Metodologia de projetos: o que é e como escolher a ideal?

Os desafios da gestão de projetos começam cedo, logo é necessário escolher a metodologia de projetos mais adequada ao trabalho que precisa ser feito. 

Porém, entre tantos processos, documentos e prazos, pode ser complicado saber quais práticas são mais efetivas, certo?

Por isso, neste post, vamos falar sobre metodologias de gerenciamento de projeto e seus principais conceitos, além de apresentar dicas valiosas para o sucesso do seu negócio!

Vamos lá?

O que é uma metodologia de projeto?

Uma metodologia de projeto é um conjunto de abordagens, processos, técnicas e ferramentas que são utilizados para planejar, desenvolver e gerenciar projetos de maneira eficaz.

Ela fornece uma estrutura para orientar as atividades desde o início do projeto até a sua conclusão, com o objetivo de alcançar os objetivos estabelecidos dentro das restrições de recursos, prazos e requisitos.

A escolha da metodologia de projeto adequada depende do tipo de projeto, das necessidades da equipe e da organização, das restrições de tempo, e de outros fatores relevantes.

Qual a importância da metodologia de projetos?

Uma metodologia é importante para a gestão de projetos de qualquer empresa, mas principalmente para aquelas que executam projetos complexos ou vários projetos simultâneos.

Isso porque, ela desempenha um papel crucial no sucesso e na eficiência dos projetos, oferecendo uma estrutura organizada e orientação para todas as fases do projeto, desde o planejamento até a conclusão.

Veja algumas das razões pelas quais a metodologia de projeto é importante:

No geral, a metodologia de projeto oferece uma estrutura que ajuda a equipe a navegar pelos desafios do projeto de forma mais organizada, orientada e eficaz, maximizando as chances de sucesso e alcançando os objetivos estabelecidos.

Os tipos de metodologia de projeto

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Tradicional

As metodologias tradicionais (ou preditivas) são aplicadas de forma que todo o planejamento do projeto seja feito antes de sua execução.

Desse modo, todas as características relevantes do projeto, como cronograma, escopo, orçamento e materiais são definidos com antecedência. Isso acaba diminuindo a tolerância a mudanças no projeto.

Esse tipo de metodologia é mais usado por empresas que já possuem experiência com projetos e conhecem as práticas que melhor se encaixam a seu modelo de trabalho. Com essa expertise em projetos, essas organizações têm menos necessidades de fazer mudanças no planejamento. É claro que essa decisão também depende da disponibilidade de informações sobre o projeto, como abordaremos mais adiante.

Ágil

Uma metodologia ágil, ao contrário das tradicionais, é adaptável ao rumo que o projeto toma durante a execução. O planejamento é feito de forma iterativa, ou seja, as características são definidas de acordo com as entregas.

Se uma etapa do projeto acaba levando mais tempo para ser finalizada, por exemplo, o cronograma se adapta a esse imprevisto. Por isso, a tolerância a mudanças é muito maior.

Por ser mais flexível, a metodologia ágil é mais usada por startups e organizações, que não são tão familiarizadas com a gestão de projetos clássica. Assim, têm mais liberdade para fazer mudanças no planejamento e se adequar às mudanças rapidamente.

Além disso, a ágil é útil também para empresas que inovam constantemente, o que exige metodologias mais adaptáveis.

Híbrida

Uma metodologia híbrida, como o próprio nome sugere, é composta por um mix de conceitos tradicionais e ágeis. Assim, a empresa pode escolher quais práticas são mais adequadas para atingir seus objetivos e metas atuais, criando uma gestão de projetos “personalizada”.

Uma organização pode querer organizar o esforço das equipes em sprints, por exemplo, mas optar pela utilização de um escopo bem detalhado para obter a aprovação do cliente.

Assim, essa metodologia surge para empresas que já tem conhecimento extenso sobre projetos, porém que buscam inovação e atualização de suas práticas constantemente. Com uma metodologia híbrida é possível reunir o melhor dos dois mundos!

Tendo em mente os três diferentes tipos de metodologias, podemos apresentar as principais metodologias de gerenciamento de projetos.

Confira!

9 metodologias de projeto mais conhecidas

Sejam ágeis ou tradicionais, existem muitas metodologias de projetos no mercado, cada uma focada em um ou mais aspectos da gestão de projetos. Entre as mais conhecidas estão:

1. Cascata

Por ser muito sistemática e detalhada, é comum confundir a metodologia cascata com a categoria tradicional. Ela normalmente é usada quando todos os detalhes do projeto, como requisitos, prazos e recursos, estão bem definidos.

A cascata tem esse nome por ser sequencial, ou seja, uma etapa do projeto só é iniciada quando a anterior está concluída. Observe:

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Como a maioria das metodologias tradicionais, o planejamento da cascata é feito antes do início da execução do projeto e todas as etapas são reunidas e aprovadas uma única vez.

2. PRINCE2

A PRINCE2 é uma metodologia inglesa originalmente criada para projetos da área de TI, porém atualmente é usada por diversos setores. Ela se baseia em 7 princípios, 7 temas e 7 processos:

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Esses 21 conceitos fazem parte das melhores práticas da gestão de projetos e, apesar de ser uma metodologia tradicional, a PRINCE2 é flexível e pode ser usada em conjunto com outras estratégias, inclusive metodologias ágeis.

3. Scrum

Scrum é a metodologia ágil mais conhecida atualmente, originalmente criada para empresas de software. Nesse framework, a execução do projeto é dividida em sprints, pequenos ciclos de trabalho que geram entregas que compõem o produto final.

O planejamento do escopo do projeto é feito a cada sprint, de forma iterativa. Assim, é muito mais simples implementar mudanças na execução.

Apesar de ser considerada imprevisível por alguns, a metodologia scrum ajuda a criar uma solução que atende melhor às necessidades do cliente, além de aumentar a produtividade das equipes.

