A Agilidade Organizacional Desmistificada: Estratégias e Impactos

Em um mundo onde a única constante é a mudança, a agilidade organizacional tornou-se mais do que uma estratégia; é uma necessidade de negócio. Empresas que não se adaptam rapidamente às mudanças do mercado ou às inovações tecnológicas correm o risco de ficar para trás. 

Neste contexto, a agilidade organizacional serve como um diferencial competitivo, permitindo que as empresas não apenas sobrevivam, mas prosperem.

A importância da agilidade organizacional é ainda mais acentuada em um ambiente que está sempre em fluxo. Neste artigo vamos abordar pontos para um entendimento abrangente do tema, desmistificando seus conceitos e destacando seu impacto nas estratégias modernas.

O que é Agilidade Organizacional?

De forma prática, é a capacidade de uma empresa de se adaptar rapidamente e responder de forma eficaz às mudanças.

Isso vai além da mera flexibilidade. 

É uma abordagem estratégica que permeia toda a organização, desde a liderança até os níveis mais baixos. A agilidade organizacional não é apenas sobre mudar rapidamente, mas sobre mudar de forma inteligente e eficaz.

Por exemplo, na Euax, a agilidade organizacional é considerada um pilar fundamental. Ela ajuda as empresas a se adaptarem às mudanças tecnológicas e de mercado, permitindo uma resposta mais rápida a novas oportunidades e desafios. Isso é feito através de uma combinação de estratégias bem definidas, processos ágeis e uma cultura de inovação.

Definição e Conceitos

A agilidade organizacional é um conjunto de práticas e princípios. Isso inclui uma cultura de aprendizado contínuo, colaboração interdepartamental e uma estrutura que favorece a tomada de decisões ágeis.

A agilidade não é um único método ou modelo, mas uma combinação de várias práticas e estratégias que se alinham para criar uma organização verdadeiramente ágil.

Além disso, ela envolve várias dimensões, incluindo cultura, processos e tecnologia. Uma cultura que promove a colaboração e a inovação é crucial, assim como processos que são flexíveis e adaptáveis. A tecnologia também desempenha um papel importante, fornecendo as ferramentas necessárias para implementar e sustentar práticas ágeis.

Diferença entre Agilidade e Velocidade

A agilidade e a velocidade são frequentemente usadas de forma intercambiável, mas elas têm diferenças significativas. 

Velocidade é a rapidez com que uma tarefa é realizada ou um objetivo é alcançado. É uma métrica quantitativa que pode ou não levar a resultados eficazes. Por outro lado, agilidade é a habilidade de se mover e adaptar com facilidade e eficácia, o que é uma métrica mais qualitativa.

No contexto empresarial, ser ágil é mais do que apenas ser rápido. É sobre ser eficaz e eficiente, fazendo as escolhas certas que beneficiam a organização a longo prazo. Isso envolve uma compreensão profunda do ambiente de negócios, a capacidade de antecipar mudanças e a habilidade de reagir de forma apropriada quando essas mudanças ocorrem.

Por que a Agilidade Organizacional é Importante?

Empresas ágeis têm uma vantagem competitiva porque podem se adaptar mais rapidamente às mudanças no mercado, às demandas dos clientes e às inovações tecnológicas. Além disso, a agilidade organizacional permite uma melhor alocação de recursos, tanto humanos quanto financeiros.

Isso significa que as empresas podem responder mais rapidamente às oportunidades, minimizando os riscos associados à entrada em novos mercados ou ao lançamento de novos produtos. Na Euax, por exemplo, a agilidade organizacional é vista como um facilitador para a inovação e a eficiência operacional.

Vantagens e Benefícios

Não apenas uma estratégia, mas um diferencial competitivo que traz uma série de vantagens e benefícios, você já deve ter percebido como a agilidade organizacional é impactante, certo? Então, vamos explorar alguns:

  • Resposta Rápida a Mudanças: Empresas ágeis têm a capacidade de se adaptar rapidamente a novas tendências do mercado, mudanças na demanda do consumidor ou avanços tecnológicos. Isso é crucial em um ambiente de negócios onde a inovação e a mudança são constantes. A rapidez na adaptação permite que as empresas se mantenham à frente da concorrência e aproveite novas oportunidades de mercado mais eficazmente.
  • Melhor Colaboração: A agilidade organizacional promove uma cultura de colaboração e comunicação aberta. Isso torna mais fácil para as equipes trabalharem juntas de forma eficaz, o que é especialmente importante em projetos complexos que exigem diversas habilidades e conhecimentos. A colaboração eficaz leva a soluções mais inovadoras e a uma execução mais rápida, contribuindo para o sucesso geral da empresa.
  • Maior Satisfação do Cliente: A capacidade de responder rapidamente às necessidades e expectativas dos clientes é outra vantagem significativa da agilidade organizacional. Isso não apenas melhora a experiência do cliente, mas também aumenta sua satisfação e lealdade à marca. Empresas ágeis podem ajustar seus produtos ou serviços com base no feedback do cliente, o que resulta em soluções mais alinhadas às suas necessidades e, consequentemente, em uma maior retenção de clientes.

Casos de Sucesso

Nada fala mais alto do que o sucesso real, e quando se trata de agilidade organizacional, há empresas que se destacam como exemplos brilhantes. Vamos examinar alguns desses casos para entender como a agilidade pode transformar negócios.

  • Spotify: A gigante do streaming de música é um exemplo de agilidade organizacional. O Spotify adota uma abordagem ágil para desenvolver novos recursos e adaptar-se às mudanças do mercado. Isso lhes permite lançar atualizações mais frequentes e responder rapidamente às necessidades dos usuários.
  • Netflix: Outra empresa que exemplifica a agilidade é a Netflix. Sua capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças nas preferências dos consumidores e nas tecnologias de streaming é notável. A Netflix foi uma das primeiras a adotar a transmissão em nuvem e continua a inovar com algoritmos de recomendação cada vez mais sofisticados.
  • Amazon: A Amazon é um exemplo de como a agilidade pode ser aplicada além do setor de tecnologia. Seu modelo de negócios centrado no cliente e sua capacidade de entrar e dominar novos mercados mostram como a agilidade organizacional pode levar a um crescimento exponencial.

Pilares da Agilidade Organizacional

Para ser verdadeiramente ágil, uma organização precisa mais do que apenas ferramentas e técnicas; ela precisa de uma base sólida que inclui uma cultura adaptável, liderança eficaz, estratégia clara e governança robusta. Esses são os pilares que vamos explorar a seguir.

Cultura e Liderança

A cultura e a liderança são os alicerces da agilidade organizacional. Uma cultura que promove a colaboração, a transparência e a adaptabilidade é crucial. Os líderes devem ser facilitadores, não ditadores, permitindo que as equipes tenham autonomia para tomar decisões e resolver problemas.

Uma cultura organizacional que valoriza a adaptabilidade, a inovação e a colaboração é crucial para a agilidade. Isso significa encorajar uma mentalidade de crescimento entre os funcionários e promover um ambiente onde o aprendizado contínuo é a norma. No lado da liderança, é essencial que os líderes atuem como facilitadores e não como obstáculos. Eles devem empoderar suas equipes, fornecendo as ferramentas e o espaço necessários para inovar e resolver problemas de forma autônoma.

Estratégia e Governança

A estratégia e a governança são outros pilares fundamentais. Uma estratégia clara permite que a organização saiba para onde está indo, enquanto uma governança eficaz garante que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e ética. Ambos devem ser flexíveis o suficiente para se adaptar às mudanças rápidas do mercado

Uma estratégia clara e bem articulada fornece um roteiro para todos na organização, garantindo que todos estejam alinhados e movendo-se na mesma direção. A governança, por outro lado, fornece o quadro dentro do qual essa estratégia é executada. Isso inclui políticas, procedimentos e métricas que ajudam a organização a medir seu desempenho e eficácia. Ambos, estratégia e governança, devem ser projetados com flexibilidade para permitir ajustes rápidos em resposta a novas informações ou mudanças nas condições do mercado.

Como Implementar a Agilidade Organizacional

Implementar a agilidade organizacional é um processo que requer planejamento cuidadoso, execução meticulosa e, acima de tudo, uma mentalidade ágil.

A implementação bem-sucedida da agilidade organizacional envolve uma série de etapas cuidadosamente planejadas, desde o diagnóstico inicial até a implementação e o monitoramento contínuo. Cada etapa é crítica e requer uma abordagem sistemática para garantir que a agilidade seja incorporada em todos os aspectos da organização.

Passos Práticos

4 passos para a agilidade organizacional: diagnóstico organizacional, definir objetivos, treinamento e desenvolvimento, implementação e monitoramento

Antes de mergulhar de cabeça na agilidade organizacional, é crucial entender os passos práticos que podem guiar sua jornada.

  1. Diagnóstico Organizacional: O primeiro passo é realizar um diagnóstico abrangente para entender o estado atual da sua organização. Isso envolve avaliar a cultura organizacional, os processos existentes e a estrutura organizacional.
  2. Definir Objetivos: Com um diagnóstico em mãos, o próximo passo é estabelecer objetivos claros e mensuráveis. Esses objetivos servirão como um guia durante todo o processo de implementação.
  3. Treinamento e Desenvolvimento: O treinamento é crucial para incutir uma mentalidade ágil em todos os níveis da organização. Isso pode incluir workshops, seminários e até treinamento on-the-job.
  4. Implementação e Monitoramento: Uma vez que os preparativos estejam completos, a fase de implementação começa. Isso deve ser feito de forma iterativa, permitindo ajustes ao longo do caminho. O monitoramento contínuo é essencial para medir o sucesso e fazer ajustes conforme necessário.

Ferramentas e Métodos

As ferramentas e métodos que você escolher podem fazer ou quebrar sua iniciativa de agilidade organizacional. Confira:

  • Scrum: Este é um framework ágil que ajuda as equipes a trabalharem juntas. Ele incentiva a colaboração interfuncional e é especialmente útil para projetos complexos.
  • Kanban: Este método é excelente para gerenciar fluxos de trabalho e é altamente visual, tornando fácil para as equipes entenderem tarefas e prioridades.
  • Lean: Originado no Sistema Toyota de Produção, o Lean foca na eficiência operacional e na eliminação de desperdícios.
  • OKRs (Objectives and Key Results): Este é um sistema de definição de objetivos que ajuda a alinhar as metas da organização e garante que todos estejam se movendo na mesma direção.

Desafios e Soluções

A jornada para se tornar uma organização ágil não é isenta de desafios. No entanto, com as estratégias certas, esses desafios podem ser não apenas superados, mas transformados em oportunidades de crescimento.

Embora a agilidade organizacional ofereça inúmeras vantagens, a implementação dessa abordagem nem sempre é um caminho fácil. Há obstáculos comuns que muitas organizações enfrentam, desde a resistência à mudança até a falta de recursos. No entanto, com planejamento e estratégia, é possível superar esses desafios e colher os benefícios da agilidade.

Obstáculos Comuns

Antes de embarcar na jornada da agilidade, é crucial estar ciente dos obstáculos comuns que podem surgir no caminho.

  • Resistência à Mudança: Este é talvez o maior desafio. As pessoas são naturalmente resistentes a mudanças, especialmente em ambientes organizacionais onde as hierarquias e rotinas estão bem estabelecidas.
  • Falta de Conhecimento: Muitas vezes, as organizações falham na implementação da agilidade simplesmente porque não compreendem completamente o que isso implica. Isso pode levar a esforços mal direcionados e resultados insatisfatórios.
  • Recursos Limitados: A falta de recursos adequados, seja em termos de tempo, dinheiro ou pessoal, pode ser um obstáculo significativo. Isso é especialmente verdadeiro para organizações menores que podem não ter o luxo de um grande orçamento.

Como Superá-los

  • Educação e Treinamento:  O primeiro passo para superar a resistência e a falta de conhecimento é a educação. Investir em treinamento pode fornecer às equipes as habilidades e o conhecimento necessários para abraçar a agilidade.
  • Pilotos e Protótipos: Não é preciso fazer uma transformação completa de uma só vez. Começar com projetos-piloto pode ajudar a organização a entender o que funciona e o que não funciona, permitindo ajustes antes de uma implementação em larga escala.
  • Apoio da Alta Gestão: O comprometimento da liderança é crucial para superar qualquer obstáculo, especialmente quando se trata de recursos. A alta gestão deve estar a bordo e comprometida com a alocação de recursos necessários para a implementação bem-sucedida da agilidade.

Educação e Treinamento são direcionados para superar a Resistência à Mudança e a Falta de Conhecimento. Quando as equipes entendem os benefícios da agilidade e como ela funciona, é mais provável que abracem a mudança.

Pilotos e Protótipos são uma resposta à Falta de Conhecimento e aos Recursos Limitados. Iniciar pequeno permite que a organização teste suas hipóteses sobre a agilidade sem comprometer muitos recursos.

Apoio da Alta Gestão é crucial para superar praticamente todos os obstáculos, mas é especialmente vital quando se trata de Recursos Limitados. Sem o apoio da liderança, pode ser difícil alocar os recursos necessários para implementar mudanças.

Inicie o caminho para a Agilidade Organizacional

Ao longo deste conteúdo, exploramos a importância da agilidade organizacional, seus pilares fundamentais, como implementá-la e os desafios que você pode encontrar pelo caminho. Agora, você deve ter uma compreensão mais clara de como a agilidade pode transformar sua organização, tornando-a mais adaptável, eficiente e, acima de tudo, mais competitiva.

Mas lembre-se, a jornada para se tornar uma organização ágil é contínua e cheia de aprendizados. É aqui que a Euax entra em cena. Com nossa expertise e abordagem personalizada, podemos ser o copiloto que você precisa nesta jornada transformadora. Oferecemos consultoria, treinamento e as ferramentas necessárias para ajudá-lo a alcançar seus objetivos de agilidade organizacional de forma eficaz.

Então, se você está pronto para dar o próximo passo e tornar sua organização verdadeiramente ágil, não hesite em entrar em contato conosco. Estamos aqui para tornar sua transição para a agilidade organizacional não apenas possível, mas também bem-sucedida.

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Método Kanban: um guia completo para melhorar a eficiência da sua empresa

Você deseja gerenciar o seu fluxo de trabalho de maneira eficiente, controlando a quantidade de tarefas em progresso e otimizando o uso de recursos? Se a resposta for sim, então você precisa conhecer o método Kanban!

O Kanban é uma ferramenta visual de gestão desenvolvida para controlar e otimizar o fluxo de trabalho. Esse sistema promove a melhoria contínua, já que à medida que os problemas e oportunidades de melhoria são identificados, ajustes são feitos gradualmente para aprimorar o processo.

Quer saber mais sobre o Kanban, seus principais benefícios e como aplicá-lo na prática em sua equipe ou projeto? Então, siga a leitura!

O que é Kanban?

