Processos de TI: o que são, como fazer e as melhores ferramentas

Os processos de Tecnologia da Informação (TI) são essenciais para garantir a eficiência, segurança e inovação nos ambientes empresariais. 

Através da implementação de processos bem estruturados, as empresas podem otimizar suas operações, melhorar a comunicação interna e externa, aumentar a produtividade dos colaboradores e garantir a integridade dos dados.

O mapeamento de processos de TI ajuda gestores e equipes a criar padrões e mapear riscos e oportunidades, aumentando a eficiência dos processos da empresa e o valor gerado ao cliente.

Quer saber como mapear e melhorar os seus processos de TI? Siga com a leitura para descobrir!

O que são processos de TI?

Processos de TI são todas as etapas que compõe a construção e a entrega de um serviço da TI.

Mapear e gerir os processos de TI de maneira eficiente ajuda a elevar a performance e o valor do serviço entregue ao cliente, bem como os processos da empresa como um todo.

Podemos entender os processos de TI como itens de configuração de determinado serviço a ser oferecido. Por exemplo:

Quando recebemos um e-mail, conseguimos visualizar o conteúdo da mensagem, o remente e outras informações cruciais para o entendimento. A essa primeira visão, chamamos de conceito de serviço.

Isso significa que o usuário visualiza o e-mail pronto, ou seja, o serviço já entregue. Porém, para que esse e-mail chegue perfeitamente na sua caixa de entrada, anteriormente é preciso configurar uma série de itens (os quais aqui chamamos de itens de configuração).

Cada etapa da construção desse e-mail pode ser entendida como um processo de TI, seja desde a criação do layout a entrega final o objetivo é o mesmo: entregar o resultado que foi previamente planejado.

Como são os processos de TI

Assim, a gestão correta dos processos de TI auxilia as empresas a garantirem a efetividade dos serviços entregues, elevando o nível de qualidade.

Lembre-se: serviço é tudo aquilo que gera uma entrega intangível, que agrega valor ao usuário.

A importância de fazer gestão de processos em TI

A gestão dos processos de TI auxilia gestores e equipes a desenvolverem soluções que estejam alinhadas com as estratégias desenhadas pela empresa.

Com o gerenciamento de processos é possível garantir um aspecto muito cobrado a gestores e equipes de TI: a efetividade em custo.

Infelizmente, é comum que gestores e equipes de TI executem projetos com pouco tempo ou baixo orçamento. Quando falamos da efetividade em custo, nos referimos a realizar uma gestão correta dos processos para desenvolver o serviço no tempo e no custo certo.

Assim, entre as mais variadas circunstâncias, gerir os processos de TI traz a segurança de que ao fim os serviços benéficos para a operação tão quanto para o cliente.

Entre os principais benefícios relacionados a gestão de processos de TI são:

  • Mais velocidade e menos ociosidade;
  • Facilidade de contratar pessoas, serviços e produtos;
  • Melhor direcionamento de recursos;
  • Linguagem comum;
  • Auxilia na gestão e governança do setor de TI.

Quando fazer mapeamento de processos?

Lentidão

Se você percebeu que a sua operação está lenta, que os serviços demoram a ser executados e que as demandas dificilmente são atendidas no prazo, está na hora de fazer um mapeamento de processos.

Feito isso, você conseguirá identificar com facilidade em quais as etapas estão os gargalos.

Será que é um problema de infraestrutura? De treinamento de pessoal? O mapeamento de processos te ajuda a responder!

Comunicação confusa

Já imaginou viajar para outro país sem conhecer a língua nativa? Certamente você ficaria perdido. Em processos de TI isso não é diferente! Se não há uma linguagem padronizada isso pode gerar uma série de problemas de comunicação entre a equipe, que pode ficar confusa sobre como realizar determinada atividade.

Desconformidade com as demandas estratégicas da organização

Toda organização possui objetivos estratégicos que são suportados pela TI. A isso chamamos de arquitetura de processos de TI. A arquitetura de processos garante que as soluções tecnológicas estarão alinhadas com os objetivos da organização.