4. eXtreme Programming (XP)

A XP é uma metodologia muito semelhante ao Scrum, mais focada na simplicidade e produtividade. As sprints normalmente são mais curtas e testes e revisões são feitos constantemente, para garantir a qualidade do produto final.

Assim, essa metodologia consiste, basicamente, em levar todas as práticas consideradas benéficas para a gestão ágil ao extremo.

Ao contrário do que muitos pensam, a XP funciona muito bem para projetos complexos. Isso porque, graças aos ciclos de trabalho curtos e a alta tolerância a mudanças, é fácil prever, evitar e contornar riscos que podem comprometer todo o projeto.

5. Lean

Lean se traduz do inglês para “enxuto”. Bem como o nome sugere, a intenção desta metodologia é justamente tornar os processos mais simples. Isso, por meio de profissionais qualificados e trabalho inteligente, visando utilizar menos recursos para entregar um produto melhor.

Para isso, o Lean segue alguns princípios, como:

  • Minimizar o desperdício de recursos;
  • Maximizar a qualidade;
  • Investir na qualificação de profissionais;
  • Entregas rápidas;
  • Boa comunicação.

O que pode facilitar a adaptação a esta metodologia é utilizar uma ferramenta de kanban para administrar o andamento dos projetos.

6. PERT

PERT, ou Project Evaluation Review Technique, quer dizer Técnica de Revisão de Avaliação de Projetos. Dessa forma, a metodologia utiliza uma técnica de revisão para avaliar o tempo de cada tarefa de um projeto.

Aqui a intenção é reduzir ao máximo o tempo de cada etapa, já que a metodologia busca controlar o prazo e o orçamento de um projeto.

7. Método do caminho crítico (CPM)

Da sigla de Critical Path Method, a metodologia de CPM tem como intuito identificar as tarefas mais importantes (ou melhor, mais críticas) de um projeto, garantindo o gerenciamento do caminho a ser traçado e garantindo os prazos de entrega.

O CPM analisa e identifica o caminho mais longo e o caminho mais curto para a entrega de uma tarefa. Desse modo, viabiliza entregas mais rápidas das demandas mais importantes.

Essa metodologia é ideal para projetos ou equipes pequenos ou médios, principalmente.

8. ZOPP

Ziel-Orientierte Projekt Planung é o termo alemão para Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos e consiste na metodologia que busca orientar os projetos seguindo objetivos específicos.

Para isso, reúne diversos profissionais em busca de somar perspectivas. Assim, os diferentes olhares sobre o projeto contribuem para a solução de problemáticas e sucesso dos objetivos.

9. Project Model Canvas

Com o Project Model Canvas, as planilhas e tecnologias mirabolantes são deixadas de lado! Essa metodologia trabalha com uma folha A4 e post-its para focar nas questões mais importantes de um projeto. São elas:

  • Por quê?
  • O quê?
  • Quem?
  • Como?
  • Quanto?
  • Quando?

A ideia é que cada pergunta seja respondida em um post-it, completando a folha com as ideias fundamentais por trás do projeto.

E agora chegamos ao ponto crucial deste texto: como escolher a metodologia de projetos ideal para sua empresa?

Como escolher uma metodologia de projetos?

Para escolher a melhor metodologia para seu projeto, é importante observar critérios como:

Conhecimento sobre o projeto

O quanto as pessoas envolvidas sabem sobre o projeto é um critério muito importante ao escolher a metodologia de projetos. Isso porque o nível de conhecimento das equipes afeta diretamente a necessidade de mudanças ao longo da execução.

O diagrama de Stacey nos ajuda a entender melhor essa relação:

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A partir do entendimento dos requisitos necessários e do domínio das tecnologias usadas para a execução do projeto, é possível determinar o conhecimento das pessoas sobre o projeto. Esse conhecimento pode ser dividido em quatro estágios:

  • Anarquia: nada se sabe sobre o projeto. Nesse estágio, as equipes não sabem nem como começar;
  • Complexo: o conhecimento é maior do que na anarquia, mas a vulnerabilidade do projeto a riscos ainda é grande. É o estágio perfeito para metodologias ágeis;
  • Complicado: há conhecimento suficiente sobre o projeto. Nesse estágio, metodologias tradicionais são ideais;
  • Simples: as equipes já estão familiarizadas com o projeto e sabem exatamente o que deve ser feito e como.

Atenção aos riscos

Projetos complexos normalmente estão associados a uma maior exposição aos riscos. Nesses casos, uma metodologia tradicional traz mais segurança aos stakeholders, já que os riscos são listados no escopo antes mesmo do início do projeto, junto de medidas preventivas.

Agora, quando o projeto está exposto a menos riscos ou a equipe precisa focar em outros elementos, como agilidade por exemplo, a metodologia scrum pode ser mais benéfica.

Por meio dela é possível completar etapas mais rapidamente, além de contornar eventuais riscos de forma mais simples.

Complexidade do projeto

Como você já deve ter percebido, a complexidade do projeto é um fator importante a se considerar ao escolher uma metodologia.

Isso porque, na maior parte das vezes, um projeto complexo exige mais esforço dos envolvidos, mais recursos e, principalmente, maior detalhamento do escopo.

Já projetos simples são executados de forma mais fluída e acabam não exigindo tanto planejamento.

Assim, uma metodologia tradicional acaba sendo mais benéfica para projetos complexos. No entanto, a empresa pode optar, caso obtenha o conhecimento necessário, por criar uma metodologia híbrida que inclui práticas ágeis e prioriza a flexibilidade sem deixar de lado o controle.

O Euax Acelera, por exemplo, é um framework híbrido desenvolvido pela Euax Consulting que combina boas práticas de mercado com anos de experiência dos nossos consultores. O Euax Acelera é baseado nos princípios do design thinking e busca promover a cocriação através de ferramentas visuais.