O Kanban é uma abordagem de gestão visual originada no Japão, inicialmente desenvolvida pela Toyota na indústria automobilística. A palavra “Kanban”, em japonês, significa “cartão visual” ou “sinalização”, podendo ser utilizada para se referir a um sistema de sinalização que utiliza cartões.

O principal objetivo do Kanban é criar uma representação visual do processo, dividido em colunas que representam diferentes etapas do trabalho. Cada item do trabalho é representado por um cartão ou nota adesiva que se move pelo quadro à medida que avançam no processo.

Isso ajuda as equipes a terem uma visão clara do que está acontecendo em tempo real, como também, garante um fluxo contínuo de trabalho e torna o processo muito mais eficiente.

Veja melhor como funciona na imagem abaixo:

Exemplo de quadro de kanban com etapas: a fazer, fazendo e feito

Princípios do Kanban

Os princípios do Kanban são diretrizes fundamentais que orientam a implementação e o sucesso da metodologia:

Princípios do Kkanban. Princípio 1: Comece com o que você faz agora. Princípio 2: Concorde em buscar mudanças incrementais e evolutivas. Princípio 3: Incentive atos de liderança em todos os níveis

Princípio 1: Comece com o que você faz agora

O modelo Kanban possui uma flexibilidade, por isso permite sua adaptação aos processos, sistemas e fluxos de trabalho já existentes em sua empresa. Isso significa que ele pode ser totalmente personalizado para se ajustar à metodologia de negócios da sua organização.

Princípio 2: Concorde em buscar mudanças incrementais e evolutivas

O Kanban enfatiza a importância da busca constante por melhorias na gestão de projetos e processos. Ao adotar o método, sem dúvida surgirão sugestões de evolução e aprimoramento ao longo do tempo.

Princípio 3: Incentive atos de liderança em todos os níveis

É fundamental que todos os membros da equipe adotem uma mentalidade de melhoria contínua e ajam de forma decisiva e produtiva, de acordo com o que se espera de um líder eficaz. Isso porque, o Kanban promove a disseminação da liderança em todos os níveis da organização.

Agora que você já sabe o que é Kanban e quais são os seus princípios, veja no tópico a seguir os principais benefícios dessa ferramenta!

Benefícios do Kanban

1. Maior visibilidade do fluxo de trabalho

O Kanban oferece uma visão clara e transparente do fluxo de trabalho da equipe ou organização. Ou seja, todos os membros da equipe têm acesso a informações atualizadas sobre o que está em andamento, em espera ou concluído.

Isso ajuda a evitar a sobrecarga de trabalho, identificar gargalos e melhorar a alocação de recursos, já que quando todos têm uma imagem compartilhada do progresso do trabalho, é mais fácil coordenar esforços e tomar decisões informadas.

2. Entrega mais rápida

Com o Kanban as equipes podem priorizar tarefas com base na demanda do cliente e na capacidade da equipe. Isso significa que o trabalho mais valioso é realizado primeiro, levando a entregas mais rápidas e frequentes.

Além disso, ao limitar o trabalho em progresso, o Kanban evita a sobrecarga da equipe, reduzindo o tempo de espera e acelerando o ciclo de entrega.

3. Alinhamento com objetivos de negócios

O Kanban coloca a demanda do cliente como a principal prioridade. Isso quer dizer que as equipes estão constantemente alinhadas com os objetivos de negócios, priorizando o trabalho que agrega mais valor aos clientes e à organização.

Bem como ele também ajuda a evitar o desperdício de recursos em tarefas que não contribuem diretamente para os objetivos estratégicos da empresa.

4. Melhor previsibilidade

Com o Kanban, é possível monitorar o progresso do trabalho de forma contínua. Isso permite que as equipes desenvolvam uma compreensão sólida de quanto tempo levará para concluir tarefas e projetos específicos.

A previsibilidade é aprimorada porque o Kanban fornece dados históricos e métricas úteis para estimar prazos de entrega com maior precisão. Isso ajuda a evitar surpresas desagradáveis e permite um planejamento mais eficaz.

5. Maior satisfação do cliente

Através do Kanban também é possível aumentar a satisfação do cliente.  Isso porque, essa ferramenta trabalha com base nas necessidades dos consumidores, prioriza a melhoria contínua e gerencia de maneira eficaz a equipe e as dependências.

Ou seja, os clientes se beneficiam com entregas mais rápidas e consistentes, enquanto a organização consegue manter um relacionamento mais saudável e duradouro com eles, resultando em maior fidelidade, confiança e satisfação.

Como implementar o Kanban na sua equipe ou projeto?

1. Entenda a filosofia do Kanban

Antes de implementar o Kanban em sua equipe ou projeto, é essencial compreender a filosofia por trás dessa metodologia. Para isso, estude os princípios do Kanban, como:

  • Visualização do fluxo de trabalho;
  • Limitação do trabalho em progresso;
  • E melhoria contínua.

Certifique-se de que toda a equipe esteja alinhada com esses conceitos fundamentais para obter sucesso na implementação!

2. Mapeie o seu processo

O mapeamento de processos é muito útil para padronizar o trabalho e identificar oportunidades de melhorias nos processos de negócio de uma empresa. Sendo assim, analise e documente seus processos existentes. Isso envolve:

  • Definir quais processos serão mapeados;
  • Montar um mapa de processo do processo escolhido;
  • Verificar e validar o mapeamento do processo;
  • Modelar o processo.

3. Defina fluxos de trabalho e priorize tarefas

Com base no mapeamento dos processos, é necessário definir fluxos de trabalho claros. Para isso, determine como as tarefas fluirão de uma etapa para a próxima.

Além disso, estabeleça critérios de priorização para as tarefas, com base na demanda do cliente e nas metas de negócios. Isso ajudará a equipe a focar no trabalho mais relevante.

4. Configure um Quadro Kanban

Configure um quadro Kanban físico ou virtual que represente visualmente o fluxo de trabalho e as etapas identificadas. Logo após, crie colunas para cada fase do processo e use cartões ou notas adesivas para representar as tarefas.

Leia também o post sobre squad as a service

5. Treine sua equipe e busque a melhoria contínua

Treine a equipe no uso do sistema Kanban e certifique-se de que todos compreendam como atualizar o quadro, mover os cartões, bem como manter os limites de progresso.

💡 Dica: Busque promover uma cultura de melhoria contínua, incentivando a equipe a identificar problemas, propor otimizações e realizar ajustes no processo regularmente.

Ao implementar o Kanban em sua equipe ou projeto, o treinamento e a cultura de melhoria contínua são cruciais para o sucesso. A Euax Consulting pode ser seu parceiro estratégico nesse processo, oferecendo soluções personalizadas para atender às necessidades únicas da sua empresa!

Quer saber mais? Então, entre em contato com um de nossos consultores! É só preencher o formulário abaixo:

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O que é gestão estratégica e como aplicá-la aos negócios

Você já ouviu a frase “se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve?” Seja no trabalho ou na vida pessoal, não definir um meio estratégico pode dificultar o alcance dos objetivos.

Por isso, no ramo empresarial, surge um modelo de gestão voltado a analisar, formular, executar e monitorar o desenvolvimento das estratégias do negócio: a gestão estratégica.

Com base nos métodos da gestão estratégica, os líderes de negócio passam a ter maior facilidade para tirar a estratégia do papel e traçar um caminho rumo ao alcance dos objetivos.

Assim, é possível definir onde o seu negócio estará nos próximos anos e como chegar lá!

O que é gestão estratégica?

Gestão estratégica é uma forma de gerenciar a organização tendo em vista a estratégia do negócio, a fim de orientar o caminho a ser seguido para o alcance os objetivos estratégicos. Isso envolve ações de planejamento, organização, liderança e controle, para desenvolver vantagens competitivas.

Através desse modelo de gestão, os líderes do negócio passam a desenvolver ações e iniciativas que estejam alinhadas a estratégia empresarial, aplicando-a no cotidiano das empresas.

Por exemplo, se um dos objetivos estratégicos da sua organização é melhorar o posicionamento no mercado em que está inserida, as ações das equipes, especialmente de marketing, estarão voltadas a atingir essa meta.

Assim, as organizações passam a trabalhar com base na estratégia, desenvolvendo ações voltadas a atingir os objetivos estratégicos, fortalecendo a missão e a visão organizacional.

A missão e visão organizacional são dois conceitos fundamentais para a gestão estratégica, pois a compreensão desses elementos possibilita um melhor entendimento da organização no contexto de seus ambientes internos e externos.

Dessa maneira, por ser um modelo de gestão que tem como base a estratégia organizacional, a gestão estratégica pode ser caracterizada pelo:

  • Raciocínio sistêmico;
  • Definição de um objetivo comum;
  • Aprendizado coletivo.

Qual a importância da gestão estratégica?

Alguma vez alguém já te perguntou: “Como você vê o seu negócio nos próximos 5 anos?” Independentemente da sua resposta, sabemos que ela está relacionada aos futuros objetivos do negócio. Mas, você sabe como chegar lá?

Para tal, mais do que ter uma visão estratégica, é preciso dispor de métodos e ferramentas que possibilitem tirá-la do papel.

Por isso, a gestão estratégica é tão importante para os negócios, pois ela possibilita aos gestores desenvolver ações para o alcance dos objetivos estratégicos, aumentando a performance e a vantagem competitiva.

Desse modo, a gestão estratégica foca em uma série de questões fundamentais sobre a organização, como:

  • O que é o seu negócio?
  • O que quer tornar-se?
  • Quais ações podem ser desenvolvidas para atingir os objetivos?
  • Quem são seus consumidores e o que gera valor a eles?

As respostas a essas perguntas aumentam o entendimento sobre o contexto da organização, onde ela está e para onde quer ir.

Quais são os tipos de gestão estratégica?

Por estar voltada a desenvolver meios para o alcance dos objetivos da organização, a gestão estratégica pode ser aplicada a todos os setores do negócio, pois cada um possui uma meta que irá subsidiar o alcance do objetivo principal.

Assim, a gestão estratégica pode ser dividida em:

  • Gestão estratégica de pessoas;
  • Gestão estratégica de TI;
  • Gestão estratégica de marketing;
  • Gestão estratégica de vendas;
  • Entre outras.

Benefícios da gestão estratégica

Por si só, aderir a gestão estratégica possibilita as organizações um melhor entendimento dos seus objetivos, além de prepará-las para as mudanças que o futuro pode oferecer.

Mas, ainda assim, a gestão estratégica possui um potencial transformador que traz uma série de benéficos para o negócio, como:

  • Crescimento sustentável;
  • Aumento da relação custo-benefício;
  • Melhoria e transformação de processos;
  • Melhoria no direcionamento de recursos;
  • Melhoria no entendimento do planejamento estratégico;
  • Maior engajamento dos colaboradores;
  • Escolhas mais precisas de ferramentas de gestão.

Passo a passo de como implantar a gestão estratégica na empresa

Por tratar-se de um modelo de gestão que visa aplicar e mensurar a estratégia empresarial nas ações do dia a dia, implantar a gestão estratégica pode ser um dos maiores desafios para o seu negócio.

Para tal, existem alguns passos que podem ser seguidos na implementação: análise de ambiente, formulação estratégica, estruturação da execução e monitoramento do desempenho.

A seguir, vamos explorar um pouco sobre cada uma das etapas.

1. Análise de ambiente

A análise de ambiente é utilizada para entender a realidade em que a empresa está inserida. Nessa perspectiva, são analisados os ambientes internos e externos que envolvem a organização, bem como as oportunidades que eles oferecem.

Nessa etapa, é comum que os gestores utilizam a Matriz SWOT, uma ferramenta gerencial que analisa cenários e perspectivas, permitindo que as estratégias sejam elaboradas com base nas informações identificadas.

2. Formulação Estratégica

Nessa perspectiva, o objetivo é elaborar um plano de ação para atingir os objetivos estratégicos definidos na etapa anterior. Aqui, são definidas as metas que o negócio precisa alcançar e os melhores caminhos para atingi-las.

Um dos principais métodos utilizados nessa etapa é o ciclo PDCA. Esse framework possibilita criar planos de ação com maior precisão, a partir de uma análise dos processos da organização.

3. Estruturação da execução

Na estruturação da execução, todas as ações definidas anteriormente serão colocadas em prática. É o momento de testar hipóteses e padronizar aquelas que foram bens sucedidas, a fim de criar um processo de alto desempenho e performance.

Nessa fase, você pode optar por utilizar frameworks como o Balanced Scoredcard, que auxilia no acompanhamento das ações desenvolvidas em prol da estratégia.

4. Monitoramento da estratégia

Monitorar a estratégia é fundamental para a compreensão do seu desenvolvimento. Com base nas informações observadas, você poderá encontrar novos direcionamentos, assim como identificar ações que possam ser eliminadas.

Para tal, estabeleça indicadores que tenham relação com as perspectivas e os objetivos a serem alcançados, a fim de monitorar o desempenho de cada atividade executada.

Leia também o post sobre Terceirização estratégica

Principais ferramentas para gestão estratégica

As ferramentas são fundamentais para garantir a efetividade dos passos que você percorreu na etapa anterior. Com elas, você poderá construir, mensurar e acompanhar o desenvolvimento dos processos definidos para o alcance dos objetivos estratégicos.

Nesse sentido, selecionamos 3 ferramentas que você precisa conhecer:

1. Artia

O Artia é uma plataforma desenvolvida para organizar fluxos de trabalho e atividades, com foco em proporcionar maior visibilidade das informações, trazendo mais assertividade para as tomadas de decisões.

As funcionalidades da ferramenta possibilitam ao gestor criar uma base para gerenciar os projetos estratégicos do seu negócio.

Assim, com o Artia é possível criar projetos, listar e acompanhar tarefas de forma mais eficiente e objetiva, além de entregar para o líder de projeto uma visão geral do desempenho da equipe.

2. Projeto Gannt

O GanttProject é uma ferramenta voltada para a criação de um ambiente colaborativo para o acompanhamento de fluxos de projetos.

O software possibilita quebrar projetos em uma estrutura mais inteligível e desenhar dependências entre processos, facilitando a visão do papel de cada colaborador, sincronizando melhor as tarefas.

3. OKR

Saindo um pouco das ferramentas e entrando nas metodologias de gestão estratégica, o OKR (Objective and Key Results) é um conceito amplamente utilizado para gerir e planejar estrategicamente a operação das empresas.

Nessa metodologia, o gestor define um objetivo de mercado e em seguida lista as ações que serão implementadas para atingir os propósitos declarados pela organização.

De forma bem sintética, são criados objetivos qualitativos e resultados-chave quantitativos, para conseguir atacar o maior número de problemas da forma mais eficiente.

Gestão estratégica e planejamento estratégico: qual a diferença?

Podemos dizer que a gestão estratégica está relacionada às ações aplicadas dia a dia das empresas para atingir os objetivos futuros, enquanto o planejamento estratégico é o caminho que você estabelece para chegar lá.

Assim, embora sejam conceitos distintos, eles caminham lado a lado, pois o planejamento estratégico é a base desse modelo de gestão.

