Última atualização em 21/02/2025
Nenhuma empresa está imune a incidentes. Seja uma falha de sistema, um ataque cibernético ou uma simples indisponibilidade de serviços, o impacto pode ser devastador — não só financeiramente, mas também para a reputação da organização.
O problema não está em se um incidente vai acontecer, mas em como você vai reagir quando ele acontecer.
É aqui que entra o Plano de Resposta a Incidentes. Ele é um documento formal que define como sua equipe deve agir sob pressão, minimizando danos, acelerando a recuperação e preservando o que há de mais valioso: a confiança dos seus clientes e parceiros.
Neste texto vamos te mostrar o que é um plano de resposta a incidentes, quais os principais tipos de incidentes e o passo a passo para você criar o seu próprio plano. Acompanhe!
- O que é um plano de resposta a incidentes
- Tipos de incidentes
- Por que é importante ter um plano de resposta a incidentes
- Plano de resposta a incidentes na LGPD
- Como fazer um PRI em 6 passos
- Importância do SOC no Plano de Resposta a Incidentes
- Como a consultoria da Euax pode ajudar na proteção das empresas
O que é um plano de resposta a incidentes
Um Plano de Resposta a Incidentes, também conhecido como PRI, é um conjunto de diretrizes e procedimentos criados para identificar, conter, analisar e responder a incidentes de segurança, como:
- Ataques cibernéticos;
- Violações de dados;
- Ou falhas críticas em sistemas.
Ele é um manual de ação, orientando equipes sobre o que fazer — e, mais importante, o que não fazer — em momentos de crise.
Um PRI bem estruturado é importante para proteger dados sensíveis, garantir a continuidade das operações e reduzir o impacto financeiro e reputacional de um incidente.
Tipos de incidentes
As organizações podem enfrentar uma ampla variedade de incidentes de segurança, cada um com características e impactos específicos.
Entre os mais comuns estão:
- Malwares: programas maliciosos que podem infectar sistemas para roubar, corromper ou bloquear dados;
- Ataques de phishing, que enganam usuários para obter informações sensíveis, como senhas e dados financeiros;
- E vazamentos de dados, onde informações confidenciais são expostas de forma não autorizada.
Além disso, há o ransomware, que sequestra dados ou sistemas, exigindo pagamento para a liberação, e os ataques DDoS (Distributed Denial of Service), que sobrecarregam servidores para tirar serviços do ar.
Cada tipo de incidente exige uma resposta específica e coordenada, considerando a natureza da ameaça, o nível de impacto e a velocidade necessária para mitigar os danos. É por isso que um Plano de Resposta a Incidentes deve ser abrangente, capaz de lidar com diferentes cenários e adaptar estratégias conforme a situação.
Além disso, ter um bom PRI é importante por várias outras razões! Veja mais no tópico a seguir!
Por que é importante ter um plano de resposta a incidentes
Ter um Plano de Resposta a Incidentes é essencial para a resiliência de qualquer organização. Isso porque, ele garante a continuidade dos negócios, permitindo que a empresa recupere operações críticas de forma rápida após um incidente.
Além disso, é fundamental para proteger dados sensíveis, minimizando o risco de exposição de informações confidenciais e reduzindo o potencial de danos a clientes, parceiros e à própria organização.
Outro ponto é a capacidade de mitigar impactos financeiros e de reputação. Incidentes de segurança podem gerar custos elevados com multas, perda de receita e danos à imagem da empresa.
O plano também assegura a conformidade com leis e regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que exige respostas rápidas e transparentes em casos de violação de dados pessoais.
Plano de resposta a incidentes na LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor no Brasil desde 2020, estabelece diretrizes claras para a proteção de dados pessoais e a responsabilização das organizações em casos de incidentes de segurança.
Ter um Plano de Resposta a Incidentes bem estruturado é uma das exigências fundamentais para garantir o cumprimento da lei, proteger a privacidade dos titulares de dados e reduzir riscos legais e de reputação.
O Artigo 46 da LGPD determina que “os agentes de tratamento de dados pessoais devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão”.
Já o Artigo 48 destaca a obrigatoriedade de comunicação à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e aos titulares de dados “em caso de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares”.
Sem um PRI, a resposta a incidentes pode ser tardia ou inadequada, aumentando o impacto da violação e a possibilidade de sanções, que incluem multas de até 2% do faturamento da empresa, limitadas a R$ 50 milhões por infração. Além disso, o dano à reputação pode ser irreversível.
Leia também o post sobre Plano de continuidade de negócios
Como fazer um PRI em 6 passos
Criar um Plano de Resposta a Incidentes (PRI) envolve um processo estruturado, que vai além da simples definição de procedimentos técnicos.