Agora que você possui todas as informações necessárias para escolher sua metodologia de projetos, o próximo passo é começar a planejar sua implantação.

Para te ajudar nessa etapa, separamos um webinar com práticas e dicas de como ter sucesso na implantação de práticas de Gestão de Projetos na sua empresa!

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Gestão ágil de projetos: entenda o que é e descubra como aplicá-la na sua organização


A gestão ágil de projetos virou tendência no mundo corporativo. Mas mais do que um simples modismo, essa forma de conduzir projetos proporciona benefícios reais para as organizações.

Se você quer entender melhor o porquê do sucesso desse modelo de gestão e como ele funciona, esta é a sua chance.

Acompanhe o post e descubra:

O que é gestão ágil de projetos?

Gestão ágil de projetos é um modelo de gestão que utiliza metodologias ágeis.

Essas metodologias priorizam a capacidade de adaptação e planejamento progressivo do projeto, diferente de metodologias tradicionais, que requerem um planejamento inicial rígido e poucas mudanças ao longo do projeto.

Para isso, na gestão ágil trabalha-se com ciclos curtos e pacotes de entregas.

Essas práticas têm sido muito aplicadas em projetos de desenvolvimento de software, nos quais a capacidade de adaptação é muito necessária. Porém, se encaixam muito bem em outros tipos de projetos, como em vendas, marketing, pesquisas e tecnologias avançadas.

Confira as principais características:

Capacidade de adaptação

Quando falamos de agilidade na gestão de projetos, estamos nos referindo à capacidade de adaptação. Ao invés de trabalhar com um planejamento e escopo rígido (como no modelo tradicional) fazemos o planejamento ao longo da execução do projeto.

No agile, trabalhamos em ciclos curtos que geram entregas. Essas entregas compõem aos poucos o produto final. Assim, novas demandas a serem entregues são adicionadas no planejamento com frequência, e mudanças de rota são comuns.

Além disso, as entregas frequentes possibilitam mais feedbacks. Assim, o ágil evolui e se adapta com as lições aprendidas. Além do mais, o cliente pode mudar seu posicionamento durante a execução do projeto, ou descobrir necessidades diferentes.

Teste de maturidade em gestão de projetos

O detalhamento do escopo da gestão ágil é feito progressivamente a cada ciclo de produção. Diferente da gestão tradicional, que gerencia um escopo bem definido previamente.

Entregas Frequentes

Na gestão ágil de projetos, os requisitos são classificados por prioridades, divididos em partes menores, detalhados e preparados para serem desenvolvidos.

Esse processo ocorre constantemente durante o projeto, permitindo a descoberta de novos itens, alterações em entregas existentes e repriorização de requisitos.

Esse detalhamento gradual dos requisitos possibilita a realização de entregas rápidas e menores, mas mais frequentes, que vão compondo aos poucos o produto final. Assim, a gestão é feita em ciclos curtos de 2 a 6 semanas.

Foco na agregação de valor

Na gestão ágil de projetos, o cliente é frequentemente envolvido nos trabalhos. Afinal, se as entregas são mais frequentes, a validação também é.

Assim, possibilitamos a entrega de valor, que vai sendo formada aos poucos até atingir as expectativas.

Transparência

Transparência é dar visibilidade aos problemas, trazendo-os para a discussão coletiva a fim de identificar soluções mais rapidamente.

Não é que na gestão clássica não exista transparência, mas na gestão ágil essa característica é mais evidente, materializando-se em cerimônias que servem para alinhar o projeto.

Agora que a definição de Gestão Ágil de Projetos já está esclarecida, vamos entender melhor quais as suas diferenças em relação a Gestão Tradicional. Confira!

Gestão Ágil x Gestão Tradicional

No último bloco, elencamos as características que fazem da Gestão Ágil o que ela é. Enquanto isso, outra metodologia ainda é muito usada por diversas empresas: a Gestão Tradicional.

Diferente da Gestão Ágil, a Gestão Tradicional foca no escopo. Ou seja, planeja cada detalhe dos projetos antes de sua execução.

Confira no quadro abaixo as principais diferenças entre as duas metodologias:

Gestão tradicional x Gestão ágil

No fim das contas, resta-nos perguntar: qual a flexibilidade dos seus projetos para entregas frequentes e à evolução?

Caso a resposta seja positiva, investir na implantação da gestão ágil de projetos pode ser um grande potencializador para os seus resultados!

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A seguir, vamos apresentar algumas metodologias e ferramentas que vão te ajudar a implantar a gestão ágil de projetos na sua empresa!

Metodologias e ferramentas de gestão ágil de projetos

1. Scrum

O Scrum é a metodologia mais conhecida de gestão ágil de projetos.

As características que citamos acima sobre a gestão ágil se aplicam ao Scrum: o planejamento do projeto é feito ao longo de sua execução. São feitos ciclos de produção chamados Sprints, e ao fim de cada ciclo é gerada uma ou mais entregas que incrementam o produto.

Com essa metodologia, a equipe faz a inspeção e adaptação das demandas do ciclo de trabalho constantemente, a fim de entregar o melhor produto, em um espaço fixo de tempo.

2. Kanban

O Kanban é uma ferramenta de controle de fluxo de tarefas muito utilizada em conjunto com o Scrum.

Trata-se de um quadro normalmente dividido em três colunas: fazer, fazendo e feito. Assim, organizamos as atividades no quadro conforme o status delas.

Kanban gestão de tarefas

Seu objetivo é proporcionar uma forma simples de comunicação e que traga efetiva visibilidade para o trabalho que está sendo realizado.

Conforme o tipo de projeto que está sendo gerenciado, é possível acrescentar colunas no quadro do kanban, como “teste” e “aprovação”, por exemplo.