Portanto, é no planejamento estratégico que os gestores desenvolvem um plano de ação para o alcance dos objetivos do negócio. Aqui, a estratégia é executada de forma simples e organizada e visual, facilitando o seu gerenciamento.

Então, se você está com dificuldades em tirar o seu plano de ação do papel, confira o nosso Kit de ferramentas para execução do planejamento estratégico.

Nele, você irá encontrar alguns materiais que irão te auxiliar na concretização da estratégia, a partir de métodos práticos, ágeis e dinâmicos.

Ferramentas para executar seu planejamento estratégico

Posicionamento estratégico: o que é e como definir o posicionamento de uma empresa

Você provavelmente já ouviu falar nos antitranspirantes Axe e Dove. O que você pode não saber é que ambas as marcas são submarcas de uma outra: a Unilever. Agora, você sabe o que permite à Unilever abrigar várias marcas de antitranspirantes e ainda assim diferenciá-las entre si, a ponto de não prejudicarem uma à outra? O posicionamento estratégico das marcas.

É o posicionamento que define a forma como a empresa vai competir no mercado. É o que garante o seu diferencial competitivo, sua vantagem sobre os concorrentes e a forma como o público enxerga a sua marca.

Quer saber como essas e tantas outras marcas construíram um posicionamento estratégico para obter sucesso? Então siga a leitura, pois nesse texto vamos ensinar tudo sobre esse tema!

O que é posicionamento estratégico?

Posicionamento estratégico é a forma como uma marca se apresenta, se direciona e se distingue das demais no mercado, por meio de uma proposta de valor própria e orientando-se a determinado público. Isso inclui seu diferencial competitivo e os desejos e/ou necessidades às quais a marca atende.

No passado, havia poucas marcas no mercado, com uma quantidade muito menor de representantes de cada segmento. O poder de escolha do consumidor era pequeno, e os produtos buscavam atender a públicos muito mais amplos, mas essa não é a situação hoje em dia.

Na verdade, o mercado está cada vez mais saturado de novas marcas que surgem diariamente para atender a desejos e necessidades específicas. O que diferencia essas marcas entre si é o posicionamento estratégico.

E-book Planejamento Estratégico

Traremos de volta o exemplo citado acima. A Unilever abriga várias marcas de antitranspirantes em seu conglomerado, como Axe, Dove e Rexona. Essas marcas, contudo, estão posicionadas estrategicamente de forma diferente:

  • Dove foca no cuidado com a pele;
  • Axe foca no perfume;
  • Rexona foca na proteção.

E é esse posicionamento que direciona as marcas para o público que elas pretendem atingir, conforme as dores que se propõe a atender. Isso constrói o diferencial de cada uma e, no fim, define se você vai escolher pegar Dove, Axe ou Rexona na prateleira do supermercado.

Ao definir um posicionamento estratégico, a empresa está decidindo a forma como pretende se construir não só no mercado, mas no imaginário do consumidor, enfatizando seus atributos mais primordiais.

E o que acontece se a minha empresa não se posicionar estrategicamente? Bem, nesse caso, o próprio mercado se encarregará de posicionar a sua marca no espaço onde ela couber. O problema é que esse espaço pode não ser exatamente aquele que você gostaria de ocupar.

Há dois jeitos básicos de definir um posicionamento estratégico: a abordagem “de fora para dentro” e a abordagem “de dentro para fora”. Vamos falar sobre cada uma delas para que você consiga entender melhor:

Estratégia “de fora para dentro” vs. Estratégia “de dentro para fora”

Estratégia “de fora para dentro”

A estratégia “de fora para dentro” consiste em análise de mercado para descobrir a melhor forma de competir. Nesse modelo, ferramentas como a Matriz SWOT são frequentemente utilizadas, assim como pesquisas de mercado.

Além disso, empresas que utilizam esse tipo de abordagem costumam:

  • Adaptar-se ao mercado, dando menos foco para as habilidades e capacidades internas na hora de definir o posicionamento;
  • Buscar formas de enfraquecer, eliminar e deslocar concorrentes, para obter uma melhor flexibilidade de preços e atuação no mercado;
  • Buscar alianças com membros da cadeia produtiva e concorres, para facilitar o posicionamento. Entretanto, práticas como oligopólios e monopólios são proibidas pela legislação.

Essa abordagem foi popularizada por Michael Porter, processor em Harvard e autor do livro Competitive Strategy. Mais a frente, falaremos sobre sua ideia mais notável: os Tipos Genéricos de Estratégia.

Estratégia de “dentro para fora”

Nessa perspectiva, a empresa identifica internamente seus diferenciais e capacidades de acordo com os recursos disponíveis. Ou seja, o posicionamento se dá por meio das capacidades organizacionais, e é o ambiente interno que garante a competitividade.

Nesse formato, a organização precisa:

  • Construir capacidade e recursos internos difíceis de serem copiados pela concorrência;
  • Como a fonte competitiva é interna, a organização deve concentrar bastante energia em protegê-la dos concorrentes;
  • Buscar formas de desenvolver novas capacidades, para que elas não sejam superadas pelos concorrentes.

Essa perspectiva tem origem na Visão Baseada em Recursos (VBR), estudada pela economista Edith Penrose e publicada em seu livro The Theory of the Growth of the Firm, maior referência em VBR.

E qual dessas abordagens devo escolher?

Não há um certo ou errado na hora de escolher uma abordagem, pois tudo depende do contexto da sua organização. Além disso, nada impede a sua empresa de se basear em ambas as visões para construir um posicionamento estratégico, pois cada uma fornecerá insights diferentes.

Caminhos para descobrir o posicionamento estratégico da minha organização?

Existem dois caminhos para reconhecer o posicionamento estratégico de uma organização: o caminho complexo e o caminho reflexivo. Vamos ver como cada um deles funciona?

Caminho Complexo

O caminho complexo é uma análise e pesquisa profunda sobre o mercado em que a empresa está inserida, incluindo:

  • O tamanho do mercado e quanto de Market Share cada empresa que disputa nele tem;
  • O motivo da competição e a posição atual ou futura da empresa na disputa.

Caminho reflexivo

Caso a sua empresa não tenha condições de seguir o caminho complexo, fazendo profundas pesquisas de mercado, você pode utilizar modelos já existentes, fazendo um caminho reflexivo. Entre eles, os mais comuns são as Estratégias Genéricas de Porter e a Tipologia Estratégica de Miles & Snow.

Para algumas empresas, esses modelos podem não ser muito úteis. Afinal, eles são questionados por sua tentativa de generalizar algo tão complexo como o posicionamento estratégico.

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Além disso, esses modelos são mais adequados para estratégias definidas “de fora para dentro”, pois estão mais relacionadas à análise externa. Dito isso, vamos conhece-las:

Estratégias genéricas de Porter

1. Custo total

É a diferenciação através dos preços baixos. Nesse modelo, a empresa precisa focar em reduzir custos na produção, fazer mais com menos, e eliminar atividades que não geram valor. Os produtos, por sua vez, possuem padrões mínimos de qualidade, atendendo a segmentos que buscam produtos e serviços baratos.

Em geral, empresas que seguem essa estratégia:

  • Controlam o orçamento minuciosamente;
  • Perseguem a otimização dos processos;
  • Buscam otimizar o tempo de trabalho;
  • Apostam na produção em larga escala;
  • Usam metas quantitativas para motivar os colaboradores.

2. Diferenciação

Essa estratégia foca na percepção que os clientes têm sobre o produto ou serviço. A ideia é criar soluções únicas, passar a ideia de exclusividade. Com o valor agregado, é possível cobrar um preço maior pela solução sem perder espaço no mercado.

Empresas que seguem essa estratégia:

  • Investem muito em engenharia de produtos;
  • Unem Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento;
  • Superam as expectativas dos clientes;
  • Se preocupam em melhorar a experiência do cliente de forma constante;
  • Buscam ser reconhecidas por qualidade, inovação e tecnologia.

3. Enfoque

Nesse caso, a marca atende a uma demanda ou nicho específico do mercado. Pode ser de acordo com questões geográficas, faixa de renda ou faixa etária, por exemplo. Nesses casos, as empresas possuem pouca participação no mercado global, mas podem se tornar extremamente consumidas por um nicho específico.

Essa estratégia pode ser subdividida de acordo com as estratégias anteriores: enfoque no custo e enfoque na diferenciação. Cada uma das subdivisões apresenta as características anteriormente listadas, mas aplicadas a um único nicho ou segmento.

Tipologia estratégica de Miles & Snow

Miles & Snow também estabelecem tipos de estratégias competitivas. Vejamos quais são:

1. Defensiva

Nessa estratégia, a marca foca em ser a melhor em determinado mercado ou produto/serviço. São especialistas naquilo que fazem, e por isso conseguem praticar os melhores preços. Mesmo que utilizem um preço abaixo do mercado, ainda conseguem ter lucro, pois possuem os menores custos de produção.

2. Prospectora

Nessa estratégia, a empresa está sempre buscando por novos mercados e inovações. De certa forma, essas empresas promovem instabilidades no mercado, por causa do alto investimento em pesquisa e desenvolvimento.

3. Analítica

Essa estratégia é uma mistura das duas primeiras. Ou seja, ela opera em dois tipos de mercado, sendo um relativamente estável e outro em constante mudança.

4. Reativa

Esse modelo não é considerado uma estratégia. Na verdade, uma empresa reativa apenas reage às pressões externas. Aqui, os administradores percebem mudanças e incertezas ocorrendo no ambiente organizacional, mas não respondem efetivamente às turbulências e mudanças.

Algumas empresas possuem planejamento estratégico, mas são consideradas reativas por não apresentarem o comportamento de quem executa uma estratégia.

Dito tudo isso, já deu para entender que a definição de um posicionamento estratégico pode ser feita das mais diversas formas. Para que você não fique perdido, separamos 3 passos simples para quem quer encontrar um posicionamento estratégico perfeito, com algumas das melhores práticas do mercado. Confira:

3 passos para definir o posicionamento estratégico de uma empresa

1. Escolha um único atributo

Pode ser difícil escolher um posicionamento, pois a alta gestão geralmente quer vender a marca como a melhor em todas as frentes. O melhor preço, a melhor do ramo, a mais inovadora etc.

Entretanto, é muito importante que a sua empresa escolha um posicionamento claro, conforme aquilo que você consegue ou é capaz de entregar ao consumidor. Ou seja, aquilo em que você pode ser competitivo e que o diferencie dos concorrentes.

Se muitas marcas já estão posicionadas de determinada forma, pode ser interessante seguir por outro caminho, a não ser que você seja capaz de ser absolutamente melhor do que todas elas.

Perceba que, quando a Dove escolhe focar em cuidado com a pele, e a Axe escolhe focar em perfume, elas renunciam a outros caminhos. Escolher um norte significa, também, renunciar às outras direções.

Lembre-se: quem atira para todos os lados não acerta alvo nenhum.

2. Faça pesquisas de mercado

Pesquisas de mercado são excelentes aliadas na hora de criar um posicionamento, especialmente as pesquisas qualitativas. Pesquisas qualitativas são profundas e ajudam a entender melhor o consumidor.

Em geral, grandes marcas pesquisam em consumidores extremos. Ou seja, pessoas cujo propósito de vida é o discurso que você escolheu na primeira dica. São as pessoas completamente apaixonadas pelo tipo de solução que você oferece, pelo mercado no qual você atua.

Por exemplo: um consumidor extremo de maquiagem seria alguém completamente apaixonado por maquiagem. Alguém cujo propósito de vida é usar maquiagem. Não se trata apenas de alguém que usa muito (um heavy user), mas se alguém que é louco por isso.

Essas pessoas são difíceis de encontrar, mas entregam respostas valiosas em pesquisas de mercado. São elas que vão te ajudar a entender o que realmente toca a vida do consumidor da sua solução, aquilo que eles realmente estão procurando. Consumidores eventuais geralmente não são capazes de dar respostas tão boas.

As perguntas podem incluir desde questões relacionadas ao sentimento que a solução causa, até os motivos pelos quais elas são tão apaixonadas por isso. As respostas ajudam a gerar insights valiosos para o posicionamento estratégico, criando um posicionamento único e perfeito.

3. Atrele o posicionamento à comunicação da marca

Depois, é preciso atrelar o posicionamento à comunicação da marca: o slogan, a identidade visual, a brand persona, o discurso para os colaboradores e para o púbico etc. Tudo precisa estar permeado de posicionamento.

Um bom exemplo disso é a Nike. A empresa buscou consumidores extremos relacionados a performance. Resultado? Um insight: “se eu tenho um corpo, eu consigo”. A partir daí, a marca definiu um posicionamento claro em uma frase de efeito que se tornou sinônimo da marca: just do it.

Aqui, o trabalho é de branding. Construa uma plataforma de marca consistente e comunique-a para todo o mercado.

Seguindo esses três passos, você vai criar uma proposta de valor única e muito difícil de ser copiada pela concorrência. Pode até ser um pouco complexo, mas não é impossível. Para te ajudar com isso, criamos um canvas de proposta de valor, no qual você pode estruturar e visualizar sua vantagem competitiva em uma única página.

Com ele, você pode visualizar seu modelo de negócio e descobrir a melhor forma de comunicar os benefícios da sua solução para o público. Clique no banner abaixo e faça download gratuitamente!

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O que é e como fazer arquitetura de processos?


A fim de gerar valor para seus clientes, as organizações têm que executar uma série de processos de negócio. Se forem bem mapeados, otimizados e gerenciados, os processos podem ajudar a organização a crescer, desenvolver sua vantagem competitiva e se aproximar cada vez mais dos objetivos estratégicos. Porém, se a gestão de processos for esquecida e a arquitetura de processos não estiver bem definida, a geração de valor para os clientes pode ficar comprometida.

Quer saber o que é a arquitetura de processos e entender por que ela é tão importante para uma organização? Então você está no lugar certo! Continue lendo e tire todas as suas dúvidas sobre arquitetura de processos.

O que é arquitetura de processos?

A arquitetura de processos é uma prática da gestão de processos que busca criar uma visão sistêmica da organização, revelando os macroprocessos, subprocessos e atividades e suas relações com a geração de valor para os clientes e os objetivos estratégicos do negócio.

É bom lembrar que a arquitetura de processos não é uma prática realizada de maneira isolada e aleatória. Como foi comentado, ela faz parte de um conjunto de práticas de gestão de processos de negócio (BPM), que têm um objetivo final: alinhar os processos da organização à estratégia e melhorá-los continuamente.

Agora que você já sabe o que é arquitetura de processos, que tal descobrir por que ela é tão importante?

Qual a importância da arquitetura de processos?

Permite conhecer melhor seu negócio

A base da arquitetura de processos é a cadeia de valor, ferramenta que dá uma visão geral sobre como a empresa entrega valor para o cliente e como se organiza para atingir sua estratégia, mostrando a relação entre os processos ponta a ponta. O conhecimento de todas as atividades que devem ser realizadas dentro da organização é importante para os gestores, pois assim eles podem saber com precisão tudo que acontece e ter um ponto de partida para mudanças.