Exemplos de processos de TI

Existem diversos processos essenciais que contribuem para o funcionamento eficiente e seguro de sistemas e infraestruturas. Alguns exemplos:

Gerenciamento de serviços de TI

Esse processo envolve a entrega, o suporte e a resolução de problemas relacionados aos serviços de TI utilizados pela organização. Isso inclui atividades como gerenciamento de incidentes e solicitações, gerenciamento de mudanças e gerenciamento de níveis de serviço.

Gerenciamento de segurança da informação

Esse processo visa proteger os ativos de TI da organização contra acessos não autorizados, uso indevido e vazamento de dados. Isso inclui atividades como avaliação de riscos, implementação de controles de segurança e conscientização de segurança do usuário.

Gerenciamento de infraestrutura de TI

Esse processo garante que a infraestrutura de TI da organização esteja funcionando corretamente e atenda às necessidades dos usuários. Isso inclui atividades como gerenciamento de hardware e software, provisionamento de recursos e monitoramento de desempenho.

Desenvolvimento e manutenção de software

Esse processo envolve a criação, a manutenção e o aprimoramento de aplicativos de software utilizados pela organização. Isso inclui atividades como análise de requisitos, desenvolvimento de software, codificação, testes e implantação.

Gerenciamento de projetos de TI

Esse processo visa planejar, executar e controlar projetos de TI de forma eficiente. Isso inclui atividades como definição de escopo, gerenciamento de tempo e recursos, comunicação com stakeholders e monitoramento de riscos.

Como mapear os processos em TI?

Para fazer o mapeamento de processos em TI é preciso:

  • Definir os processos que serão mapeados;
  • Montar um mapa de processos;
  • Verificar e validar o mapa de processos;
  • Mapear o processo;
  • Acompanhar o desempenho por indicadores;
  • Implantar melhorias.

Para saber detalhadamente como fazer cada passo de um mapeamento de processos, leia: Mapeamento de Processos: o que é e como fazer em 6 passos.

Existem alguns frameworks e ferramentas que entregam boas práticas de gestão dos processos de TI e alcançam um padrão de qualidade elevado. Confira a seguir as melhores ferramentas.

Principais frameworks para processos de TI

1. ITIL®

O Information Technology Infrastructure Library – ou simplesmente ITIL – é um conjunto de boas práticas voltadas para a gestão de serviços de TI. Trata-se do framework de serviços mais bem aceito ao redor do mundo, com adoção em 180 países. Foi criado pelo governo britânico durante os anos 80 com o objetivo de melhorar os processos do próprio governo. Hoje, o ITIL pode aplicado em qualquer tipo de empresa.

KIT de introdução ao ITIL

2. COBIT®

O COBIT (Control Objectives for Information and Related Technologies) é um framework de governança e gestão de TI elaborado em 1996 pela ISACA, uma associação global sem fins lucrativos que reúne diferentes profissionais em 187 países. Por meio de princípios e habilitadores, o COBIT tem o objetivo de alinhar a TI à estratégia do negócio, ajudando a desenhar os processos de TI.

3. TOGAF®

The Open Group Architecture Framework (TOGAF) é um framework de arquitetura corporativa criado pelo The Open Group. Esse framework é usado para melhorar a eficiência de negócio a partir de 4 domínios:

  1. Arquitetura de negócios
  2. Arquitetura de aplicações
  3. Arquitetura de dados
  4. Arquitetura de tecnologias

4. Guia PMBOK®

O Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é praticamente a bíblia de todo gerente de projeto. Ele é elaborado pelo (Project Management Institute) PMI e define as melhores práticas em gestão de projetos, que são reconhecidas internacionalmente. Os padrões descritos pelo guia podem ser aplicados a todos os tipos de projetos, inclusive os de tecnologia da informação.

5. The Standard for Portfolio Management

The Standard for Portfolio Management é uma publicação do PMI que trata do gerenciamento de portfólio de projetos. O PMI defende que a gestão do portfólio é uma parte crucial para implantar a estratégia de uma empresa. Assim como o PMBOK, o Standard for Portfolio Management também possui aplicações na área de TI.