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Kanban online do Artia

3. eXtreming Programming (XP)

O eXtreming Programming (XP) é uma metodologia que consiste em levar ao extremo um conjunto de valores, princípios e práticas, como:

  • Boa comunicação;
  • Simplicidade;
  • Feedback rápido;
  • Trabalho de qualidade;
  • Abraçar mudanças.

Na prática, com as small releases, por exemplo, o feedback rápido maximiza a qualidade das pequenas entregas.

4. Lean

Também chamado de Lean Production, ou “Produção Enxuta”, a ideia do Lean é otimizar os processos, a fim de eliminar todos os desperdícios de tempo e recursos.

Buscando o trabalho inteligente, o Lean segue princípios, como:

  • Evitar a superprodução;
  • Priorizar o trabalho que entregue valor ao produto;
  • Eliminar movimentações desnecessárias;
  • Esforçar-se para fazer bem da primeira vez, sem perder com retrabalhos;
  • Inovar com rapidez;
  • Otimizar força de trabalho, ou qualificação dos profissionais.

Com as ferramentas em mãos, adaptar-se à gestão ágil é muito mais prático, não é mesmo?

Confira um passo a passo para simplificar:

Como fazer uma gestão de projetos em 5 passos

O que fazer antes de aplicar a Gestão Ágil de Projetos?

Um exemplo interessante é que comumente as pessoas entendem e explicam que na gestão ágil de projetos não é feita nenhuma documentação, ideia que está totalmente equivocada.

Antes de aplicar a gestão ágil, é precisar entender:

  • As necessidades da sua equipe;
  • A flexibilidade de entregas aceitas pelos clientes;
  • A abertura da sua gestão para mudanças.

E aí, pronto para começar a fazer gestão ágil de projetos na sua organização?

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Gestão ágil: o que é e qual sua importância para a competitividade?

gestão ágil se baseia na adoção de métodos de gerenciamento interativos e incrementais. Ou seja, trata-se de auxiliar as equipes em um contexto de evolução constante e no direcionamento do foco para a criação e entrega rápida de valor.

Isso significa que as metodologias aplicadas (tais como Scrum, XP, Kanban e outras) se baseiam na obtenção de resultados de alta qualidade, no menor tempo possível. Ao longo deste artigo, vamos mostrar quais são os principais benefícios que a gestão ágil pode trazer para a sua empresa. Boa leitura!

Benefícios da Gestão Ágil

Alta qualidade do produto

Na gestão ágil, os testes são integrados durante os processos, isso é, são feitos exames regulares para determinar, por exemplo, o funcionamento de um produto durante o seu desenvolvimento. Isso permite a realização de alterações e garante que os envolvidos estejam cientes da ocorrência de problemas.

Desse modo, é possível definir e elaborar requisitos just in time para que o conhecimento dos recursos do produto seja o mais relevante e abrangente possível. A incorporação de testes diários no processo de desenvolvimento permite que a equipe solucione ineficiências e falhas tão logo elas sejam identificadas.

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Maior satisfação do cliente

Os progressos realizados durante o desenvolvimento contam com alta visibilidade e flexibilidade de mudanças. Desse modo, é possível envolver o cliente, aumentando seus níveis de engajamento e satisfação.

Além disso, ao demonstrar as funcionalidades de trabalho aos clientes em todas as avaliações e oferecer acesso antecipado ao produto durante o ciclo de vida, a empresa se torna capaz de acelerar os lançamentos.

Redução de riscos com gestão ágil

As técnicas implementadas reduzem drasticamente as chances de ocorrerem falhas críticas. O desenvolvimento em sprints, por exemplo, é capaz de reduzir consideravelmente o período de tempo que separa o investimento no projeto inicial da identificação de sua viabilidade. Para os casos em que há necessidade de mudanças, sua implementação não exigirá grandes investimentos, devido à frequência com que novos incrementos são produzidos.

Outra forma de reduzir custos é a adaptação às necessidades e preferências do cliente. Ou seja, a gestão ágil tende a utilizar dados históricos como critérios de aceitação focados no negócio para definir as principais características do produto. Ao concentrar recursos para atender às necessidades de clientes reais, cada insumo oferece valor adicional e não somente os ativos em TI, como acontece em alguns modelos de gestão tradicionais.

Essa característica oferece, por exemplo, a oportunidade de refinar os testes após cada interação, para que a empresa possa absorver valiosos feedbacks no início do projeto e realizar mudanças conforme seja necessário.

ROI mais rápido

O fato de que o desenvolvimento é acelerado significa que os recursos são entregues de forma progressiva e, portanto, os benefícios podem ser acessados de forma antecipada, enquanto o produto ainda está em fase desenvolvimento.

A gestão ágil garante um ROI mais rápido ao permitir, por exemplo, que o cliente determine a priorização dos recursos. Assim, a equipe entende o que é mais importante para o negócio do cliente e, então, se encarrega de fornecer recursos na ordem mais valiosa.

Gostou do nosso artigo? Conheça o BPM Ágil e veja como aplicá-lo na gestão dos seus processos.

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Metodologia Scrum: aprenda a gerenciar seus projetos de forma ágil

Você sabe por que tantas equipes adotam a metodologia Scrum no desenvolvimento dos projetos? Hoje, a competitividade e a dinâmica do mercado exigem agilidade e o tempo se tornou um dos ativos mais valiosos das organizações.

Neste post você vai entender o que é Scrum, quais as suas vantagens e como aplicá-lo na gestão dos seus projetos! Confira:

O que é Scrum?

O Scrum é um framework que contém um conjunto de conceitos, práticas e ferramentas para gerenciar projetos de forma ágil.

Criado pelos estadunidenses Ken Schwaber e Jeff Sutherland, inicialmente essa metodologia foi pensada para atender apenas projetos de desenvolvimento de software, mas com o tempo começou a ser aplicada também em projetos de outra natureza, principalmente aqueles cujo escopo é pouco conhecido, seja por questões atreladas à tecnologia ou por incertezas dos requisitos de negócio.