Guia o planejamento estratégico

A partir do conhecimento de como a empresa funciona, é possível identificar se há atividades que precisam ser mudadas dentro dos processos, tanto para otimizá-los quanto para alinhá-los com a estratégia.

Saiba mais sobre isso assistindo a este webinar, em que explico em detalhes a relação entre gestão de processos e planejamento estratégico:

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Contribui para a gestão de processos (BPM)

Construir uma arquitetura de processos é um passo importante na gestão de processos de negócio (BPM), uma disciplina gerencial que traz as melhores práticas para administrar processos.

O BPM pode ajudar a organização não só a conhecer a arquitetura dos seus processos, mas também a mapeá-los, padronizá-los e transformá-los de acordo com a estratégia. Dessa forma, a empresa pode otimizar os custos e o tempo dos processos, estabelecer um padrão para garantir a repetibilidade das atividades e a entrega de resultados de qualidade e, principalmente, estar em constante evolução.

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A arquitetura de processos é importante para a sua organização criar vantagem competitiva por meio dos processos internos. Quer saber como ter esses benefícios no seu negócio? Acompanhe nosso passo a passo e aprenda como fazer arquitetura de processos:

Como montar e gerenciar a arquitetura de processos?

1. Elabore uma cadeia de valor

O ponto de partida da arquitetura de processos é a construção da cadeia de valor, que possibilita uma visão dos macroprocessos relacionados à geração de valor (os processos primários, de gestão e de apoio). A partir dela é que serão feitos desdobramentos de macroprocessos em processos, subprocessos e atividades, chegando até o plano operacional.

Mas, primeiro vamos entender como se organiza uma cadeia de valor. Na imagem de exemplo, é possível perceber que os processos são organizados em três tipos: processos de gestão, primários e de suporte.

cadeia de valor modernizada

Os processos primários são as atividades que a empresa faz para transformar as entradas em saídas, ou seja, transformar matéria-prima ou informações em produtos ou serviços. Hoje, é comum utilizar-se a ideia de processos ponta a ponta na definição dos processos primários. Essa ideia não separa os processos em caixinhas restritas a departamentos, pois leva em consideração o fato de que os processos passam por várias mãos até serem concluídos.

Para que os processos primários possam acontecer, é necessário que existam os processos de suporte, como a gestão de pessoas, de infraestrutura e das finanças, que não geram valor diretamente aos clientes, mas tornam possível a execução dos processos primários, que geram valor diretamente. E, por fim, os processos de gestão são responsáveis por manter os processos primários rodando conforme o planejado e alinhados com a estratégia da empresa.

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Para entender melhor como se organiza uma cadeia de valor, observe este exemplo:

cadeia de valor

A Pizzaria do Zé conta com vários tipos de processos sendo realizado. Os de suporte envolvem a gestão financeira, de pessoas, de tecnologia e de infraestrutura, afinal, sem eles é impossível adquirir matéria-prima, produzir, anunciar, vender ou entregar pizzas. Nos processos primários, figuram vários processos ponta a ponta: da ideia ao produto lançado, da campanha de marketing aos novos contatos, do inventário à reposição de estoques, do pedido à entrega, e por aí vai.

Essas sequências lógicas revelam a ordem em que as coisas devem ser feitas para que, no final, o cliente receba o produto adquirido, que neste caso é a pizza. Percebeu como os processos dependem uns dos outros para entregar valor ao cliente?

É isso que precisa ser identificado na cadeia de valor da sua organização: você precisa entender como ela opera para gerar valor aos clientes. Recomendamos que você se reúna com outros colaboradores envolvidos nos processos e pense, em um plano macro, o que a empresa faz para produzir um produto ou serviço que seja de alto valor para os consumidores.

Acesse nosso post completo sobre cadeia de valor e saiba mais.

2. Desenhe a hierarquia de processos

Depois de estabelecer uma visão dos macroprocessos na cadeia de valor, é hora de desdobrá-los e detalhar o que está dentro de cada macroprocesso. Geralmente, esse desdobramento é feito em três níveis: processos, subprocessos e atividades.

Observe no exemplo como fizemos o desdobramento de um dos macroprocessos da cadeia de valor da Pizzaria do Zé:

desdobramento de macroprocesso

O macroprocesso “do pedido à entrega” envolve três processos: atender o pedido, produzir o pedido e entregar o pedido. Cada um desses processos deve ser detalhado em subprocessos. No nosso exemplo, há três deles: cadastrar o cliente, verificar o crédito e registrar o pedido.

Por último, é preciso desdobrar os subprocessos a nível operacional, em atividades, explicando o que precisa ser feito para executá-los. O subprocesso cadastrar cliente, por exemplo, foi desdobrado nas atividades “verificar o cadastrado”, “incluir cadastrado” e “atualizar cadastro”.

Perceber a ligação entre os macroprocessos e seus desdobramentos possibilita identificar rupturas que estejam gerando problemas no fluxo da operação e trazendo desvantagens para o negócio.

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3. Construa um portfólio de processos

O portfólio de processos é um ativo da empresa que lista todos os processos relacionados com a geração de valor. Ele reúne informações como o estágio atual dos processos, o nível de risco ao negócio, o grau de exposição ao cliente e o desempenho atual.

Ter esses dados à mão torna possível fazer a governança de processos, isto é, gerenciar os processos de modo a otimizar sua arquitetura, mantê-los estáveis, em execução e dentro da performance desejada.

Dê uma olhada neste exemplo de portfólio de processos:

portfólio de processos

Ele mostra o estágio atual de cada macroprocesso (no portfólio estamos chamando-os de processo, para simplificar), classificando-os como:

  • Automatizado: o processo já ocorre de maneira automatizada, sem interferências;
  • Ad hoc: é feito de maneira espontânea e não precisa de um fluxo desenhado;
  • AS-IS: processo que está sendo analisado para ser melhorado, posteriormente, na fase “TO-BE”;
  • TO-BE: é a representação de um processo futuro da empresa, desenhado e planejado de acordo com a estratégia.

O portfólio de processos deve ser administrado pelo escritório de processos (BPMO), que tem a responsabilidade de atualizá-lo periodicamente, afinal, é a partir do portfólio que se identifica as oportunidades de melhoria que podem trazer mais vantagem competitiva para a organização.

4. Estabeleça donos para os processos

Por último, mas não menos importante, é preciso estabelecer donos para os processos. Uma maneira eficiente de fazer isso é utilizando uma matriz de responsabilidades. Também chamada de matriz RACI, ela tem como objetivo indicar o papel de cada pessoa ou departamento nos processos da empresa. A matriz de responsabilidades permite organizar os colaboradores entre quatro funções:

  • R – Responsible, ou responsável: é o dono do processo, que fica responsável pela execução. Apesar de um processo ser feito a várias mãos, recomenda-se que haja apenas um responsável.
  • A – Accountable, ou aprovador: são os envolvidos que têm autoridade para aprovar ou rejeitar mudanças no processo e tomar decisões importantes.
  • C – Consulted, ou consultado: colaboradores com muito conhecimento na área que podem dar sugestões e opiniões para melhorar o processo, auxiliar os aprovadores na tomada de decisão e o responsável na execução.
  • I – Informed, ou informado: envolve as pessoas que não participam diretamente dos processos primários, mas cujas atividades diárias dependem desses processos. Essas pessoas devem ser informadas das mudanças que forem feitas, caso elas influenciem no seu cotidiano.

Para fazer uma matriz de responsabilidades, é necessário elaborar uma tabela em que todos os macroprocessos (aqueles que estão representados na cadeia de valor) estejam listados um abaixo do outro, e todos os envolvidos, um ao lado do outro. Atribui-se uma letra da matriz que represente a responsabilidade da pessoa em relação ao macroprocesso (R, A, C ou I). Observe no exemplo:

Matriz RACI

Neste quadro, é possível perceber que a maioria dos analistas têm responsabilidade R, ou seja, executar atividades. Já o gerente e o diretor têm menos envolvimento com as atividades, mas devem ser informados sobre todas as mudanças, já que têm responsabilidade I.

Com a matriz RACI, é muito mais fácil distribuir responsabilidades e certificar-se de que os processos tenham donos, pessoas dedicadas à garantir que tudo ocorra como o planejado e, também, que sirvam como ponte entre a alta gestão e os colaboradores designados para a execução dos processos.

Agora que você já conhece a arquitetura dos processos da sua organização, pode precisar fazer melhorias. Por isso, preparamos um webinar gratuito sobre transformação de processos para te ajudar nessa tarefa. Assista ao webinar e descubra como potencializar o desempenho do seu negócio por meio dos processos!

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Tudo sobre a análise SWOT (FOFA) o que é e como funciona?

No universo complexo dos negócios e da gestão, a habilidade de enxergar além e compreender a posição estratégica de uma empresa é fundamental para o sucesso a longo prazo.

E é nesse contexto que entra a análise SWOT: ferramenta analítica que se tornou uma bússola indispensável para líderes e gestores. Ela é responsável por entender a realidade das empresas e servir como ponto de partida para planejar estratégias e torná-las cada vez mais competitivas.

Quer saber mais sobre análise SWOT, para que ela serve e quais são as vantagens desse modelo de análise? Então, siga a leitura!

O que é análise SWOT ou FOFA?

A análise SWOT, também conhecida como FOFA, é uma ferramenta de gestão que investiga tanto o ambiente interno quanto externo de uma organização, visando identificar oportunidades para aprimoramento e otimização do desempenho.

Por conta de sua simplicidade e eficácia é possível que ela seja aplicada em empresas de todas as dimensões e setores de mercado.

A sigla SWOT deriva das palavras em inglês que representam suas quatro dimensões. Confira:

imagem com explicação do que é matriz swot, significado da sigla
Explicação do que é cada letra da sigla SWOT
  • Strengths (Forças): Este componente analisa os pontos fortes internos da organização, destacando suas vantagens competitivas, recursos valiosos e expertise distintiva;
  • Weaknesses (Fraquezas): Aqui, voltamos nosso olhar crítico para as fraquezas internas, abordando aspectos que podem limitar o desempenho da organização e prejudicar sua competitividade;
  • Opportunities (Oportunidades): As oportunidades externas, muitas vezes moldadas por tendências de mercado, são investigadas nessa seção. Elas podem representar novos nichos, demandas crescentes ou outros caminhos propícios ao crescimento;
  • Threats (Ameaças): Por último, mas não menos importante, exploramos as ameaças externas que podem impactar a organização. Isso engloba fatores como concorrência intensificada, mudanças regulatórias e qualquer outro elemento que possa afetar adversamente o progresso

Acesse também o post sobre Matriz GUT

Como funciona a análise SWOT?

A análise SWOT envolve uma análise sistemática das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que afetam uma empresa, projeto ou situação. Veja a seguir como ela funciona:

imagem que mostra como funciona a matriz swot
Representação do funcionamento da matriz swot

Coleta de dados

Começa-se coletando informações relevantes sobre a empresa ou projeto. Isso inclui dados internos, como recursos, capacidades, processos e também informações externas, como tendências de mercado, concorrência, regulamentações, entre outros.

Identificação de forças

Análise dos pontos fortes internos da organização. Isso envolve identificar quais são suas vantagens competitivas, recursos valiosos, conhecimentos especializados e outras características positivas que a destacam.

Identificação de fraquezas

Avaliação das fraquezas internas. Isso pode incluir aspectos como falta de recursos, deficiências em processos, lacunas de habilidades na equipe e outras limitações que precisam ser superadas.

Identificação de oportunidades

Analise do ambiente externo em busca de oportunidades. Estas podem ser tendências de mercado, necessidades emergentes dos clientes, avanços tecnológicos ou outras áreas que a organização pode explorar para seu crescimento.

Identificação de ameaças

Avaliação das ameaças externas que podem impactar negativamente a organização. Isso pode incluir concorrência acirrada, mudanças regulatórias, instabilidade econômica ou outros fatores que representam riscos.

Análise cruzada

Aqui são cruzadas as informações coletadas nas etapas anteriores para identificar possíveis combinações estratégicas.

Por exemplo, como os pontos fortes podem ser alavancados para aproveitar oportunidades? Como as fraquezas podem ser melhoradas para enfrentar ameaças?

Desenvolvimento de estratégias

Com base nas análises cruzadas, é preciso começar a desenvolver estratégias. Isso pode envolver capitalizar os pontos fortes, abordar as fraquezas, aproveitar as oportunidades e criar planos de contingência para lidar com as ameaças.

Implementação e acompanhamento

Aqui as estratégias são colocadas em prática e acompanhadas ao longo do tempo. A análise SWOT não é um processo estático, e as condições podem mudar. Portanto, é essencial reavaliar periodicamente e ajustar as estratégias conforme necessário.

Leia também o post que explica o que é Outsourcing e os benefícios para as empresas

Para que serve a matriz SWOT?

Tomadas de decisão

Quando nos deparamos com uma decisão importante a tomar, geralmente buscamos a maior quantidade de informações a respeito de cada caminho. Se dominamos todos os detalhes sobre cada caminho disponível, é muito mais provável que a tomada de decisão seja certeira. Por isso, o uso da matriz SWOT pode ser muito útil.

Com essa ferramenta, o gestor pode conhecer a fundo os pontos fracos e fortes do negócio, bem como as principais ameaças e oportunidades que o mercado oferece. Assim, pode planejar suas ações e decisões com base em dados reais e confiáveis, tendo mais segurança em relação aos resultados que cada iniciativa pode trazer.

Garantir a perenidade

A perenidade do negócio, isto é, a sua longevidade, é um dos maiores sonhos dos gestores (se não o maior). Estabelecer liderança no mercado, conquistar a confiança de clientes e fornecedores e prosperar financeiramente são coisas que só podem acontecer se a organização tiver credibilidade, e esta precisa de tempo para ser construída.

Nesse contexto, a matriz SWOT se faz importante pois é um meio de ajudar os gestores a tomar decisões estratégicas que contribuam para a saúde e a performance do negócio e, sendo assim, ajudam ele a manter-se competitivo e perene no mercado.

Planejamento estratégico

Como não poderíamos deixar de mencionar, o principal uso da matriz SWOT é servir de start para o planejamento estratégico, o momento em que a organização se mobiliza para planejar como vai alcançar sua missão e visão de futuro.

Vamos falar mais sobre isso no próximo tópico. Se quiser saber mais sobre missão organizacional, veja o vídeo sobre o assunto:

Quais as vantagens desse modelo de análise?

