansados no final do dia. Experimente!

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