6. BABOK®

O Guia BABOK (Business Analysis Body of Knowledge) é um corpo de conhecimento produzido pelo IIBA, que trata de análise de negócio. Além de ser reconhecido mundialmente, o BABOK oferece orientações para profissionais de áreas que requerem agilidade, business intelligence, tecnologia da informação, arquitetura de negócios e gestão de processos.

7. BPM CBOK®

Organizado pela ABPMP, o guia BPM CBOK (Business Process Management Common Book of Knowledge) é a principal referência quando se fala em gestão de processos. O guia é dividido em nove áreas de conhecimento e traz uma visão geral do que é considerado como boa prática para a maioria dos profissionais. O CBOK tem papel fundamental para estabelecer os processos de TI e também para que a TI mergulhe nos processos de negócio.

8. Scrum

Apesar de ser considerado por muitos um framework, o Scrum é uma metodologia ágil para gerenciar projetos de desenvolvimento de software, amplamente disseminada pela Scrum Alliance e pela Scrum.org. No Scrum os projetos são divididos em ciclos – chamados sprints – e um time dedicado trabalha para fazer entregas rápidas. Apesar do foco em sistemas, o Scrum tem servido como referência para outros tipos de projetos.

9. SAFe®

O SAFe é o framework de processos da Scaled Agile Academy. Criado por Dean Leffingwell, o SAFe reúne princípios do Scrum, Lean e Agile. Porém, enquanto o Scrum é voltado para a gestão dos times, o SAFe traz o ágil para o âmbito organizacional e ajuda a disseminar suas práticas por toda a empresa.

10. ISO/IEC 27001

ISO/IEC 27001 é um padrão para segurança da informação, desenvolvido pela International Organization for Standardization (ISO®) e pela International Electrotechnical Commission (IEC).

Esse padrão determina quais são os requisitos necessários para implantar, manter e aprimorar um sistema de gerenciamento de segurança da informação nas empresas. Os requisitos tratados na ISO/IEC 27001 são genéricos e aplicáveis a qualquer tipo de organização.

Bônus: Euax Acelera

Se você precisa de agilidade, uma boa opção é usar o know-how de quem já testou todos esses frameworks e padrões, absorveu o que eles têm de melhor, acrescentou novas características e elaborou algo completamente original!

O Euax Acelera é um exemplo disso. Combinando sua experiência às melhores práticas do mercado, a Euax criou um framework inovador, moderno e com foco em performance. O Acelera busca fazer mudanças de forma colaborativa e visual, seguindo os princípios do Design Thinking.

Existem frameworks e padrões que se complementam, uns que se sobressaem e outros que criam conflitos de práticas e cultura. Afinal, construir os processos de TI requer alguns cuidados.

Por isso, disponibilizamos a você um Kit de Gestão de processos que irá te ajudar a dar os primeiros passos para alcançar a alta performance no setor de TI.

Ebook Kit Gestão de Processos


Se você precisa de ajuda para governar a área de tecnologia da informação da sua empresa, conte com a consultoria em TI da Euax. Nós podemos fazer a sua TI dar grandes saltos de performance!

ITIL® é marca registrada da AXELOS LIMITED.
COBIT® é marca registrada da ISACA.
TOGAF® é marca registrada do The Open Group.
Guia PMBOK® é marca registrada do Project Management Institute.
BABOK® é marca registrada do IIBA.
BPM CBOK® é marca registrada da ABPMP.
SAFe® é marca registrada da Scaled Agile.
ISO® é marca registrada da International Organization for Standardization.

Metodologia Scrum: aprenda a gerenciar seus projetos de forma ágil

Você sabe por que tantas equipes adotam a metodologia Scrum no desenvolvimento dos projetos? Hoje, a competitividade e a dinâmica do mercado exigem agilidade e o tempo se tornou um dos ativos mais valiosos das organizações.

Neste post você vai entender o que é Scrum, quais as suas vantagens e como aplicá-lo na gestão dos seus projetos! Confira:

O que é Scrum?

O Scrum é um framework que contém um conjunto de conceitos, práticas e ferramentas para gerenciar projetos de forma ágil.