A matriz SWOT desempenha um papel crucial no ambiente empresarial e na gestão estratégica, trazendo uma série de importâncias significativas para as organizações. Aqui estão algumas das principais razões pelas quais a matriz SWOT é tão importante:

Imagem com as vantagens da matriz swot
Benefícios de usar uma matriz swot

Como utilizar a Matriz SWOT no planejamento estratégico

Utilizar a matriz SWOT em um planejamento estratégico envolve uma abordagem estruturada para analisar os fatores internos e externos que afetam uma organização. Aqui está um passo a passo para aplicar a matriz SWOT em seu planejamento estratégico:

Monte o esqueleto da sua matriz SWOT

Para montar o esqueleto da sua matriz SWOT, desenhe uma tabela 2×2. Em cada célula, coloque o nome de uma das perspectivas de análise. Sugerimos que você as organize da seguinte forma:

Assim, na primeira linha temos os aspectos internos, que a empresa pode mudar, e na segunda linha temos os aspectos externos, que a empresa não tem poder para controlar.

A primeira coluna conta com coisas positivas, que ajudam a organização a alcançar seus objetivos, e a segunda coluna sinaliza as coisas negativas, que podem ser obstáculos na busca pelos objetivos estratégicos.

Faça a análise interna e externa da sua organização

Análise interna

A análise interna diz respeito às forças e fraquezas, os aspectos pelos quais a organização é responsável e tem o poder de mudar.

Existem várias formas de fazer essa análise, mas a mais recomendada é aquela que envolve as pessoas que vivem a realidade da empresa todos os dias: os colaboradores.

As reuniões de brainstorming, por exemplo, são uma ótima alternativa para dar voz aos envolvidos e chegar a conclusões certeiras sobre as forças e fraquezas da organização.

Análise externa

Já a análise externa envolve as oportunidades e ameaças oferecidas pelo mercado e pelos fatores PESTEL: Políticos, Econômicos, Sociais, Tecnológicos, Ecológicos e Legais.

Para analisar o ambiente externo, é possível fazer pesquisas de mercado, benchmarking, participar de congressos e seminários para atualizar-se quanto às novas tecnologias e, sobretudo, ficar antenado para não perder nenhuma notícia ou tendência do mercado.

Assim, você terá noção do que pode aparecer como oportunidade ou como ameaça ao seu negócio.

Relacione forças e fraquezas com as oportunidades e ameaças

Por último, é necessário que você relacione as informações da sua matriz SWOT.

Tomando as forças como ponto de partida, você pode ponderar sobre como pode utilizá-las para potencializar as oportunidades identificadas. Além disso, preste atenção em como as forças podem ajudar a sua organização a se preparar contra as ameaças.

Depois, pense em como as fraquezas podem ser um risco para as oportunidades e em como as fraquezas podem tornar as ameaças ainda mais perigosas.

A partir dessas relações, você pode começar a pensar em iniciativas estratégicas para maximizar as forças e tratar as principais fraquezas presentes na organização.

Como fazer uma matriz Swot?

Para montar uma matriz SWOT, escreva em uma folha de papel ou bloco de notas as seguintes informações:

Imagem com exemplo de matriz swot
Exemplo de como montar a Matriz Swot

Identifique suas forças (S)

Identifique suas habilidades técnicas e comportamentais, formação, valores e outros recursos que você possui. Por exemplo, se você é um profissional de marketing, suas forças podem incluir habilidades em criatividade, comunicação e análise de dados.

Liste as suas fraquezas (W)

Reflexione sobre as áreas em que você precisa melhorar ou onde você não possui conhecimento. Por exemplo, se você é um profissional de marketing, suas fraquezas podem incluir falta de conhecimento em SEO ou em análise de mercado.

Levante as oportunidades (O)

Identifique as oportunidades que você pode explorar para alcançar seus objetivos. Por exemplo, se você é um profissional de marketing, suas oportunidades podem incluir a crescente demanda por serviços de marketing digital ou a possibilidade de trabalhar em uma nova área de marketing.

Identifique as ameaças (T)

Reflexione sobre os desafios e riscos que você pode enfrentar. Por exemplo, se você é um profissional de marketing, suas ameaças podem incluir a concorrência intensa no mercado ou a mudança de tendências no setor de marketing.

Após identificar esses pontos, você pode desenvolver estratégias para aproveitar suas forças, melhorar suas fraquezas, explorar suas oportunidades e enfrentar suas ameaças.

Dicas para utilizar a matriz SWOT no planejamento estratégico

Faça planos e tire-os do papel

Após a análise da matriz SWOT, você está pronto para elaborar planos estratégicos baseados no que você identificou. Foque em fortalecer a empresa diante da concorrência e em estabelecer condições para o crescimento contínuo de seu sucesso.

Mas fique atento! Para não ficar para trás, o timing significa muito. Então, não perca tempo e pense também em soluções rápidas para começar a mudar agora mesmo, como as quick wins, que são pequenas mudanças que geram resultado em pouco tempo.

Envolva toda a equipe

Como falamos, muitas vezes as forças e fraquezas podem ser identificadas dentro da própria equipe.

Sendo assim, converse abertamente com eles sobre os resultados da análise da matriz SWOT e envolva-os no planejamento estratégico. Todos os colaboradores devem ter foco e motivação para correr atrás dos objetivos da organização.

Não tenha medo de mudar

A Matriz SWOT pode identificar ameaças e fraquezas que digam respeito à própria identidade da empresa. Portanto, para fortalecer-se, é fundamental não ter medo de mudar. Com planejamento e diálogo, a equipe se dedicará a alterar o que for necessário e encontrar novas forças e oportunidades nesse novo momento da empresa.

Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas sobre o uso da matriz SWOT e sua relação com o planejamento estratégico. Para a Euax, a estratégia ocorre em dois momentos distintos: o planejamento e a execução!

Quer saber mais sobre como e por que fazer o planejamento estratégico da sua organização? Confira nosso webinar gratuito com dicas para construi-lo junto com a sua equipe.

Conheça Kaplan e Norton, as mentes por trás do Balanced Scorecard (BSC)

No contexto da gestão de organizações, Kaplan e Norton são referência. Esses dois doutores em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard têm uma grande experiência no assunto, e publicaram juntos cinco livros sobre um método de estruturação e aplicação de estratégias chamado Balanced Scorecard. Quer saber mais sobre Kaplan e Norton, o que os tornou famosos e conhecer um pouco sobre os livros que eles já publicaram? Então continue conosco!

Quem é Robert S. Kaplan?

Robert S. KaplanDesde 2015, Robert Steven Kaplan é presidente e CEO do Federal Reserve Bank de Dallas. Anteriormente, Kaplan era professor de Prática Administrativa da Martin Marshall e diretor associado sênior da Harvard Business School.

Nascido em 1940, Kaplan é bacharel em Administração de Empresas pela Universidade do Kansas e doutor em Administração de Empresas pela Harvard Business School. É cocriador do método de gestão Balanced Scorecard (BSC), junto com David Norton e cofundador da Balanced Scorecard Collaborative, hoje Palladium Group.

Kaplan é conhecido por suas publicações na área de execução de estratégias, contabilidade de custos e contabilidade gerencial e foi premiado e nomeado para o Hall da Fama de Contabilidade.

Antes de ingressar em Harvard, em 2006, Kaplan foi vice-presidente do The Goldman Sachs Group, com responsabilidade global pelas divisões de investimento da empresa. Na Goldman, ele também foi membro do Comitê de Gerenciamento, atuou como co presidente do Comitê de Parceria e como presidente do Programa de Liderança. Durante seus 23 anos de carreira nessa organização, Kaplan atuou em várias outras funções e tornou-se sócio em 1990.

Kaplan atuou como membro do conselho de diversas empresas americanas de capital aberto, como a State Street Corporation, a Harvard Management Company, a Bed Bath & Beyond e a Heidrick & Struggles International, Inc. Ele também foi administrador da Fundação Ford, cofundador da diretoria da TEAK Fellowship, cofundador e presidente da Indaba Capital Management, L.P. e presidente do Comitê Consultivo de Investimentos do Google, Inc.

Por isso, é possível perceber que Kaplan tem grande uma experiência em administração de empresas, que se reflete na quantidade de publicações que ele já fez sobre esse tema. Trataremos de algumas dessas publicações em breve.

Hoje, Kaplan atua como presidente do Project ALS, iniciativa que investe em pesquisas científicas em prol da cura para a esclerose lateral amiotrófica (ELA), e como copresidente da Fundação Draper Richards Kaplan, uma empresa global de filantropia que investe em empresas sem fins lucrativos dedicadas a questões sociais. Kaplan é membro do conselho da Harvard Medical School, presidente e CEO do Federal Reserve Bank de Dallas.

Quem é David Norton?

David NortonDavid Norton (1941) é referência na gestão de finanças, fundador e diretor do Palladium Group e cocriador do método de gestão Balanced Scorecard.

É licenciado em Engenharia Elétrica pelo Worcester Polytechnic Institute, mestre em Pesquisa de Operações pelo Instituto de Tecnologia da Flórida e, assim como Kaplan, doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard.

Norton começou a sua carreira na indústria em 1975, fundando com Richard L. Nolan a empresa de consultoria Nolan, Norton & Co. Em 1992, Norton fundou outra organização, a Renaissance Solutions, e atuou como diretor presidente.

Ele também cofundou, com Robert S. Kaplan, a Software ESM Group, rebatizada como o Palladium Group,
e ali atuou como diretor executivo até 2007. Em 2015, o Palladium Group foi adquirido pelo GRM Internacional e rebatizada como Palladium International. Norton e Kaplan permanecem filiados a ela.

Junto com Robert Kaplan, Norton é coautor de oito artigos que foram publicados na Harvard Business Review (HBR) e seis livros, sendo os mais recentes: Digital Context 2.0: Seven Lessons in Business Strategy, Consumer Behavior e Internet of Things. Seus livros venderam mais de um milhão de cópias em 23 idiomas.

David Norton foi eleito um dos 12 pensadores mais influentes do mundo pelo Sun Top Media Thinkers 50 em 2007. Em 2008, recebeu junto com Robert Kaplan o Prêmio de Aprendizado e Desempenho no Local de Trabalho da Sociedade Americana de Treinamento e Desenvolvimento (ASTD).

Você quer saber qual o motivo que tornou os dois teóricos tão famosos no meio da gestão e dos negócios? Continue lendo para descobrir!

O legado de Kaplan e Norton: conheça o Balanced Scorecard

Na década de 90, os teóricos Kaplan e Norton decidiram estudar o jeito que as empresas americanas estruturavam suas estratégias. Selecionaram algumas organizações e dividiram elas em dois grupos.

As empresas do primeiro grupo baseavam a análise do negócio apenas em indicadores financeiros. Já as do segundo grupo baseavam a análise do negócio na relação entre indicadores financeiros e indicadores operacionais. Ao final do estudo, a conclusão foi de que o grupo que relacionava tanto indicadores financeiros como operacionais apresentava maior desempenho e resultados positivos do que o grupo que não relacionava.

Por isso, Kaplan e Norton concluíram que a melhor solução para o acompanhamento da evolução do negócio era relacionar vários indicadores diferentes. Desse modo, os gestores teriam uma visão mais ampla da performance e poderiam identificar as causas de queda ou aumento em um indicador e os efeitos disso nos demais indicadores.

Por exemplo: se a área de capacitação e treinamento dos funcionários recebe investimento, é provável que o indicador de satisfação dos clientes suba. Ou seja, tendo funcionários mais capacitados, os produtos ou serviços terão mais qualidade e os clientes ficarão mais satisfeitos.  É disso que Kaplan e Norton falam quando destacam a importância de analisar os indicadores financeiros e não financeiros.

Neste sentido, os teóricos sugerem quatro perspectivas de análise: a financeira, a do cliente, a de processos internos e a de aprendizagem e crescimento.

bsc de processos

Com o BSC, Kaplan e Norton explicam que o gestor poderá entender sua estratégia, transformá-la em um conjunto de indicadores correlacionados e executar ações para alcançar as metas estabelecidas para cada indicador. A partir dessa ideia, Kaplan e Norton publicaram 5 obras sobre a execução da estratégia. Você já ouviu falar de algum destes livros?

Publicações de Kaplan e Norton sobre o Balanced Scorecard

Livros Kaplan e Norton

The Balanced Scorecard (1996) — No Brasil, “A Estratégia em Ação”

Após a publicação do artigo “O Balanced Scorecard: medidas que impulsionam o desempenho”, que deu origem ao BSC, Kaplan e Norton desenvolveram o BSC mais a fundo em formato de livro, publicado em 1996. O elemento principal dessa obra é, como o nome indica, a tradução da estratégia em ações, utilizando o Balanced Scorecard para fazer essa estruturação.

The Strategy-Focused Organization (2000) — No Brasil, “Organização Orientada Para a Estratégia”

Quatro anos depois, Kaplan e Norton desenvolvem o conceito do Balanced Scorecard como uma ferramenta conhecida por todos os envolvidos no processo de execução da estratégia, não apenas pela diretoria da organização. Para isso, os autores compartilham as conclusões de uma nova pesquisa que fizeram com mais de 200 organizações americanas que implementaram o Balanced Scorecard.

A aplicação prática do BSC permitiu que a ferramenta fosse desenvolvida e aperfeiçoada. Por isso, neste livro Kaplan e Norton atualizam o conceito do BSC e detalham os passos para que ele seja implementado.

Strategic Maps (2004) — No Brasil, “Mapas Estratégicos”

Nesta publicação, Kaplan e Norton adicionam o mapa estratégico ao Balanced Scorecard. Essa ferramenta auxilia no processo de descrever, mensurar e alinhar indicadores operacionais e financeiros, melhorando a visualização do desempenho.

Os autores defendem que não se pode gerenciar aquilo que não se mede. Por isso, explicam como fazer os mapas estratégicos e como eles podem ajudar as organizações a tirar suas estratégias do papel, mostrando exemplos de dezenas de empresas que adotaram esse método.

CTA - [Canvas] Mapa estratégico personalizável

The Execution Premium (2008) — No Brasil, “A Execução Premium”

Em “A Execução Premium”, Kaplan e Norton apresentam uma estrutura que promete preencher o espaço entre o planejamento estratégico e a execução da estratégia. Os autores mostram que, embora já existam ferramentas para a aplicação da estratégia (como o mapa estratégico e o Balanced Scorecard), ainda não há uma estrutura que interligue os elementos de sua execução.

Por isso, apresentam o Office Management System (OSM), ou em português, Unidade de Gestão Estratégica (UGE), recurso capaz de integrar e gerenciar os elementos necessários para a execução da estratégia.

Alignment (2016) — No Brasil, “Alinhamento”

Depois de explicar todos os passos da implementação do Balanced Scorecard, como montar mapas estratégicos e destacar a importância de uma Unidade de Gestão Estratégica, Kaplan e Norton chamam a atenção para o alinhamento entre os colaboradores e a estratégia da organização. Neste livro, os autores mostram a importância da coordenação das diferentes unidades de uma organização e explicam como corrigir a falta de alinhamento organizacional, relacionando esses fatores ao sucesso da execução da estratégia. Vale a leitura!

