Última atualização em 22/10/2024
Toda empresa enfrenta problemas organizacionais de tempos em tempos. Seja uma baixa nas vendas, pouco engajamento ou outras questões, o ideal seria resolver da forma mais ágil possível, não é mesmo? Nesse caso, você precisa conhecer os agile squads, uma metodologia ágil criada pela Spotify que permite agilizar a solução de problemas.
Neste texto você vai entender como funcionam os agile squads, e como eles podem mudar a forma como você lida com problemas organizacionais, garantindo mais agilidade para a organização e rapidez na entrega de resultados. Mas, antes de nos debruçarmos sobre o assunto, você sabe o que são agile squads?
O que são agile squads?
Agile squads, ou esquadrões ágeis em bom português, são times de colaboradores de diferentes áreas de conhecimento, formados para resolver algum problema organizacional específico.
Esses agile squads subvertem a lógica de uma empresa em departamentos e atuam com total autonomia para resolver problemas. Mas o que torna esses agile squads tão diferentes das equipes tradicionais? Veja abaixo:
Características de agile squads
Multidisciplinaridade
Em vez de separar equipes por áreas de atuação/conhecimento, como na administração tradicional, os agile squads são multidisciplinares, ou seja: é um pequeno time em que cada um tem uma especialidade. As especialidades vão depender do problema a ser resolvido, mas podem incluir as áreas de: desenvolvimento, vendas, marketing, entre outras.
Autonomia
Como a ideia é neutralizar um problema da forma mais rápida possível, é normal que os agile squads tenham autonomia para tomar decisões e entregar o resultado o quanto antes. Sem isso, o agile squad perderá eficácia e, portanto, o propósito de ter sido criado.
Cultura ágil
Fácil adaptação e inovação constante são alguns elementos que podem ser encontrados em um ambiente com cultura ágil, e é exatamente o que se espera encontrar em um agile squad. Isso permite mais agilidade no dia a dia.
Os níveis de agrupamentos de agile squads
Na Spotify, os Squads são divididos em grupos. E existem nomes para diferentes agrupamentos, são eles:
- Tribe;
- Chapter;
- Guild.
Veja o que caracteriza cada um na imagem abaixo:
Agora que você já conhece as principais características de um agile squad, talvez esteja se perguntando: “Mas o que a minha empresa tem a ganhar com isso?”. É isso que nós vamos explorar no tópico a seguir, com os benefícios de montar um squad:
Veja também o post sobre squads de TI
Benefícios de montar um agile squad
Solução de problemas
O benefício mais importante — e o mais óbvio — de montar um agile squad é a solução de problemas. Como você já viu lá em cima, os squads trabalham focados em resolver um problema específico.
Como a questão será tratada por um time focado nisso e com autonomia para realizar projetos, existem mais chances de o problema ser resolvido.
Incentivo à inovação
Uma forte característica dos agile squads é o incentivo à inovação. Isso ocorre porque a autonomia permite que o squad possa pensar fora da caixa, bem como a multidisciplinaridade faz com que cada membro ofereça uma visão diferente.
Menos burocracia
Agile squads eliminam a burocracia associada ao trabalho interdepartamental, que é impactado por problemas como:
- Falta de clareza sobre as responsabilidades de cada setor;
- Filas de demandas relacionadas a outros projetos;
- Falhas na comunicação;
- Entre outros.
Agora que você já conhece todos os benefícios, vamos ensinar como montar um squad. É só continuar no tópico abaixo:
Confira também o post sobre metodologia scrum
4 passos para montar um agile squad de sucesso
1. Defina o objetivo
O primeiro passo para montar um agile squad é definir qual problema na empresa precisa ser resolvido e qual o resultado esperado. Não se esqueça de estipular metas, para nortear o trabalho do squad.
2. Selecione os profissionais
Com o objetivo já definido, escolha os profissionais que farão parte do agile squad. Obviamente você deve selecioná-los por área de atuação, que varia de acordo com o problema, mas também se preocupe com soft skills como:
- Criatividade;
- Capacidade de trabalhar em equipe;
- Autonomia.
3. Monte o squad
Com os profissionais definidos, você já pode montar o squad, mas aqui vai uma dica: antes de resolver um problema grande, tente começar por problemas menores. Isso serve como período de experiência tanto para você, quanto para os colaboradores.
Só se preocupe em mobilizar um agile squad para problemas maiores depois que todos tiverem mais experiência trabalhando em squads.
Outra coisa importante é pensar na relação entre as pessoas do squad, tanto presencial, quanto remota:
Para agile squads presenciais
Quando o agile squad é presencial, é importante disponibilizar um espaço próprio para que todos trabalhem juntos. Se cada um trabalhar no próprio canto, podem acontecer ruídos de comunicação.
Para agile squads remotos
Quando o agile squad é remoto, é importante disponibilizar ferramentas de colaboração remota. O ideal seria uma plataforma de gestão de projetos, nesse caso, algumas funcionalidades importantes são:
- Criador de cronogramas;
- Extração de KPIs;
- Painel de indicadores;
- Lista de atividades;
- Entre outras ferramentas.
Algumas dicas de ferramentas são: Pacote Office, Artia e Miro. Depois que você concluir o terceiro passo, podemos seguir para o último:
4. Meça a performance
Para o último passo, depois que o agile squad já começou a trabalhar, nós dizemos: deixe com a cavalaria, mas não tire o olho.
Garanta que os objetivos estão sendo atingidos, meça-os por meio de indicadores, ou KPIs, como também são conhecidos. Além disso, é comum utilizar OKRs para medir a performance quando trabalhamos com agile squads.
Pronto! Agora que você já conhece o que são agile squads, que tal começar a criar na sua empresa e gerar mudanças concretas de verdade? Para te ajudar com isso, nós preparamos um webinar com um dos nossos consultores, em que você vai descobrir como gerar mudanças concretas por meio de squads. Quer saber o melhor? O webinar é gratuito! É só clicar no banner abaixo e assistir!
Sócio consultor da EUAX, bacharel em Ciências da Computação, mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC. Possui mais de 16 anos de experiência em projetos de inovação e atua como professor de graduação e pós-graduação da área de inovação.