No Scrum, a gestão de um projeto é dividida em sprints, que são ciclos curtos que podem variar de 2 a 6 semanas, mas são geralmente mensais. As sprints também podem ser chamadas de iterações. Cada ciclo gera uma ou mais entregas que acrescentam um incremento, isto é, uma nova funcionalidade ao produto. É importante dizer que toda sprint é uma timebox, ou seja, um evento com duração fixa.

Portanto, a principal diferença entre o Scrum, que segue os princípios do manifesto ágil, e as metodologias clássicas, é justamente o nível de detalhamento do escopo do projeto (como também comentamos no nosso post sobre metodologia de projetos).

Se no método cascata, por exemplo, todo o escopo é minuciosamente planejado antes do início do projeto, no Scrum o projeto é planejado aos poucos, conforme mais informações vão sendo conhecidas. Importante: as práticas do Scrum podem e devem ser adaptadas ao contexto de cada organização.

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Agora que você já sabe o que é a metodologia Scrum, pode estar se perguntando o que você e a sua empresa ganham ao adotar essas práticas ágeis. Confira os benefícios a seguir!

Vantagens da metodologia Scrum

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1. Assertividade na entrega da solução

Qualidade é a capacidade de entregar projetos segundo os critérios definidos pelo cliente. Certamente, atender aos requisitos demanda um planejamento de cada etapa de desenvolvimento do produto. A metodologia Scrum conta com uma série de eventos focados no planejamento faseado do projeto, no acompanhamento do desempenho e na revisão dos processos utilizados.

Além disso, equipes Scrum têm uma política de realização de testes de qualidade. Afinal, no Scrum, ao término de cada sprint, devemos entregar um produto utilizável pelo cliente, que será validado pelo product owner, para garantir que as expectativas sobre o projeto estão sendo atendidas. Essa prática certamente afeta a qualidade e a satisfação dos usuários.

2. Colaboração entre os membros da equipe

Um dos grandes diferenciais da metodologia Scrum está na descentralização do gerenciamento. Desse modo, cada integrante da equipe possui suas responsabilidades e responde de forma equânime por cada etapa do projeto e por seus resultados. Como a responsabilidade é compartilhada, é natural que as pessoas passem a encarar a realização do projeto como uma missão coletiva, na qual um membro ajuda o outro.

3. Aumento da produtividade do time

Na metodologia Scrum, a gestão de um projeto é dividida em ciclos. Ao final de cada um deles é feita a entrega de pelo menos uma funcionalidade do produto. Essa quebra da entrega final em resultados menores e parciais é muito útil para fazer o trabalho render, pois diminui a complexidade das atividades, tornando-as mais fáceis de serem feitas.

4. Maior adaptabilidade às mudanças

Diferentemente do que ocorre em metodologias clássicas, nas quais é mais difícil aplicar alterações no decorrer dos projetos, no Scrum a capacidade de adaptação às mudanças é algo esperado e muitas vezes até desejado, pois significa que o escopo, antes desconhecido ou incerto, está sendo refinado.

A flexibilidade da metodologia Scrum permite adaptar projetos a novas situações e demandas do cliente, sem que, para isso, toda a cadeia de atividades seja comprometida. Assim, fica mais fácil alterar as prioridades e atender com mais precisão as necessidades de quem solicitou o projeto.

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5. Descentralização das informações

A metodologia Scrum dinamiza o conhecimento das etapas e possibilita uma visão comum do projeto para toda a equipe, sem concentrar as informações em uma única pessoa. Em outras palavras, a ideia é que todos saibam o que está acontecendo na iniciativa, dando abertura para sugestões de melhorias.

Quer começar a aplicar a metodologia Scrum na gestão dos seus projetos? Confira o que você precisa saber para dar início aos trabalhos.

Leia também o texto: Squad de desenvolvimento

Como funciona o framework Scrum?

O Scrum opera por meio de um conjunto de cerimônias, procedimentos e papéis padrão do framework. A seguir, vamos explorar esses elementos em profundidade:

Papéis

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Product owner

É o representante do produto, que decide quais funcionalidades serão construídas e em qual ordem. O product owner deve agir como uma espécie de “defensor” dos interesses do usuário da solução que está sendo construída.

É de sua responsabilidade manter o foco no objetivo e informar à equipe quais são os resultados desejados na formulação e desenvolvimento do projeto. É a pessoa que vai esclarecer as dúvidas de negócio que, eventualmente, a equipe tenha.

Scrum master

Responsável por disseminar os valores, princípios e práticas do Scrum. Diferentemente de um gerente de projetos, o scrum master age como um facilitador, ajudando a empresa a adaptar o framework para o seu contexto.

Ele é a pessoa à qual os membros do development team recorrem quando precisam de auxílio para resolver um problema. Outra atividade do scrum master é proteger a equipe de fatores que possam atrapalhar a produtividade.

Time de Dev

É a equipe de desenvolvimento, que deve ser multidisciplinar e autogerenciável, contabilizando de 3 a 9 pessoas. Geralmente é composta por arquitetos, programadores, testadores, designers, entre outros cargos. É importante dizer que não há uma divisão exata de tarefas entre o time: assume a demanda que tiver mais disponibilidade e condições para tal.

Artefatos

Product backlog

É a lista priorizada de requisitos necessários para a construção de um produto de alto valor. Quem dá a palavra final no product backlog é o product owner. Os requisitos não devem ser detalhados em excesso, pois isso poderia consumir muito tempo do projeto, contrapondo-se à agilidade proposta pelo Scrum.

O ideal é que a lista de requisitos seja detalhada até a definição de pronto (definition of ready). Portanto, dizemos que o product backlog nunca está completo e pode ser aperfeiçoado durante as reuniões de planejamento do projeto.