Agora que você já conhece essas publicações de Kaplan e Norton, consegue imaginar porque eles são tão importantes, não é mesmo? A seguir, você pode conferir um resumo da contribuição desses dois teóricos para o campo da administração.

Por que Kaplan e Norton são lidos até hoje?

Pela vasta experiência que acumulam com pesquisa e gestão em mais de 300 organizações, é claro que Kaplan e Norton têm credibilidade quando falam em execução de estratégia. A aplicação em massa do Balanced Scorecard fez com que o método fosse aperfeiçoado e otimizado com o passar do tempo. Neste sentido, as publicações de Kaplan e Norton permitem o acesso e o conhecimento da ferramenta, para que qualquer pessoa possa aplicá-la na sua organização.

Tendo em vista que ter e conseguir executar uma estratégia é indispensável a qualquer empresa que deseja crescer, o Balanced Scorecard sempre será relevante, afinal, essa ferramenta facilita a estruturação e a execução da estratégia. Por isso Kaplan e Norton são tão importantes, pois mostram aos gestores como lidar com sua estratégia e como tirá-la do papel. Quer saber mais sobre BSC? Assista ao nosso webinar gratuito e entenda como funciona o Balanced Scorecard!

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Planejamento Estratégico: entenda como criar e gerenciar a estratégia da sua organização!

Planejamento Estratégico é o processo de elaborar a estratégia de uma organização e definir como ela pode ser alcançada. 

Desde o tempo das guerras, a humanidade já utilizava o planejamento estratégico para vencer batalhas difíceis. Dessa forma, os soldados eram preparados para entender o que deveria ser feito, por que deveria ser feito e como deveria ser feito.

Com o tempo, essa mesma lógica passou a ser aplicada também no campo da administração de empresas. A partir desse momento, as organizações começaram a pensar mais profundamente nas suas táticas de jogo.

Se você parar um minuto e pensar, verá que existem muitas semelhanças entre um campo de batalha e o mercado. Mas como vencer os adversários em um cenário cada vez mais competitivo? Quais as melhores práticas para alcançar o sucesso com agilidade e resiliência? Isso é o que vamos te explicar nesse texto!

Então, se você deseja saber mais sobre planejamento estratégico, qual sua importância e como fazer um para seu negócio, continue a leitura!

O que é Planejamento Estratégico?

O planejamento estratégico funciona como um GPS, que aponta o melhor caminho para alcançar um destino. Em outras palavras, a empresa reconhece a situação atual e faz uma projeção de futuro, isto é, como ela deseja estar daqui a alguns anos.

Logo, o planejamento requer, em primeiro lugar, a definição de uma visão de futuro.

Você já ouviu a frase: “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve?”. Pois é a mais pura verdade! Se você não sabe para onde quer ir, fica difícil estabelecer uma rota. Por isso, definir uma visão de futuro é essencial.

A partir do destino desejado, monta-se o caminho que deverá ser seguido. Se no meio do caminho alguma rua estiver interditada, será preciso ajustar a rota.

Ainda não ficou muito claro a definição de planejamento estratégico? Então, veja no tópico a seguir suas principais características!

7 características do Planejamento Estratégico

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1. Exige esforço organizacional contínuo

No meio organizacional, existe a falsa impressão de que planejar a estratégia cabe apenas ao comitê estratégico, mas isso não passa de uma ideia equivocada.

Para que os objetivos sejam atingidos é necessário o envolvimento de todos os colaboradores. É claro que uns participarão com mais intensidade do que os outros. Mas, ainda assim, o planejamento estratégico deve ser uma conquista coletiva

2. Requer leitura compartilhada da organização e do ambiente

Já que o planejamento estratégico exige esforço coletivo, é preciso que todos tenham acesso às mesmas informações e possuam uma visão comum do negócio. A ideia é utilizar as diferentes visões e opiniões como potencial criativo, assim é possível construir pontos de conexão de ideias. E a partir disso, aumentar as chances de se montar uma estratégia nova e diferenciada.

3. Pressupõe uma vantagem competitiva

Para organizações com fins lucrativos, a vantagem competitiva é a relação de benefícios percebidos pelo cliente ao final da sua jornada de compra. Normalmente ela é determinante na hora do cliente escolher por uma empresa X ou Y. A vantagem competitiva é também o coração do planejamento estratégico, já que todo plano vai se estruturar em torno dela.

Sem um diferencial fica quase impossível competir no mercado.

4. Traduz a estratégia em iniciativas concretas

A estratégia de uma organização deve ser desdobrada em partes menores para que ela seja factível e alcançável. Na formulação estratégica constam as iniciativas estratégicas, os temas e objetivos, ou seja, o “O que” será feito. Já o planejamento detalha o “Como” será feito, utilizando-se de planos de ação, projetos e programas

5. Integra todas as camadas da organização

A troca de conhecimento e experiência é o motor que mantém a organização funcionando a todo vapor. Além disso, o trabalho em equipe é a única maneira possível de atingir os objetivos de uma empresa. Sem esforços coordenados e sintonizados, a organização provavelmente não alcançará a estratégia.

6. Conduz a uma visão de negócio futuro

O planejamento estratégico deve perseguir um propósito que reflita as mudanças. O futuro precisa ser melhor que o passado. Nesse sentido, o propósito deve ser válido, factível, interessante e difícil. Equilíbrio é a palavra-chave nesse momento. É normal que cada área da organização deseje aparecer no planejamento estratégico, mas é preciso focar naquilo que realmente importa e traz resultados a longo prazo

7. Demanda monitoramento do percurso

O planejamento estratégico permite ajustes na rota. Pois, ainda que seja feito um planejamento muito bem elaborado, existem alguns fatores externos sobre os quais não se tem controle. Esses fatores externos podem influenciar de formas diferentes na estratégia organizacional e, algumas vezes, podem ser necessárias adaptações. Para isso, é preciso ficar ligado e acompanhar a execução

Agora que você já conhece o que é o planejamento estratégico e quais suas principais características, vamos trazer uma classificação dos diferentes tipos de planejamento no próximo tópico. Dessa forma, você poderá identificar qual tipo a sua organização precisa no momento. Confira:

Tipos de Planejamento Estratégico

Embora não exista consenso quanto às nomenclaturas, o planejamento estratégico pode ser classificado de 3 formas: nível organizacional, profundidade e abordagem. Veja cada uma delas a seguir:

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Nível Organizacional

É a classificação feita de acordo com a posição hierárquica da empresa. Está dividida em três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional.

Planejamento Estratégico

É aquele que se refere ao negócio ou a uma visão macro da organização. Pode ser dividido de duas maneiras: planejamento estratégico de negócio ou planejamento estratégico corporativo.

O Planejamento estratégico de negócio trata de um negócio específico. Mesmo em caso de empresas com mais de um negócio, é necessário fazer um plano para cada.

Já o Planejamento Estratégico Corporativo aborda a estratégia de forma geral, estabelecendo linhas gerais para os vários negócios. Pode ser usado como complemento dos planejamentos de negócio, funcionando como guia.

Planejamento Tático

Determina como a estratégia será executada em determinado contexto. Esse tipo de planejamento pode focar em um setor da empresa, em um indivíduo ou uma subdivisão de negócio, a ideia é ser mais específico.

Planejamento Operacional

Não é exatamente um tipo de planejamento estratégico, mas pode afetar a operação. Responsável por garantir que os processos da organização estejam em concordância com os objetivos estratégicos.

Profundidade

É a classificação do planejamento estratégico feita de acordo com o grau de transformação de negócio. Pode ser dividida em: renovação estratégica, atualização da estratégia e replanejamento estratégico

Renovação Estratégica

Consiste em redescobrir o negócio. Normalmente é feita quando os líderes estão insatisfeitos com a organização ou quando alguma instabilidade grave se aproxima. Na renovação estratégica, existe um grande senso de urgência para que as mudanças aconteçam.

Atualização da Estratégia

É o contrário da renovação estratégica. Na atualização, a estratégia se mantém ou se confirma, ainda que sejam feitas pequenas alterações. Esse tipo de planejamento verifica o andamento do plano de execução e foca em resolver os problemas de implementação

Replanejamento Estratégico

É um meio-termo entre a renovação e atualização. Nesse tipo de planejamento o impacto das mudanças é muito imprevisível. Pode ser que o planejamento mude drasticamente ou que ele apenas sofra algumas alterações.

Abordagem

É a classificação feita de acordo com o jeito de fazer. Ela contempla duas formas: a clássica/tradicional e a contemporânea

A clássica/tradicional faz uso de metodologias e ferramentas consolidadas no campo acadêmico. Normalmente esse tipo de abordagem foca na resolução de problemas.

Já a contemporânea utiliza metodologias mais modernas na construção do planejamento estratégico, como o Design Thinking, por exemplo.


Como fazer um Planejamento Estratégico

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Agora vamos te explicar cada uma dessas 4 etapas e te contar quais ações tomar em cada uma delas, confira:

1. Avaliação de Ambiente

Consiste na coleta de informações sobre o ambiente interno e externo da empresa. Fornece um panorama dos desafios que a organização enfrentará por causa do mercado e por causa de suas fragilidades de negócio.

Na avaliação de ambiente externo são analisados aspectos como cenário econômico, político e social, comportamento do público-alvo e tendências para o ramo da empresa, mercado, concorrentes, variáveis que vão além dos muros da empresa. Já na avaliação de ambiente interno são analisados pontos fortes e fracos da organização, recursos disponíveis, processos, riscos de negócio, entre outros.

2. Elaboração da Estratégia

Uma das partes mais importantes do planejamento estratégico é pensar a estratégia propriamente dita. Para isso, é preciso ter uma vantagem competitiva bem definida. A vantagem competitiva é aquilo que diferencia uma empresa de outra. Trata-se, portanto, do benefício percebido pelo consumidor. Ou, em outras palavras, a agregação de valor ao cliente.

É também no momento da elaboração da estratégia que são definidos os objetivos estratégicos. Então, para quem usa o Balanced Scorecard (BSC), saiba que sua aplicação começa já nesta etapa.

3. Desenvolvimento do Plano de Execução

O plano de execução é a lista de tudo aquilo que deverá ser feito para alcançar a estratégia pretendida. Ele inclui objetivos, metas, indicadores e iniciativas estratégicas.

  • Objetivo estratégico é o que a empresa deseja alcançar.
  • Indicador estratégico é a mensuração dos resultados de um objetivo ou aspecto do negócio.
  • Meta é a quantificação de um patamar de resultados em um indicador estratégico.
  • Iniciativa estratégica é uma ação, projeto ou programa para executar um objetivo.

Outro ponto muito importante no plano de execução são os acordos de resultados, por meio do qual os participantes alinham expectativas com a empresa.

4. Envolvimento das Pessoas

As pessoas permeiam todas as etapas do planejamento estratégico. Por isso, elas são muito importantes e merecem uma atenção especial. É preciso tornar as pessoas parte da estratégia e estabelecer um canal de comunicação efetiva e transparente com elas. Algumas práticas interessantes para engajar os colaboradores é reforçar missão, visão e valores da empresa, além de apostar em canais de educação, como a universidade corporativa, por exemplo.

Leia o artigo completo e conheça mais sobre as etapas do planejamento estratégico.

Com base nas informações acima você consegue ter mais ou menos uma ideia de qual tipo de planejamento você precisa fazer e quais as etapas necessárias para a sua construção. Agora, vamos te dar algumas dicas de como potencializar seu planejamento estratégico!

Dicas para montar seu Planejamento Estratégico

Você já sabe como fazer um planejamento etapa por etapa, no entanto para que ele tenha sucesso, você precisa garantir que os itens abaixo fazem parte dele. Confira quais são:

1. Escolha as pessoas que serão envolvidas

Selecionar criteriosamente os profissionais que participarão do planejamento estratégico é uma tarefa que exige atenção. Existem alguns papéis e estruturas que precisam ser contemplados no comitê estratégico. Nesta lista está o patrocinador, o mediador, o comitê estratégico e os grupos de trabalho.

  • O patrocinador é responsável por assegurar que a elaboração do planejamento estratégico seja uma prioridade da empresa.
  • O mediador é aquele que conduz as reuniões estratégicas e facilita as discussões do comitê estratégico.
  • O comitê estratégico é o grupo responsável por tomar decisões no planejamento estratégico. Geralmente é composto pelo alto escalão da empresa.
  • Os grupos de trabalho são equipes que participam de uma parte do planejamento estratégico. São compostos por colaboradores que possuem conhecimento especializado em algum assunto que o comitê estratégico não domina.

2. Planeje o ambiente dos encontros

Além de buscar conciliar as agendas do comitê estratégico, como já mencionamos, é preciso se atentar ao local onde ocorrerão as reuniões. Certifique-se de que seja um local agradável e adequado para o tipo de planejamento estratégico que será produzido. Por exemplo, se você for utilizar uma abordagem contemporânea que trabalhe com gestão visual, pode ser que precise de recursos como flipcharts, cartazes, notas autoadesivas… Então, coloque tudo na ponta do lápis para não ficar faltando nada!

3. Escolha as ferramentas certas

Todo bom planejamento utiliza algumas ferramentas na sua construção. Essas ferramentas podem tratar de diversas questões, como: inteligência de mercado, performance management, gerenciamento de projetos, gerenciamento eletrônico de documentos etc.

Existem muitas ferramentas no mercado e a opção por algumas delas deve ser discutida individualmente. Tudo vai depender das necessidades da sua empresa e do tipo de planejamento estratégico que será feito. Então, na hora de escolher, tenha bem claro na sua mente o que você espera da ferramenta. Isso vai ajudar muito.

Bem, depois de tudo que explicamos, se você ainda não está convencido que o planejamento estratégico é essencial para a sua empresa, aqui vai uma lista com todos os benefícios que ele traz:

Importância do Planejamento Estratégico

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1. Resume o propósito da organização

O propósito é aquilo que a empresa deseja alcançar ou atingir. O planejamento estratégico proporciona uma análise sobre o presente e reflete sobre como as ações feitas hoje impactam no futuro. Por isso dizemos que ele resume o propósito da organização e possibilita uma leitura comum da empresa

2. Melhora o entendimento da estratégia

Com um planejamento estratégico bem estruturado, é possível aumentar a compreensão dos colaboradores sobre a estratégia da empresa. Isso porque o planejamento envolve todo um processo de integração e discussão da estratégia em grupos de trabalho. Dessa forma, as pessoas participam e se engajam mais. Uma boa maneira de facilitar o entendimento da estratégia é dividi-la em grandes temas, como Internacionalização ou Expansão Geográfica, por exemplo.

3. Detalha a execução da estratégia

O planejamento estratégico divide a estratégia em objetivos, indicadores e iniciativas estratégicas. Esse exercício de detalhamento torna o planejamento executável, pois pega um grande tema abstrato e o transforma em uma ação prática. Um planejamento desdobrado em partes menores deixa de ser um bicho de sete cabeças e traz as ações para o dia a dia da empresa.

