Última atualização em 20/08/2024
Quando o assunto é modelagem de processos de negócio, podemos observar que a notação BPMN (Business Process Modeling) assume um papel muito importante. Porém, para modelar os processos há que se entender exatamente como funciona cada um de seus elementos, a fim de aplicá-los corretamente no ambiente de trabalho.
Neste post, dedicamos um espaço para falar dos BPMN Gateways e sua importância para o fluxo do BPMN. Aproveite, ainda, para saber mais sobre os motivos pelos quais estes elementos são essenciais no BPMN e também descobrir os diferentes tipos e funções de Gateways disponíveis.
O que são Decisores (Gateways) em BPMN?
Os chamados BPMN Gateways são os Decisores. Isso significa que se encarregam de controlar algumas coisas, como por exemplo interações durante o fluxo do BPMN, de modo que se crie alternativas no processo ou unifique movimentações para que atividades possam ser continuadas.
Ou seja, os Gateways são responsáveis por buscar caminhos mais simples para a execução das etapas de processos de negócios, de forma a mantê-los sempre interligados, com fácil compreensão. Funcionam como “portões” que ligam uma informação a outra e permitem a continuação das atividades.
Qual a importância deles?
Os Gateways são essenciais para o fluxo de BPMN, pois sem eles a lógica dos processos de negócio nesta notação correria o risco de ficar descontinuada, comprometendo o entendimento e o acompanhamento por parte dos gestores e empresários. Eles decidirão, basicamente, o que acontece etapa por etapa dependendo de uma resposta ou fator (e.x.: “Se acontecer isso, faremos isto”).
Que tipos de Decisores (Gateways) existem, quais suas funções e como usá-los?
Imagine que foi realizada uma avaliação na sua empresa para qualificar determinada etapa de um projeto. Essa análise provavelmente partirá de um dos integrantes da equipe responsável pela apuração e deverá ir à aprovação de seus superiores. Mediante a decisão que for tomada por estes profissionais, o projeto segue adiante por um caminho ou por outro.
Logo, os Gateways são importantes para definir o que acontece dali em diante (se houver um desenho dos caminhos que o projeto percorre, poderíamos indicar Gateways em cada processo de decisão durante o desenho).
Brevemente, podemos listar alguns dos principais tipos de Gateways encontrados em processos de BPMN nesta gestão:
Gateway Exclusivo
Define que apenas um dos caminhos gerados pelo Gateway será seguido. Como Gateways podem apontar mais de uma alternativa, esta é uma condição chave para garantir exclusividade em um padrão.
Determinando que o primeiro caminho (ou o mais rápido seja usado) – e somente ele – este Decisor pressupõe que será mais curto o percurso até a conclusão satisfatória do processo de negócios e, consequentemente, a realização das ações que dele dependem para o sucesso da empresa.
Gateway Paralelo
Um Gateway paralelo considera a possibilidade de dividir o fluxo e conduzir duas ou mais partes simultaneamente. Assim, os fluxos podem convergir e ao final todos serem concluídos, contribuindo para um mesmo resultado de sucesso. Logo, os caminhos que tiverem origem naquele Gateway serão concluídos e não somente um deles.
Por exemplo: se existem duas ou mais partes de um processo de negócio que precisam ser feitas para se complementarem e instituírem um produto final, trabalha-se com gateways paralelos e assim as equipes se organizam para ao fim de x período entregarem os resultados e concluírem o processo de negócio.
Gateway Inclusivo
Digamos que é um tipo inteligente que analisa primeiro as necessidades do processo. Ele não segue “regras rígidas”, mas inclui os caminhos que precisa de acordo com aquela demanda.
Trabalha levando em consideração um fluxo inclusivo, podendo combinar caminhos de acordo com o que etapa do processo pede. Logo, em cada “porta de entrada” existe um fator a ser analisado para que o Decisor possa tomar uma atitude.
Ao final, no entanto, os fluxos podem ser igualmente convergidos e todas as etapas estarem em conformidade para que depois se proceda à sequência das tarefas de todo processo de negócio que o esteja utilizando.
Graduado em Processamento de Dados e mestre em Ciências da Computação pela UFRGS, possui mais de 20 anos de experiência em processos. É certificado CBPP (Certified Business Process Professional) pela ABPMP (The Association of Business Process Management International) e PMP pelo PMI (Project Management Institute).