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Sprint backlog

É o conjunto de itens que será entregue ao final de uma sprint. O sprint backlog é montado a partir do product backlog. Vale destacar que, diferentemente do product backlog, a sprint backlog não sofre mudanças.

O que foi planejado para a sprint e entrou em execução não pode ser retirado daquele ciclo, exceto se for um requisito equivocado ou que pode causar algum erro no projeto, mas ele será paralisado, não substituído.

Definition of ready

Toda a equipe deve ter um entendimento comum do trabalho que deve ser realizado. Dizer que um requisito foi detalhado até o definition of ready significa dizer que o scrum team já possui todas as informações necessárias para começar a trabalhar, ou seja, todo mundo já entendeu o que é para fazer e qual funcionalidade deve ser desenvolvida para atender a determinado requisito.

Portanto, em resumo, o definition of ready significa que já existem informações suficientes para um requisito começar a ser desenvolvido.

Definition of done

Com um scrum team maduro, é esperado que o definition of ready seja expandido para incluir critérios mais rigorosos, de alta qualidade. É aí que entra o definition of done, que indica os critérios de aceite da entrega, possibilitando a verificação de que o time fez tudo o que precisava ser feito para que a entrega seja dada como concluída. Alguns exemplos de definition of done poderiam ser:

  • Codificado seguindo o padrão X.
  • Testado utilizando as técnicas X e Y.
  • Documentado.
  • Liberado em ambiente de QA.

Veja também o post Squad as a service

Eventos

Sprint planning (ou sprint planning meeting)

Reunião dividida em duas partes, que geralmente possui duração de 8 horas. Na primeira parte, a equipe seleciona, alinha e detalha os requisitos que vão entrar na sprint. Já na segunda parte, cada item da sprint é estimado e decomposto nas tarefas necessárias para produzir as entregas. O tamanho da sprint é definido anteriormente, no momento da iniciação, e será o mesmo em cada sprint do projeto.

Daily scrum meeting

É a reunião diária que o scrum team faz para alinhar a comunicação do projeto. O daily scrum não pode ter mais que 15 minutos de duração. É recomendável que todos fiquem de pé durante a reunião, justamente para não cair na tentação de ultrapassar os 15 minutos propostos.

No daily scrum, cada um dos membros do time precisa responder três perguntas:

  • O que você fez no dia anterior?
  • O que você fará hoje?
  • Quais os possíveis fatores que podem atrapalhar a realização do trabalho planejado?

Com essa exposição dos problemas, o scrum master pode pensar em formas de contorná-los, ajudando o time a manter a produtividade.

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Sprint review meeting

Ao final de cada sprint, é feita uma reunião para apresentar ao product owner as funcionalidades implementadas. Essa reunião dura no máximo 4h e tem o objetivo de averiguar e adaptar o produto que está sendo construído. É um evento informal e a apresentação do incremento tem como foco motivar, receber feedback e incentivar a colaboração.

Sprint retrospective

É parecida com a sprint review meeting e ocorre depois dela. A diferença é que, no lugar das funcionalidades, a equipe revisa o processo executado para gerar as funcionalidades. Depois da sprint retrospective, que deve durar no máximo 3h, é feita uma nova sprint planning, voltando ao primeiro evento do Scrum.

Princípios do Scrum

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1. Controle de processos empiríco

O controle de processos no contexto do Scrum é geralmente baseado em princípios empíricos, que são fundamentais para a metodologia ágil. Scrum utiliza o ciclo de feedback contínuo para adaptar e melhorar o processo, e esse ciclo é apoiado por três pilares empíricos: transparência, inspeção e adaptação. Veja a seguir:

Transparência

Todas as informações relevantes sobre o projeto, o progresso e os impedimentos devem estar visíveis a todos os membros da equipe. A transparência promove a confiança e a comunicação eficaz. No Scrum, isso é frequentemente alcançado por meio de práticas como a criação de um quadro Kanban, burndown charts e reuniões diárias de stand-up.

Inspeção

A equipe de Scrum realiza inspeções frequentes para avaliar o progresso do trabalho e a qualidade do produto. As inspeções podem ocorrer em várias etapas do processo, desde o planejamento do sprint até a revisão e retrospectiva do sprint. Durante essas inspeções, a equipe analisa o que foi feito, o que não foi concluído e quaisquer problemas que surgiram.

Adaptação

Com base nas informações obtidas durante as inspeções, a equipe de Scrum ajusta o plano e as prioridades. Isso pode envolver a redefinição das metas do sprint, a inclusão de novos itens no backlog, a resolução de problemas ou a realização de mudanças no processo de trabalho para melhorar a eficiência.

2. Auto-organização

No Scrum, os membros da equipe são incentivados a demonstrar proatividade e a buscar maior responsabilidade, com a auto-organização sendo sua característica central. Isso é promovido pelo modelo de liderança servidora, no qual não há divisões rígidas entre líderes e liderados; todos colaboram em prol do projeto de forma igualitária.

Além disso, a auto-organização cultiva um ambiente propício à inovação e à criatividade, transformando a responsabilidade em um compromisso compartilhado que resulta em maior satisfação para a equipe.

3. Colaboração

A colaboração é um elemento essencial para a concretização de qualquer projeto. No contexto do Scrum, a equipe deve colaborar estreitamente com os stakeholders para conceber e validar as entregas do projeto.

Essa abordagem assegura que todas as partes interessadas estejam em sintonia e que a visão final do projeto seja alcançada de maneira eficaz. Portanto, nenhum projeto pode progredir com sucesso sem a colaboração ativa e contínua entre todos os envolvidos.

4. Priorização orientada a valor

O Scrum tem como principal meta proporcionar o maior valor de negócio no menor tempo possível. Para alcançar esse objetivo, a priorização desempenha um papel fundamental. Itens que têm o potencial de gerar um valor maior recebem prioridade mais alta na lista de tarefas.