4. Motiva as pessoas na busca pela visão de futuro

Uma das contribuições do planejamento estratégico gira em torno de trazer visibilidade para as principais informações acerca da estratégia. Se as pessoas compreenderem o papel delas no futuro da empresa, se sentirão mais motivadas a perseguir as metas

5. Define a governança de execução da estratégia

Também é função do planejamento estratégico definir uma governança de execução para a estratégia. Isso significa criar políticas e regras que garantam que as pessoas ajam em função do interesse coletivo (da empresa) em vez de seus próprios interesses. A governança de execução da estratégia estabelece processos e responsabilidades e fornece mais controle sobre o andamento do planejamento.

6. Produz um modelo de execução flexível

Flexibilidade é a capacidade do planejamento se adaptar às mudanças, e isso é ótimo. É diferente de volatilidade, que caracteriza um planejamento que muda com facilidade, pois não consegue se sustentar. A flexibilidade é essencial para a execução da estratégia, pois existem variáveis que não podem ser previstas. As variáveis de mercado, por exemplo, se enquadram bem nessa definição.

7. Diferencia estratégia da operação

É claro que a estratégia e a operação estão interligadas. Contudo, existem momentos em que elas precisam ser separadas. Um desses momentos é durante o planejamento estratégico. Sem essa separação pode ser que a operação acabe consumido todo o tempo que deveria ser dedicado à estratégia. O segredo aqui é equilíbrio. Então, mantenha um olho no peixe e outro no gato!

E por último, mas não menos importante, temos um tópico bônus para te ajudar a entender a estratégia que melhor atende ao seu negócio. Aproveite a leitura!

Estratégias Competitivas para considerar no Planejamento Estratégico

Uma estratégia competitiva é a forma que uma organização compete no mercado. Isso inclui como ela se comporta em relação aos concorrentes e qual o seu tipo de vantagem sobre eles. Portanto, a estratégia competitiva se refere à posição estratégica de competição no mercado que uma empresa adota.

Sendo assim, trata-se essencialmente de um processo de construção e proteção de uma vantagem competitiva única, valiosa para o mercado, aproveitada pela organização e difícil de copiar pelos concorrentes.

A estratégia pode ser construída “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”:

  • Estratégia “de fora para dentro”: é aquela que olha primeiro para o mercado para depois pensar em formas de competir que estejam dentro dos seus limites.
  • Estratégia “de dentro para fora”: é aquela que olha primeiro para os recursos e capacidades da empresa para depois pensar nas exigências do mercado.

É importante ressaltar que essas duas visões são complementares. Ambas têm algo a contribuir com o planejamento, portanto, não são excludentes.

Mas, como saber qual a estratégia competitiva da sua organização?

Para descobrir qual o comportamento estratégico do seu negócio é necessário olhar para o passado e analisar como a sua empresa chegou onde está.

E para te ajudar nessa missão, preparamos um webinar especial sobre estratégias competitivas. Nele você vai ver em qual perfil de competidor sua organização se encaixa e o que isso representa para sua definição estratégica.

Além disso, você vai ter acesso a:

  • Conceitos de Estratégia;
  • Modelo de Estratégias Genéricas de Miles e Snow;
  • Os 4 tipos competitivos;
  • Como aplicar o modelo em sua organização;
  • E muito mais!

Ficou interessado? Então, clique no banner abaixo e assista gratuitamente!

Como fazer um Planejamento Estratégico de Qualidade

O conceito de estratégia tem origem na área militar. No contexto das guerras, ter uma estratégia bem formulada era fundamental para obter a vitória. Com o passar do tempo, o conceito de estratégia passou a ser aplicado também no campo da administração. Os “inimigos” e as batalhas são diferentes, mas o princípio é o mesmo. Para conseguir obter a vitória é essencial aprender como fazer um planejamento estratégico de qualidade.

Entender esse assunto exige algum estudo prévio sobre as etapas e os tipos de planejamento estratégico. Nesse texto você vai ter uma visão geral desses itens e aprender tudo o que é preciso para elaborar um bom planejamento estratégico para a sua empresa. Navegue no índice ou acompanhe o post na sequência!

Índice:

Boa leitura!

etapas do planejamento estratégico

4 Etapas do Planejamento Estratégico

Não existe um consenso sobre a nomenclatura oficial das etapas do planejamento estratégico. Apesar disso, existem algumas etapas que são comuns à maioria das literaturas e que são indispensáveis para a formulação de um plano. São elas:

1. Avaliação de Ambiente

É o momento de analisar aspectos internos e externos à organização. Espera-se que com as informações levantadas seja possível proporcionar uma leitura compartilhada do negócio. Isso é essencial para criar um ambiente colaborativo e integrado para a construção da estratégia.

A análise de ambiente interno consiste basicamente em identificar os pontos fortes e fracos da organização. Além disso, é necessário mapear os recursos disponíveis e os riscos que a empresa corre. Já a análise de ambiente externo se refere à avaliação dos impactos que fatores exteriores geram no negócio. Aqui está inclusa a observação de fatores sociopolíticos, demográficos, comportamentais, econômicos, entre outros.

Para a avaliação de ambiente é possível contar com ferramentas como:

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2. Elaboração da Estratégia

Essa etapa consiste em formular a estratégia propriamente dita. Por isso, é necessário identificar uma boa vantagem competitiva, que potencialize os pontos fortes do negócio. Nunca é demais lembrar que a vantagem competitiva é um benefício percebido pelo cliente, como, por exemplo: preço, qualidade ou velocidade.

O próximo passo é definir os objetivos estratégicos que devem ser perseguidos para alcançar a visão de futuro desejada. Para quem utiliza o Balanced Scorecard (BSC), esse é o momento de começar a sua aplicação. Vale ressaltar que a metodologia de Kaplan e Norton é mais voltada à execução estratégica do que ao planejamento. Como você pôde observar, o BSC não ajuda na avaliação de ambiente nem na elaboração da vantagem competitiva.

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3. Desenvolvimento do Plano de Execução

O plano de execução é uma lista com tudo o que vai ser feito para pôr a estratégica em prática. Funciona mais ou menos como uma rota traçada em um GPS. Esse documento contêm a relação de objetivos, metas, iniciativas e indicadores estratégicos. Todos esses itens estão interligados e permitem o monitoramento da estratégia.

Observe:

  • Os objetivos estratégicos traduzem a visão da empresa, isto é, aquilo que ela deseja ser no futuro;
  • As metas estratégicas são o patamar de desempenho de um indicador estratégico em momentos específicos, mensurando os objetivos estratégicos;
  • As iniciativas estratégicas são ações, projetos e programas que precisam ser feitos para atingir as metas;

É importante ressaltar que o plano de execução da estratégia também pode ser detalhado em planos auxiliares específicos e por departamento. Outro ponto que deve ser considerado é o incentivo à prestação de contas (accountability).

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4. Envolvimento das Pessoas

Em todas as etapas do planejamento estratégico (e na execução estratégica) há o envolvimento de pessoas. Por isso, é fundamental pensar em práticas que aumentem o engajamento dos colaboradores. Somente com pessoas comprometidas é que a estratégia vai obter sucesso. Afinal de contas, a principal intenção das empresas é planejar para vencer a “batalha” do mercado.

Alguns exemplos de práticas para engajar os colaboradores seriam:

Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo completo sobre as etapas do planejamento estratégico.

O próximo passo para aprender como fazer um planejamento estratégico é conhecer os tipos existentes. Entender as diferenças entre eles é essencial para optar pelo mais adequado à sua organização. Continue acompanhando!

tipos de planejamento estratégico

Tipos de Planejamento Estratégico

Os tipos de planejamento estratégico podem ser classificados considerando três aspectos principais: o nível organizacional, a profundidade e a abordagem. Como você vai ver mais à frente, conhecer esses níveis é muito importante para quem deseja entender como fazer um planejamento estratégico factível e de sucesso.

1. Nível Organizacional

Observa a hierarquia da empresa ao planejar a estratégia. Se divide em:

  • Planejamento Estratégico: trata do negócio ou traz uma visão corporativa da estratégia.
  • Planejamento Tático: detalha o planejamento estratégico considerando unidades de negócio, unidades de suporte, departamentos e/ou indivíduos.
  • Planejamento Operacional: não é exatamente um tipo de planejamento estratégico, mas trata de como o dia a dia pode ser impactado pela estratégia.

2. Profundidade

Observa a intensidade das mudanças do planejamento estratégico. Se divide em:

  • Renovação Estratégica: proporciona uma redescoberta do negócio. Normalmente é feito após a empresa passar por uma situação difícil ou quando há previsão de riscos iminentes.
  • Atualização da Estratégia: confirma e/ou atualiza a estratégia. Exige um esforço menor e geralmente preserva a vantagem competitiva.
  • Replanejamento Estratégico: meio-termo entre a renovação e a atualização, visa repensar a estratégia.

3. Abordagem

Observa a forma de fazer o planejamento estratégico. Se divide em:

  • Clássica/Tradicional: foco na resolução de problemas atuais e problemas futuros. Usam metodologias mais consolidadas.
  • Contemporânea: tem a fusão de metodologias, ferramentas e modelos em seu DNA. Por isso, utiliza práticas multidisciplinares.

 Vale destacar que não existe um consenso sobre a nomenclatura dos tipos de planejamento estratégico. Além disso, é possível observar um mesmo planejamento estratégico sobre esses três aspectos (nível organizacional, profundidade e abordagem). Aliás, isso é até mesmo desejado, pois ajuda a tornar o planejamento mais concreto. Para saber mais, acesse o texto completo sobre tipos de planejamento estratégico.

Dito isso, vamos ao que realmente interessa: como fazer um planejamento estratégico de qualidade.

Conectar pessoas ao planejamento

Como fazer um Planejamento Estratégico

Decidir como preparar um planejamento estratégico é uma tarefa complexa. E por isso mesmo, é fundamental ter a simplicidade como um parâmetro da sua construção. Nesse sentido, é preciso considerar algumas questões:

  • Qual a profundidade a ser adotada no planejamento estratégico?
  • Quais níveis organizacionais serão alvo de planejamento?
  • Qual será a abordagem adotada no planejamento estratégico?

Responder essas perguntas é muito relevante na hora de definir prazo, esforço, fases e colaboradores envolvidos. Depois de determinar o que será feito efetivamente, é hora de botar a mão na massa! Confira 5 passos de como fazer um planejamento estratégico:

1. Escolha as pessoas que serão envolvidas

As pessoas é que fazem a estratégia acontecer. Existem alguns papéis que são fundamentais para a construção do planejamento estratégico. São eles:

Patrocinador

É a pessoa designada para defender a jornada do planejamento estratégico e manter todos focados na visão de futuro da empresa. Em geral deve ser o presidente da empresa, mas pode ter variações, como o presidente do conselho e o diretor financeiro, por exemplo. O patrocinador deve ser alguém com poder, força e interesse na estratégia. Enquanto o patrocinador vai assegurar a priorização do planejamento estratégico, o mediador vai conduzir as reuniões.

Facilitador, Mediador ou o Piloto da Estratégia

É a pessoa escolhida para conduzir reuniões, planejar as pautas e motivar os colaboradores. Também é função do mediador dar ritmo e garantir a qualidade dos trabalhos. Por isso, ele precisa ter capacidade de conduzir um grupo difícil de lidar e força para fazer as coisas acontecerem. Em caso de problemas, o mediador pode acionar o patrocinador para que os dois construam uma solução juntos.

Comitê Estratégico

É o grupo que participará das definições e decisões. Geralmente é composto pelo primeiro escalão da empresa, também chamado de C-Level. Este nível normalmente corresponde aos diretores, mas dependendo do tamanho da empresa também pode incluir gerentes e coordenadores. O importante é que todos os responsáveis pelos processos de negócio estejam presentes (e não representados).

Para que o comitê estratégico consiga tomar as melhores decisões, as pessoas que participam dele devem trabalhar juntas em várias frentes. Isso gera alinhamento e possibilita que todos tenham acesso às mesmas informações. Quando necessário, também é interessante convidar para a discussão pessoas que possuem um conhecimento particular ou uma posição relevante para o foco do planejamento. Por exemplo, o gestor de RH, Marketing ou de Desenvolvimento de Produto não faz parte do alto escalão da empresa, mas tem papel fundamental no negócio.

Grupos de Trabalho

São as equipes que se dedicarão com mais profundidade em questões específicas, que o comitê não terá tempo ou mesmo conhecimento para fazer. Isso se aplica, por exemplo, a pesquisas de mercado, construção de jornadas de clientes, avaliação de clima organizacional, questões de processos de trabalho, tecnologia, capacidade, demanda etc.

Embora os grupos de trabalho não participem do comitê estratégico, isso não diminui a importância deles. Integrar os grupos ao planejamento estratégico exige um certo esforço, mas compensa pela qualidade das informações e pelo engajamento das pessoas.

2. Prepare o calendário de encontros do comitê estratégico

A restrição mais frequente do trabalho é o tempo dos participantes. E, sem agendas marcadas, não existe como fazer um planejamento estratégico. Para contornar esse problema é importante montar um plano de trabalho baseado na disponibilidade do comitê responsável.

No início, é interessante envolver muitas pessoas, descendo alguns níveis na estrutura organizacional. A medida que os trabalhos avançam dá para concentrar os esforços em agendas mais intensas, de 2 a 3 dias. Isso proporciona ritmo e impulsiona as decisões.

O que você precisa fazer para a execução do seu planejamento estratégico funcionar

Normalmente, as pessoas ficam muito inseguras em montar uma agenda sem a clareza de como será o processo. Contudo, isso pode ser resolvido com:

  • A adaptação do conteúdo das reuniões de acordo com os encontros disponíveis, com a possibilidade incluir novas atividades e ferramentas;
  • A renegociação dos encontros com os envolvidos (embora isso não seja desejado).

Então, reserve as datas o quanto antes e cobre o comprometimento das pessoas!

3. Planeje o ambiente dos encontros

Pensar no local em que ocorrerão as reuniões estratégicas é muito importante. É claro que a escolha do lugar vai depender do orçamento disponível, mas é interessante analisar as opções cuidadosamente. Existem alguns critérios que você pode utilizar na hora de procurar o melhor local. Você pode se perguntar, por exemplo, se o ele oferece o isolamento necessário para o comitê estratégico. É preciso evitar muitas interrupções durante os encontros.

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Dependendo do comportamento e das características do grupo, talvez seja necessário considerar um local mais afastado. Isso significa desativar o Wi-Fi e desligar os smartphones. Outro benefício de realizar os encontros estratégicos em um ambiente externo, como um hotel, é o aumento da intimidade do grupo. Para que a criatividade flua e as reuniões sejam produtivas é interessante criar proximidade entre pessoas. Por isso, proporcione a elas momentos descontraídos e de conversa amigável.