Criado pelos estadunidenses Ken Schwaber e Jeff Sutherland, inicialmente essa metodologia foi pensada para atender apenas projetos de desenvolvimento de software, mas com o tempo começou a ser aplicada também em projetos de outra natureza, principalmente aqueles cujo escopo é pouco conhecido, seja por questões atreladas à tecnologia ou por incertezas dos requisitos de negócio.

No Scrum, a gestão de um projeto é dividida em sprints, que são ciclos curtos que podem variar de 2 a 6 semanas, mas são geralmente mensais. As sprints também podem ser chamadas de iterações. Cada ciclo gera uma ou mais entregas que acrescentam um incremento, isto é, uma nova funcionalidade ao produto. É importante dizer que toda sprint é uma timebox, ou seja, um evento com duração fixa.

Portanto, a principal diferença entre o Scrum, que segue os princípios do manifesto ágil, e as metodologias clássicas, é justamente o nível de detalhamento do escopo do projeto (como também comentamos no nosso post sobre metodologia de projetos).

Se no método cascata, por exemplo, todo o escopo é minuciosamente planejado antes do início do projeto, no Scrum o projeto é planejado aos poucos, conforme mais informações vão sendo conhecidas. Importante: as práticas do Scrum podem e devem ser adaptadas ao contexto de cada organização.

CTA-Métodos-Ágeis-sua-empresa-está-preparada

Agora que você já sabe o que é a metodologia Scrum, pode estar se perguntando o que você e a sua empresa ganham ao adotar essas práticas ágeis. Confira os benefícios a seguir!

Vantagens da metodologia Scrum

blank

1. Assertividade na entrega da solução

Qualidade é a capacidade de entregar projetos segundo os critérios definidos pelo cliente. Certamente, atender aos requisitos demanda um planejamento de cada etapa de desenvolvimento do produto. A metodologia Scrum conta com uma série de eventos focados no planejamento faseado do projeto, no acompanhamento do desempenho e na revisão dos processos utilizados.

Além disso, equipes Scrum têm uma política de realização de testes de qualidade. Afinal, no Scrum, ao término de cada sprint, devemos entregar um produto utilizável pelo cliente, que será validado pelo product owner, para garantir que as expectativas sobre o projeto estão sendo atendidas. Essa prática certamente afeta a qualidade e a satisfação dos usuários.

2. Colaboração entre os membros da equipe

Um dos grandes diferenciais da metodologia Scrum está na descentralização do gerenciamento. Desse modo, cada integrante da equipe possui suas responsabilidades e responde de forma equânime por cada etapa do projeto e por seus resultados. Como a responsabilidade é compartilhada, é natural que as pessoas passem a encarar a realização do projeto como uma missão coletiva, na qual um membro ajuda o outro.

3. Aumento da produtividade do time

Na metodologia Scrum, a gestão de um projeto é dividida em ciclos. Ao final de cada um deles é feita a entrega de pelo menos uma funcionalidade do produto. Essa quebra da entrega final em resultados menores e parciais é muito útil para fazer o trabalho render, pois diminui a complexidade das atividades, tornando-as mais fáceis de serem feitas.

4. Maior adaptabilidade às mudanças

Diferentemente do que ocorre em metodologias clássicas, nas quais é mais difícil aplicar alterações no decorrer dos projetos, no Scrum a capacidade de adaptação às mudanças é algo esperado e muitas vezes até desejado, pois significa que o escopo, antes desconhecido ou incerto, está sendo refinado.

A flexibilidade da metodologia Scrum permite adaptar projetos a novas situações e demandas do cliente, sem que, para isso, toda a cadeia de atividades seja comprometida. Assim, fica mais fácil alterar as prioridades e atender com mais precisão as necessidades de quem solicitou o projeto.

CTA-Escopo-de-projeto-Qual-o-nível-de-detalhe-ideal

5. Descentralização das informações

A metodologia Scrum dinamiza o conhecimento das etapas e possibilita uma visão comum do projeto para toda a equipe, sem concentrar as informações em uma única pessoa. Em outras palavras, a ideia é que todos saibam o que está acontecendo na iniciativa, dando abertura para sugestões de melhorias.