A responsabilidade por essa tarefa de priorização recai sobre o Product Owner, um papel que abordaremos mais detalhadamente posteriormente. É importante, no entanto, observar que além do valor, é necessário considerar os riscos associados e as interdependências entre as atividades ao realizar a priorização.

5. Time-boxing

Outra característica distintiva do Scrum é a imposição de limites de tempo para cada evento. Esses limites são estabelecidos antecipadamente, assegurando que a equipe cumpra os prazos e entregue no prazo determinado.

Por exemplo, as reuniões diárias têm uma duração máxima de 15 minutos, e o período chamado de “Sprint” não deve exceder um máximo de 6 semanas. Isso oferece várias vantagens, incluindo economia de custos operacionais, aumento da eficiência no trabalho e uma melhoria na produtividade.

No entanto, é crucial exercer cuidado ao definir esses limites de tempo para evitar efeitos adversos. Um cronograma excessivamente rígido pode criar ansiedade e desmotivação em alguns membros da equipe. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio adequado ao estabelecer esses limites temporais.

6. Desenvolvimento iterativo

O desenvolvimento iterativo é um componente fundamental do framework Scrum. No Scrum, o desenvolvimento é dividido em ciclos chamados “sprints”, que são períodos fixos de tempo, geralmente de 2 a 4 semanas.

Durante cada sprint, a equipe trabalha em uma parte do projeto, com o objetivo de entregar um incremento de produto funcional e potencialmente entregável.

Resumindo o Scrum

A dinâmica do Scrum pode ser resumida na imagem abaixo:

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A partir do product backlog, que contém os requisitos do produto, é montada a sprint backlog, com as funcionalidades que deverão ser desenvolvidas ao longo da duração da sprint, que pode levar de 2 a 6 semanas.

Todos os dias o scrum team realiza o daily scrum meeting, que é uma reunião de até 15 minutos em que o time relembra as atividades do dia anterior, planeja as atividades do dia e elenca possíveis empecilhos à realização do projeto. Assim que uma sprint termina, outra sprint tem início e assim ocorre sucessivamente, até o fim do projeto e a entrega do produto final.

É importante lembrar que o Scrum pode ser complementado com outras ferramentas, que não pertencem ao framework, mas são amplamente utilizadas junto com as práticas do Scrum. Conheça duas delas:

Burndown chart

O burndown chart é um gráfico que relaciona os itens a fazer com o tempo disponível para entregá-los. Este gráfico é atualizado todos os dias, com o objetivo de facilitar o acompanhamento do progresso das atividades pela equipe do projeto e demais partes interessadas. Com essa ferramenta, é possível verificar atrasos com mais eficiência, monitorando se o que foi planejado corresponde ao que está sendo executado.

Kanban board

Com origem no Sistema Toyota de Produção, trata-se de um quadro para controle do andamento dos trabalhos. Esse quadro é dividido em alguns estágios, que normalmente são: fazer, fazendo e feito. Dependendo do tipo de projeto podem ser acrescentados outros estágios, como “aprovação” e “teste”.

Para utilizar o kanban, basta criar alguns cartões (ou post-its) com os nomes das tarefas e colocá-las no estágio em que se encontram. Quando uma tarefa muda de estágio, é necessário atualizar o kanban. Uma das principais vantagens dessa ferramenta é dar uma visão comum do progresso do projeto, facilitando a comunicação.

E já que estamos falando de compartilhar a gestão do projeto e envolver todo o time, recomendo que você baixe o canvas de projeto da Euax, uma ferramenta visual e colaborativa que vai te ajudar a acelerar seu projeto, independentemente se você estiver utilizando uma metodologia clássica ou uma metodologia ágil, como o Scrum. Aproveite, o download é gratuito!

Canvas de projeto

Os benefícios dos métodos ágeis para o departamento de TI

O britânico Ian Sommerville, uma das maiores – se não a maior – referências na engenharia de software, explica, de forma concisa, que “software não é apenas o programa, mas também toda a documentação associada e os dados de configuração para fazer com que esses programas operem corretamente”. Esse entendimento do que é software muito nos ajuda a compreender a importância dos métodos ágeis em um departamento de TI.

Isso porque passamos a enxergar todo um staff por trás do desenvolvimento, o que engloba engenheiros, programadores, analistas de teste, analistas de suporte, entre outros. Com tantos elementos envolvidos no projeto, o sucesso não costuma ser garantido somente com profissionais comprometidos e tecnicamente capazes, mas sim com a adoção de princípios e boas práticas que levam à excelência.

Entenda a seguir o que é desenvolvimento ágil, quais metodologias o integram, suas vantagens e princípios.

O que é desenvolvimento ágil?

O desenvolvimento ágil é um conjunto de metodologias criadas para amenizar diversos problemas constatados em modelos tradicionais de desenvolvimento. Esse conjunto foi formado aos poucos e de modo independente por profissionais renomados da área. As metodologias mais comuns existentes são:

  • Scrum
  • Feature Driven-Development (FDD)
  • Extreme Programming (XP)
  • Lean Development
  • Crystal Clear
  • DSDM
  • RUP
  • Open UP
  • Kanban

Entre os modelos existentes, o Scrum e o XP (Extreme Programming) são os mais conhecidos e utilizados, principalmente o Scrum, por ser um método mais simples de ser adotado pelos departamentos de TI.

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Vantagens dos métodos ágeis

Em métodos tradicionais, como o modelo cascata, muitos processos nele inseridos são desnecessários para alguns tipos de projetos de software, tornando-os ineficientes em termos de tempo e custos. Problemas com prazo de entrega do produto final e cancelamentos foram comprovados em dados estatísticos, que, percentualmente, apontam que os projetos bem-sucedidos não passaram de 32%.