Ah, e se você for utilizar metodologias modernas de planejamento, não esqueça de prever um ambiente compatível. Lembre-se de providenciar lousas, flipcharts, post-its, cartazes e tudo mais que for necessário para que o ambiente fique bacana. Não existe como fazer um planejamento estratégico sem os apetrechos necessários.

ferramentas do planejamento estratégico

4. Escolha as ferramentas certas

Alguns momentos da construção do planejamento estratégico vão demandar a utilização de ferramentas de apoio. Abaixo listamos alguns tipos de ferramentas que podem te ajudar como fazer um planejamento estratégico:

Business Intelligence (BI)

Compreende ferramentas que ajudam a gerar gráficos e explorar informações. No planejamento estratégico podem ser utilizadas para responder dúvidas pontuais que surjam durante a reunião. A principal relevância do Business Intelligence é que ele fornece informações confiáveis que auxiliam na tomada de decisão. Por meio dele podem ser feitas análises mais assertivas e qualificadas. Este tópico também inclui planilhas, tabelas dinâmicas, gráficos e tabelas soltas.

Performance Management

São todas as ferramentas utilizadas para gerenciar a performance. Elas devem administrar os indicadores-chave de desempenho (KPIs) e descrever as metas, os responsáveis por elas e conectar as ações aos indicadores. É importante ressaltar que as ferramentas de Business Intelligence não cumprem o papel de gestão. Elas se limitam a apresentar os dados visualmente e ajudam na coleta de informações. Portanto, são coisas diferentes.

Gerenciamento de Projetos

Compreende as ferramentas para gerenciar iniciativas estratégicas, que normalmente são projetos e programas. Essas ferramentas ajudam a administrar atividades e responsabilidades, facilitando os trabalhos de monitoramento da execução. Aqui estão incluídos, por exemplo, softwares de gestão de projetos – como o Artia.

GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos)

Como o próprio nome sugere, se refere aos portais que podem ser utilizados para guardar os documentos do planejamento estratégico. As maiores vantagens das ferramentas GED são as permissões de acesso e o controle das versões dos documentos. Dessa forma, as informações estarão disponíveis no momento certo para as pessoas certas, proporcionando transparência no processo de planejamento estratégico.

Importante: Algumas ferramentas conseguem cumprir várias funções ao mesmo tempo, como é o caso dos softwares de planejamento estratégico. Embora as ferramentas mencionadas acima ajudem muito, o uso delas não é obrigatório.

Cta teste de hipótese

5. Motive e comunique as pessoas

Como fazer um planejamento estratégico sem a participação dos colaboradores? Ainda na preparação dos trabalhos, é possível desenvolver ações para comunicar, envolver e motivar as pessoas.

Existem organizações que optam por adotar uma temática para o planejamento estratégico, a fim de mostrar a sua relevância. Afinal, atividades lúdicas ajudam os colaboradores a entender o momento pelo qual a empresa está passando e a valorizar esse processo. Por isso, é muito comum a contratação de uma agência de comunicação para ajudar a criar este universo particular.

Recentemente, lançamos um episódio do AceleraCast falando sobre planejamento estratégico em tempos de covid-19. É um conteúdo bem rico, garanto que vai te ajudar muito:

Esperamos que essas cinco dicas tenham ajudado você a entender como fazer um planejamento estratégico de qualidade. Contudo, é importante dizer que cada organização possui suas opções, que vão depender do momento que a empresa vive, da capacidade financeira e da cultura organizacional.

Saiba mais sobre o assunto no nosso post completo Planejamento Estratégico: o Guia Definitivo para criar e gerenciar a estratégia da sua organização ou, se preferir, faça o download desse conteúdo em formato de e-book.E-book Planejamento Estratégico


Confira também como a Euax Consulting pode ajudar na elaboração do Planejamento Estratégico através da nossa especialidade: Consultoria em Estratégia!

O que é Estratégia Competitiva e qual é a da sua organização

A longevidade de uma organização está diretamente ligada à sua capacidade de competir no mercado. Superar ou neutralizar a concorrência é uma prática que faz parte do cotidiano das empresas. Por isso, elas costumam adotar uma estratégia competitiva. Mas você conhece o significado desse conceito e consegue identificar em qual perfil competitivo a sua organização se encaixa?

Neste post você vai ler:


Vamos lá!

O que é uma Estratégia Competitiva?

Uma estratégia competitiva é a forma que uma organização compete no mercado. Isso inclui como ela se comporta em relação aos concorrentes e qual o seu tipo de vantagem sobre eles.

Portanto, a estratégia competitiva se refere a uma posição estratégica de competição no mercado, sempre pensando em uma visão de futuro. A estratégia pode ser construída “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”, como veremos a seguir.

Estratégia “de fora para dentro” vs. Estratégia “de dentro para fora”

Estratégia de fora para dentro

Defende que a compreensão da estratégia é dada a partir da análise externa, isto é, do estudo sobre o mercado. Nessa perspectiva, a empresa deve pesquisar sobre o mercado, entende-lo e, então, descobrir uma forma de competir. Para aumentar as chances na disputa, é preciso que a organização defina a sua vantagem competitiva. Assim ela participa do jogo estando à frente de seus concorrentes.

Então neste tipo de abordagem, é comum que a organização:

  • Adapte-se frente ao que o mercado exige, independentemente de suas competências ou capacidades, ou seja, o mercado impera, não a própria organização;
  • Busque adequar a estrutura de concorrência do mercado, buscando formas de eliminar, enfraquecer ou deslocar concorrentes para que possa ter maior flexibilidade de atuação e de preços;
  • Tente práticas de alianças com a cadeia produtiva e mesmo com correntes visando também facilitar o posicionamento, prática frequentemente inibida por legislação e regulações por possivelmente caracterizar a cartelização (oligopólios ou monopólios).
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A abordagem “de fora para dentro” foi popularizada por Michael Porter, professor da Harvard University e autor do livro Competitive Strategy (1980). Porter é considerado um marco nos estudos sobre estratégia. Nesse sentido, suas contribuições acadêmicas mais notáveis foram os Tipos Genéricos de Estratégia e as 5 Forças de Porter.

Vale destacar que a abordagem de Porter foi inspirada nos estudos de Edward Sagendorph Mason, também professor da Harvard University. Nos anos 30, Mason dedicava-se a pesquisar o modelo Structure Conduct Performance (Estrutura-Conduta-Desempenho), mais conhecido como . Foi a partir daí que surgiu também a famosa Tipologia Estratégica de Miles & Snow (1978).

Estratégia de dentro para fora

Defende que a compreensão da estratégia é dada a partir da percepção dos recursos da empresa. Significa buscar dentro da organização aquilo que a diferencia das demais. Nessa perspectiva, o mercado de atuação é escolhido em função das capacidades organizacionais. Portanto, é o ambiente interno que proporciona competitividade.

Esse tipo de abordagem:

  • Trabalha para construir capacidades e recursos internos valiosos e difíceis de copiar por concorrentes;
  • Empreende grande energia para manter sua fonte competitiva interna (a grande característica aqui) protegida e salva dos concorrentes;
  • Trabalha para desenvolver novas capacidades para substituir antigas quando puderem ser copiadas por concorrentes.

A linha de pensamento “de dentro para fora” tem origem na Visão Baseada em Recursos (VBR), teoria estudada pela economista Edith Penrose e publicada em seu livro The Theory of the Growth of the Firm (1959), principal referência em VBR.

A economista Dorothy Leonard-Barton, também da Harvard University, foi outra que adotou a abordagem “de dentro para fora”. Isso fica evidente em seus estudos sobre as Capacidades Dinâmicas (1992). Além disso, os pesquisadores Gary Hamel e C.K. Prahalad também foram fortes defensores desta abordagem em seus estudos sobre Core Competencies.

Precisa mesmo escolher uma abordagem?

caminho complexo caminho reflexivo

Quando se fala em abordagens estratégicas não existe o certo e o errado. Existem opções que cada organização deve fazer. Além disso, a construção da estratégia competitiva e o posicionamento de mercado podem se basear nas duas visões, afinal, cada abordagem fornece uma contribuição diferente. Contudo, é sempre importante lembrar que a competitividade de forma geral é construída a partir de mudanças!

Mas como descobrir qual a Estratégia Competitiva da sua organização?

Se a sua organização não construiu de forma deliberada, proposital e explícita uma posição competitiva, existem duas formas de reconhecer a estratégia construída de forma empírica pela organização: pelo caminho complexo ou pelo caminho reflexivo. Conheça-os abaixo:

O Caminho Complexo

Trata-se de analisar o mercado em que a organização está inserida. Isso inclui:

a) avaliar o tamanho mercado e quanto cada empresa que disputa nele tem de market share;
b) entender o motivo da competição e compreender a posição (atual ou futura) da empresa na disputa.

Portanto, o caminho complexo exige uma investigação de análise de mercado profunda.

O Caminho Reflexivo

Nem todas as empresas têm condições de seguir pelo caminho complexo. Então, outra forma de descobrir a estratégia competitiva da sua organização é utilizar alguns modelos existentes no mercado.

Há dois modelos de avaliação clássicos que se destacam: as Estratégias Genéricas de Porter e a Tipologia Estratégia de Miles & Snow. Ambos ajudam a refletir sobre o posicionamento estratégico e, como são metodologias diferentes, podem trazer conclusões distintas.

Importante: alguns modelos para descobrir a estratégia competitiva podem não ser muito úteis para algumas empresas. Isso porque esses modelos são bastante questionados por sua tentativa de generalizar algo tão complexo como a estratégia empresarial.

estratégia competitiva michael porter

Outro ponto importante é que se a posição competitiva for estabelecida “de dentro para fora”, os modelos que apresentaremos a seguir provavelmente não serão os mais adequados. Mesmo assim, é interessante conhece-los, pois refletir sobre a estratégia é sempre algo positivo.

Estratégias Genéricas de Porter


Michael Porter elenca três estratégias genéricas: custo total, diferenciação e enfoque.

1. Custo Total

É quando uma empresa busca se diferenciar pelo preço baixo. Por isso, ela precisa fazer mais com menos, uma vez que seu lucro está bastante ligado à sua capacidade de reduzir gastos com atividades que não geram valor. Uma organização que possui liderança por custo total oferece produtos padronizados com padrões mínimos de qualidade. Portanto, consegue atender a diversos segmentos de mercado.

Seguem algumas características observadas em organizações que seguem essa estratégia competitiva:

  • Possuem grande estrutura ou nenhuma estrutura;
  • Controlam minuciosamente o orçamento;
  • Perseguem a otimização de processos;
  • Utilizam sua experiência de produção para descobrir novas maneiras de otimizar o trabalho;
  • Desenvolvem produtos voltados para produção em larga escala;
  • Fazem distribuição de baixo custo;
  • Usam metas quantitativas para motivar os colaboradores.

2. Diferenciação

Estratégia genérica que trabalha muito com a percepção de valor do cliente sobre um produto ou serviço. Sua busca é focada na criação de produtos e serviços únicos, diferentes e exclusivos. Normalmente, empresas que adotam esse tipo de estratégia competitiva conseguem aumentar seus lucros. Com o valor agregado, é possível cobrar um preço maior pelo produto sem perder espaço no mercado.

Seguem algumas características observadas em organizações que seguem esta estratégia competitiva:

  • Realizam grandes esforços de projeção de marca;
  • Investem fortemente em engenharia de produtos;
  • Conectam Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento;
  • Possuem liderança em qualidade, inovação e tecnologia;
  • Superam as expectativas dos clientes;
  • Investigam de forma consistente a experiência do cliente;
  • Geram produtos com procedência conhecida e alta qualidade.
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3. Enfoque

É quando uma organização atende a uma demanda específica ou a um nicho de mercado. A segmentação pode ser feita por mercado geográfico, faixa de renda ou faixa etária, por exemplo. Empresas que adotam o enfoque como estratégia genérica normalmente possuem pouca participação no mercado global, mas são líderes na sua faixa de mercado.

A estratégia genérica de enfoque tem ligação com as duas estratégias anteriores. Ela é subdividida em: enfoque no custo e enfoque na diferenciação. Cada uma dessas subdivisões apresenta as mesmas características mencionadas anteriormente, contudo são aplicadas a um nicho ou segmento.

Independentemente da estratégia genérica adotada existem diversos riscos envolvidos, como imitação pelos concorrentes e mudanças tecnológicas, por exemplo. Por isso, tome cuidado!

tipologia estratégica de miles e snow

Outro modelo de estratégia competitiva foi pensado pelos pesquisadores Raymond E. Miles e Charles C. Snow. É o que veremos a seguir.

Tipologia Estratégica de Miles & Snow


Miles e Snow estabelecem quatro tipos de estratégias competitivas: defensiva, prospectora, analítica e reativa.

1. Defensiva

Organização que foca em ser a melhor em um mercado ou produto específico. Portanto, são empresas centralizadoras, que mantêm alto controle da organização. Justamente por serem especialistas naquilo que fazem, as organizações que adotam uma estratégia defensiva conseguem praticar os melhores preços. E mesmo que elas estejam com um preço abaixo do mercado, ainda assim conseguem ter lucro, pois possuem os menores custos.

O lado negativo é que, por serem líderes de mercado, essas empresas são lentas para dar respostas às mudanças do mercado. Então, alterações no comportamento dos clientes podem afetar esse tipo de organização de forma mais brusca.

2. Prospectora


Está sempre desbravando novos mercados e procurando por inovações. Esse tipo de organização promove instabilidades no mercado, justamente por causa de seu alto investimento em pesquisa e desenvolvimento. Se não tomar cuidado, o excesso de P&D pode afetar na lucratividade da empresa.

3. Analítica


Esse tipo de organização é uma espécie de mistura da estratégia defensiva com a estratégia prospectora. Ela opera em dois tipos de mercado: um estável e outro dinâmico. Para esse tipo de empresa, é essencial monitorar os movimentos de clientes e concorrentes. O problema desse tipo de estratégia é que ficar “em cima do muro” por muito tempo pode acabar amedrontando a empresa.

4. Reativa


O modelo reativo não é considerado uma estratégia. Esse tipo de empresa apenas reage às pressões externas. Dessa forma, é incapaz de responder de forma efetiva às turbulências e mudanças. Mesmo que uma organização possua um planejamento estratégico, se ela não tiver o comportamento de quem executa uma estratégia ela pode ser considerada reativa.

Considerações Finais

Uma estratégia competitiva é essencialmente um processo de construção e proteção de uma vantagem competitiva única, valiosa para o mercado, aproveitada pela organização e difícil de copiar pelos concorrentes.

Saber como a sua organização compete no mercado influencia no futuro da empresa. Portanto, este é um trabalho de planejamento estratégico, especialmente se for um esforço focado na Renovação Estratégica (um dos tipos de planejamento estratégico).

Como vimos, tanto a estratégia como a posição competitiva pode ser vista “de fora para dentro” e “de dentro para fora”. É possível adequar a organização às exigências de mercado. Mas também dá para explorar algumas forças, recursos e capacidades internas e orientar o trabalho para um mercado que valorize a vantagem competitiva da empresa.

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