Quer começar a aplicar a metodologia Scrum na gestão dos seus projetos? Confira o que você precisa saber para dar início aos trabalhos.

Leia também o texto: Squad de desenvolvimento

Como funciona o framework Scrum?

O Scrum opera por meio de um conjunto de cerimônias, procedimentos e papéis padrão do framework. A seguir, vamos explorar esses elementos em profundidade:

Papéis

blank

Product owner

É o representante do produto, que decide quais funcionalidades serão construídas e em qual ordem. O product owner deve agir como uma espécie de “defensor” dos interesses do usuário da solução que está sendo construída.

É de sua responsabilidade manter o foco no objetivo e informar à equipe quais são os resultados desejados na formulação e desenvolvimento do projeto. É a pessoa que vai esclarecer as dúvidas de negócio que, eventualmente, a equipe tenha.

Scrum master

Responsável por disseminar os valores, princípios e práticas do Scrum. Diferentemente de um gerente de projetos, o scrum master age como um facilitador, ajudando a empresa a adaptar o framework para o seu contexto.

Ele é a pessoa à qual os membros do development team recorrem quando precisam de auxílio para resolver um problema. Outra atividade do scrum master é proteger a equipe de fatores que possam atrapalhar a produtividade.

Time de Dev

É a equipe de desenvolvimento, que deve ser multidisciplinar e autogerenciável, contabilizando de 3 a 9 pessoas. Geralmente é composta por arquitetos, programadores, testadores, designers, entre outros cargos. É importante dizer que não há uma divisão exata de tarefas entre o time: assume a demanda que tiver mais disponibilidade e condições para tal.

Artefatos

Product backlog

É a lista priorizada de requisitos necessários para a construção de um produto de alto valor. Quem dá a palavra final no product backlog é o product owner. Os requisitos não devem ser detalhados em excesso, pois isso poderia consumir muito tempo do projeto, contrapondo-se à agilidade proposta pelo Scrum.

O ideal é que a lista de requisitos seja detalhada até a definição de pronto (definition of ready). Portanto, dizemos que o product backlog nunca está completo e pode ser aperfeiçoado durante as reuniões de planejamento do projeto.

Gestao-de-projetos-agil-tradicional-e-hibrida-CTA

Sprint backlog

É o conjunto de itens que será entregue ao final de uma sprint. O sprint backlog é montado a partir do product backlog. Vale destacar que, diferentemente do product backlog, a sprint backlog não sofre mudanças.

O que foi planejado para a sprint e entrou em execução não pode ser retirado daquele ciclo, exceto se for um requisito equivocado ou que pode causar algum erro no projeto, mas ele será paralisado, não substituído.

Definition of ready

Toda a equipe deve ter um entendimento comum do trabalho que deve ser realizado. Dizer que um requisito foi detalhado até o definition of ready significa dizer que o scrum team já possui todas as informações necessárias para começar a trabalhar, ou seja, todo mundo já entendeu o que é para fazer e qual funcionalidade deve ser desenvolvida para atender a determinado requisito.

Portanto, em resumo, o definition of ready significa que já existem informações suficientes para um requisito começar a ser desenvolvido.

Definition of done

Com um scrum team maduro, é esperado que o definition of ready seja expandido para incluir critérios mais rigorosos, de alta qualidade. É aí que entra o definition of done, que indica os critérios de aceite da entrega, possibilitando a verificação de que o time fez tudo o que precisava ser feito para que a entrega seja dada como concluída. Alguns exemplos de definition of done poderiam ser:

  • Codificado seguindo o padrão X.
  • Testado utilizando as técnicas X e Y.
  • Documentado.
  • Liberado em ambiente de QA.

Veja também o post Squad as a service

Eventos

Sprint planning (ou sprint planning meeting)

Reunião dividida em duas partes, que geralmente possui duração de 8 horas. Na primeira parte, a equipe seleciona, alinha e detalha os requisitos que vão entrar na sprint. Já na segunda parte, cada item da sprint é estimado e decomposto nas tarefas necessárias para produzir as entregas. O tamanho da sprint é definido anteriormente, no momento da iniciação, e será o mesmo em cada sprint do projeto.