Enquanto os modelos tradicionais procuram evitar problemas, os modelos ágeis encaram os problemas como algo natural e inevitável, sugerindo que os profissionais envolvidos busquem soluções. Em outras palavras, os problemas são sanados evitando que a manutenção e o ciclo de vida do software sejam comprometidos.

Dentro do desenvolvimento ágil existe outra vantagem que auxilia — e muito — para que o produto final seja entregue exatamente como deseja o cliente, respeitando os prazos estipulados: nos métodos ágeis, em geral, o cliente participa diretamente do desenvolvimento dos projetos.

Na prática, isso reduz a necessidade de realizar treinamentos e, principalmente, a de realizar modificações aparentemente simples, mas que para o programador demandam muito tempo e trabalho.

Os 12 princípios dos métodos ágeis

Também conhecidos como princípios do agile ou princípios do manifesto ágil, eles foram criados em 2001, com a colaboração de 17 profissionais. O objetivo deles era tornar os conceitos dos métodos ágeis mais claros para serem adotados em projetos. Esses princípios são:

  1. Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregado.
  2. Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o cliente.
  3. Entregar frequentemente software funcionando, de poucas semanas a poucos meses, com preferência à menor escala de tempo.
  4. Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto.
  5. Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessários e confie neles para fazer o trabalho.
  6. O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e entre uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a face.
  7. Software funcionando é a medida primária de progresso.
  8. Os processos ágeis promovem desenvolvimento sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamente.
  9. Contínua atenção à excelência técnica e bom design aumentam a agilidade.
  10. Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado – é essencial.
  11. As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de equipes auto-organizáveis.
  12. Em intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo.

Saiba que os benefícios dos métodos ágeis não se restringem ao desenvolvimento de software e estão sendo aplicados a várias outras iniciativas como Melhoria de Processos, Design Thinking, Desenho de serviços, Projetos de Infraestrutura e outros.

Saiba mais lendo nosso post completo com tudo o que você precisa saber sobre Governança de TI, ou se preferir baixe o conteúdo em formato de e-book.

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Você é do time de Gestão de Projetos Ágil ou do time Cascata?

No gerenciamento de projetos alinhado ao seu conhecimento e habilidades existem diversas técnicas, metodologias e seus artefatos que podem ser utilizados em seu auxílio na gestão e direcionamentos, basicamente separo hoje as técnicas de Gestão de Projetos Ágil e as de Cascata, sendo estas as formas mais conhecidas de se compreender pelas suas diferenças. Enquanto a Gestão de Projetos Ágil prevalece como um foco em entrega a Cascata tem como maior foco o planejamento, e então, qual utilizar?

Gestão de Projetos Ágil ou Cascata?

Essa é uma dúvida até que bastante comum, sempre há perguntas com o questionamento de qual técnica é a melhor para se gerenciar um projeto, isso é algo que pode ser respondido facilmente, e a melhor resposta como sempre é: nenhuma delas, a melhor técnica ou forma quem determinará poderá ser a empresa, em como a mesma costuma implantar seus projetos.

Há empresas com características de Gestão de Projetos Ágil e outras não, uma empresa pode simplesmente não se adaptar a outra forma, também consideramos o perfil dos gerentes de projeto.

Implantar uma nova forma de trabalho (que neste caso estamos falando de gerir seus projetos) já é algo difícil, imagine mudar a sua forma de gerenciamento, seria ainda mais complexo.

E como dito, a palavra é complexo e não impossível, nada que não possa ser modificado para se adequar a novas práticas que possam surgir, basta que seja planejado as mudanças e adaptar os ajustes necessários, ou seja, implantaríamos um projeto para modificar novos processos de gestão de projetos.

Quando comparamos estas duas formas de gerenciamento, encontramos na Gestão de Projetos Ágil suas metodologias de entregas em pedaços prevalecendo um menor tempo de espera para o cliente, e projetos do tipo Cascata, onde o seu maior foco é no planejamento e buscando definir a maior quantidade de informações sobre o escopo do produto e do projeto o quanto antes e assim trabalhando para se buscar uma garantia maior na qualidade esperada,  alinhando previamente o que será entregue como produto final.

Temos vantagens e desvantagens nos dois lados, pois enquanto na Gestão de Projetos Ágil a expectativa na entrega para o cliente é diminuída devido ao seu produto ser entregue em curtos Sprints, no Cascata o cliente poderá esperar um tempo maior para ver o resultado, mas por outro lado, poderá ter um maior conhecimento do projeto através de seus planos, riscos e custos por exemplo.

Na Gestão de Projetos Ágil o conhecimento sobre o projeto é aos poucos, e devido ao menor foco nestes controles, o conhecimento dos seus custos e data final do projeto, geralmente só irá ser definida próximo ao seu encerramento.

Quando se está conhecendo os conceitos de gerenciamento de projetos e especificamente estudando boas práticas de gestão, sejam elas as fornecidas pelo PMI (Project Management Institute) ou outras fontes ágeis e se começa a aplica-las em seus projetos você não pode cair no erro de pensar que uma seria melhor do que a outra e assim não despertar o interesse em outras práticas.

O que vejo é que podemos agregar todas.

Por que não planejar bem seu projeto, definir seus miletones, realizar as reuniões diárias Daily para que a equipe do projeto expresse os possíveis impedimentos, as atividades que foram feitas no dia anterior e a sua programação do dia? E porque não ter também um Kanban, onde ao invés de conter as atividades de um Product Backlog conter as tarefas do projeto, porque não?

Sou a favor de um bom gerenciamento dos projetos, seja por qual metodologia ou boa prática utilizada, mas que se tenha uma organização na sua condução, com processos e papéis bem definidos, um bom plano de comunicação e dentre as demais ferramentas que conhecemos.

Elas foram criadas para serem utilizadas, basta que saibamos encaixar as peças em nosso jogo de entregas e assim produzir um resultado cada vez mais eficiente. Buscando e caminhando sempre lado a lado para uma melhoria em seus processos e projetos.

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