O plano deve ser adaptado à realidade da organização, considerando seus ativos críticos, riscos específicos e a capacidade da equipe de resposta. A seguir, estão as etapas essenciais para desenvolver um bom PRI:
Preparação
Tudo começa com a preparação. Nesta fase, a organização define políticas de segurança, forma a equipe de resposta a incidentes e realiza treinamentos para garantir que todos saibam como agir em situações de crise.
Também é importante mapear ativos críticos, identificar vulnerabilidades e estabelecer canais de comunicação internos e externos. O objetivo é criar um ambiente onde a resposta a incidentes não seja uma reação improvisada, mas uma ação coordenada.
Identificação
A etapa de identificação envolve a detecção rápida de incidentes. Isso inclui o monitoramento contínuo de sistemas, análise de logs e uso de ferramentas de segurança para identificar sinais de atividades suspeitas. Quanto mais cedo um incidente for identificado, menores serão os danos. Além disso, é crucial classificar o incidente para entender sua gravidade e definir a resposta adequada.
Contenção
Após a identificação, é necessário agir rapidamente para conter o incidente e impedir que ele se espalhe. A contenção pode ser dividida em duas fases:
- Curto prazo, focada em isolar o problema imediatamente para minimizar o impacto;
- Longo prazo, que envolve ações mais estratégicas para garantir que o incidente não volte a ocorrer.
Essa etapa busca equilibrar a necessidade de controlar o incidente com a manutenção da continuidade dos negócios.
Erradicação
Com o incidente contido, o próximo passo é a erradicação da ameaça. Isso significa remover a causa raiz do problema, eliminando malwares, corrigindo vulnerabilidades, atualizando sistemas e aplicando patches de segurança. O objetivo é garantir que o ambiente esteja limpo e seguro antes de retomar as operações normais.
Recuperação
A fase de recuperação visa restaurar os sistemas e serviços afetados, garantindo que estejam funcionando de forma segura. Isso pode envolver a restauração de backups, a validação da integridade dos dados e a realização de testes para verificar se o problema foi totalmente resolvido. Além disso, é importante monitorar o ambiente para detectar qualquer sinal de recorrência do incidente.
Revisão
Por fim, a etapa de revisão é fundamental para o aprendizado contínuo. Após a resolução do incidente, a equipe deve conduzir uma análise detalhada para entender o que aconteceu, como foi tratado e o que poderia ter sido feito de forma diferente. Esse processo de revisão gera insights valiosos para aprimorar o PRI, ajustar políticas de segurança e fortalecer a postura da organização contra futuras ameaças.
Importância do SOC no Plano de Resposta a Incidentes
A integração do SOC (Security Operations Center) ao Plano de Resposta a Incidentes é um diferencial estratégico para que a organização mantenha um estado de vigilância constante e atue de forma rápida diante de ameaças.
O SOC é o centro operacional de segurança, responsável pelo monitoramento contínuo de redes, sistemas e dados, identificando comportamentos suspeitos e potenciais incidentes em tempo real.
Essa atuação proativa permite que a detecção ocorra nas fases iniciais de um ataque, reduzindo o tempo de resposta e, consequentemente, os danos.
Além disso, o SOC atua como ponto central na coordenação entre as equipes técnicas e os gestores, garantindo que as ações previstas no PRI sejam executadas com eficiência e que as decisões críticas sejam tomadas com base em dados precisos.
Integrar o SOC ao plano é, portanto, garantir que a empresa reaja a crises, antecipe e mitigue seus impactos, antes que se tornem incontroláveis.
Como a consultoria da Euax pode ajudar na proteção das empresas
A Euax oferece soluções completas em segurança da informação para proteger empresas contra ameaças digitais e assegurar a continuidade dos negócios diante de incidentes.
Com serviços como Gestão da Continuidade de Negócios (GCN), a consultoria auxilia na construção de planos robustos para manter operações críticas em funcionamento mesmo em situações de crise.
Além disso, a atuação do SOC (Security Operations Center) garante monitoramento constante e resposta rápida a qualquer tentativa de ataque, reduzindo riscos e fortalecendo a segurança digital da organização.
Quer proteger o seu negócio contra ameaças cibernéticas? Conheça a Consultoria de Segurança da Informação da Euax e veja como podemos ajudar sua empresa a se antecipar aos riscos!
Formado em economia pela FAAP e pós-graduado no ITA em Ciência da Computação. Possui uma carreira desenvolvida em empresas de serviços, instituições financeiras, indústrias e consultorias de negócios e de TI.