Daily scrum meeting

É a reunião diária que o scrum team faz para alinhar a comunicação do projeto. O daily scrum não pode ter mais que 15 minutos de duração. É recomendável que todos fiquem de pé durante a reunião, justamente para não cair na tentação de ultrapassar os 15 minutos propostos.

No daily scrum, cada um dos membros do time precisa responder três perguntas:

  • O que você fez no dia anterior?
  • O que você fará hoje?
  • Quais os possíveis fatores que podem atrapalhar a realização do trabalho planejado?

Com essa exposição dos problemas, o scrum master pode pensar em formas de contorná-los, ajudando o time a manter a produtividade.

CTA-Como-construir-um-Time-de-Alta-Performance

Sprint review meeting

Ao final de cada sprint, é feita uma reunião para apresentar ao product owner as funcionalidades implementadas. Essa reunião dura no máximo 4h e tem o objetivo de averiguar e adaptar o produto que está sendo construído. É um evento informal e a apresentação do incremento tem como foco motivar, receber feedback e incentivar a colaboração.

Sprint retrospective

É parecida com a sprint review meeting e ocorre depois dela. A diferença é que, no lugar das funcionalidades, a equipe revisa o processo executado para gerar as funcionalidades. Depois da sprint retrospective, que deve durar no máximo 3h, é feita uma nova sprint planning, voltando ao primeiro evento do Scrum.

Princípios do Scrum

blank

1. Controle de processos empiríco

O controle de processos no contexto do Scrum é geralmente baseado em princípios empíricos, que são fundamentais para a metodologia ágil. Scrum utiliza o ciclo de feedback contínuo para adaptar e melhorar o processo, e esse ciclo é apoiado por três pilares empíricos: transparência, inspeção e adaptação. Veja a seguir:

Transparência

Todas as informações relevantes sobre o projeto, o progresso e os impedimentos devem estar visíveis a todos os membros da equipe. A transparência promove a confiança e a comunicação eficaz. No Scrum, isso é frequentemente alcançado por meio de práticas como a criação de um quadro Kanban, burndown charts e reuniões diárias de stand-up.

Inspeção

A equipe de Scrum realiza inspeções frequentes para avaliar o progresso do trabalho e a qualidade do produto. As inspeções podem ocorrer em várias etapas do processo, desde o planejamento do sprint até a revisão e retrospectiva do sprint. Durante essas inspeções, a equipe analisa o que foi feito, o que não foi concluído e quaisquer problemas que surgiram.

Adaptação

Com base nas informações obtidas durante as inspeções, a equipe de Scrum ajusta o plano e as prioridades. Isso pode envolver a redefinição das metas do sprint, a inclusão de novos itens no backlog, a resolução de problemas ou a realização de mudanças no processo de trabalho para melhorar a eficiência.

2. Auto-organização

No Scrum, os membros da equipe são incentivados a demonstrar proatividade e a buscar maior responsabilidade, com a auto-organização sendo sua característica central. Isso é promovido pelo modelo de liderança servidora, no qual não há divisões rígidas entre líderes e liderados; todos colaboram em prol do projeto de forma igualitária.

Além disso, a auto-organização cultiva um ambiente propício à inovação e à criatividade, transformando a responsabilidade em um compromisso compartilhado que resulta em maior satisfação para a equipe.

3. Colaboração

A colaboração é um elemento essencial para a concretização de qualquer projeto. No contexto do Scrum, a equipe deve colaborar estreitamente com os stakeholders para conceber e validar as entregas do projeto.

Essa abordagem assegura que todas as partes interessadas estejam em sintonia e que a visão final do projeto seja alcançada de maneira eficaz. Portanto, nenhum projeto pode progredir com sucesso sem a colaboração ativa e contínua entre todos os envolvidos.

4. Priorização orientada a valor

O Scrum tem como principal meta proporcionar o maior valor de negócio no menor tempo possível. Para alcançar esse objetivo, a priorização desempenha um papel fundamental. Itens que têm o potencial de gerar um valor maior recebem prioridade mais alta na lista de tarefas.

A responsabilidade por essa tarefa de priorização recai sobre o Product Owner, um papel que abordaremos mais detalhadamente posteriormente. É importante, no entanto, observar que além do valor, é necessário considerar os riscos associados e as interdependências entre as atividades ao realizar a priorização.

5. Time-boxing

Outra característica distintiva do Scrum é a imposição de limites de tempo para cada evento. Esses limites são estabelecidos antecipadamente, assegurando que a equipe cumpra os prazos e entregue no prazo determinado.

Por exemplo, as reuniões diárias têm uma duração máxima de 15 minutos, e o período chamado de “Sprint” não deve exceder um máximo de 6 semanas. Isso oferece várias vantagens, incluindo economia de custos operacionais, aumento da eficiência no trabalho e uma melhoria na produtividade.

No entanto, é crucial exercer cuidado ao definir esses limites de tempo para evitar efeitos adversos. Um cronograma excessivamente rígido pode criar ansiedade e desmotivação em alguns membros da equipe. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio adequado ao estabelecer esses limites temporais.

6. Desenvolvimento iterativo

O desenvolvimento iterativo é um componente fundamental do framework Scrum. No Scrum, o desenvolvimento é dividido em ciclos chamados “sprints”, que são períodos fixos de tempo, geralmente de 2 a 4 semanas.

Durante cada sprint, a equipe trabalha em uma parte do projeto, com o objetivo de entregar um incremento de produto funcional e potencialmente entregável.

Resumindo o Scrum

A dinâmica do Scrum pode ser resumida na imagem abaixo:

blank

A partir do product backlog, que contém os requisitos do produto, é montada a sprint backlog, com as funcionalidades que deverão ser desenvolvidas ao longo da duração da sprint, que pode levar de 2 a 6 semanas.

Todos os dias o scrum team realiza o daily scrum meeting, que é uma reunião de até 15 minutos em que o time relembra as atividades do dia anterior, planeja as atividades do dia e elenca possíveis empecilhos à realização do projeto. Assim que uma sprint termina, outra sprint tem início e assim ocorre sucessivamente, até o fim do projeto e a entrega do produto final.

É importante lembrar que o Scrum pode ser complementado com outras ferramentas, que não pertencem ao framework, mas são amplamente utilizadas junto com as práticas do Scrum. Conheça duas delas:

Burndown chart

O burndown chart é um gráfico que relaciona os itens a fazer com o tempo disponível para entregá-los. Este gráfico é atualizado todos os dias, com o objetivo de facilitar o acompanhamento do progresso das atividades pela equipe do projeto e demais partes interessadas. Com essa ferramenta, é possível verificar atrasos com mais eficiência, monitorando se o que foi planejado corresponde ao que está sendo executado.

Kanban board

Com origem no Sistema Toyota de Produção, trata-se de um quadro para controle do andamento dos trabalhos. Esse quadro é dividido em alguns estágios, que normalmente são: fazer, fazendo e feito. Dependendo do tipo de projeto podem ser acrescentados outros estágios, como “aprovação” e “teste”.

Para utilizar o kanban, basta criar alguns cartões (ou post-its) com os nomes das tarefas e colocá-las no estágio em que se encontram. Quando uma tarefa muda de estágio, é necessário atualizar o kanban. Uma das principais vantagens dessa ferramenta é dar uma visão comum do progresso do projeto, facilitando a comunicação.

E já que estamos falando de compartilhar a gestão do projeto e envolver todo o time, recomendo que você baixe o canvas de projeto da Euax, uma ferramenta visual e colaborativa que vai te ajudar a acelerar seu projeto, independentemente se você estiver utilizando uma metodologia clássica ou uma metodologia ágil, como o Scrum. Aproveite, o download é gratuito!

Canvas de projeto
Consultoria Conduzimos gestores e suas equipes à conquista de resultados! Outsourcing Alocação de profissionais especializados e de alta maturidade Capacitação Treinamentos In Company
@mrjackson