Conheça Kaplan e Norton, as mentes por trás do Balanced Scorecard (BSC)

No contexto da gestão de organizações, Kaplan e Norton são referência. Esses dois doutores em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard têm uma grande experiência no assunto, e publicaram juntos cinco livros sobre um método de estruturação e aplicação de estratégias chamado Balanced Scorecard. Quer saber mais sobre Kaplan e Norton, o que os tornou famosos e conhecer um pouco sobre os livros que eles já publicaram? Então continue conosco!

Quem é Robert S. Kaplan?

Robert S. KaplanDesde 2015, Robert Steven Kaplan é presidente e CEO do Federal Reserve Bank de Dallas. Anteriormente, Kaplan era professor de Prática Administrativa da Martin Marshall e diretor associado sênior da Harvard Business School.

Nascido em 1940, Kaplan é bacharel em Administração de Empresas pela Universidade do Kansas e doutor em Administração de Empresas pela Harvard Business School. É cocriador do método de gestão Balanced Scorecard (BSC), junto com David Norton e cofundador da Balanced Scorecard Collaborative, hoje Palladium Group.

Kaplan é conhecido por suas publicações na área de execução de estratégias, contabilidade de custos e contabilidade gerencial e foi premiado e nomeado para o Hall da Fama de Contabilidade.

Antes de ingressar em Harvard, em 2006, Kaplan foi vice-presidente do The Goldman Sachs Group, com responsabilidade global pelas divisões de investimento da empresa. Na Goldman, ele também foi membro do Comitê de Gerenciamento, atuou como co presidente do Comitê de Parceria e como presidente do Programa de Liderança. Durante seus 23 anos de carreira nessa organização, Kaplan atuou em várias outras funções e tornou-se sócio em 1990.

Kaplan atuou como membro do conselho de diversas empresas americanas de capital aberto, como a State Street Corporation, a Harvard Management Company, a Bed Bath & Beyond e a Heidrick & Struggles International, Inc. Ele também foi administrador da Fundação Ford, cofundador da diretoria da TEAK Fellowship, cofundador e presidente da Indaba Capital Management, L.P. e presidente do Comitê Consultivo de Investimentos do Google, Inc.

Por isso, é possível perceber que Kaplan tem grande uma experiência em administração de empresas, que se reflete na quantidade de publicações que ele já fez sobre esse tema. Trataremos de algumas dessas publicações em breve.

Hoje, Kaplan atua como presidente do Project ALS, iniciativa que investe em pesquisas científicas em prol da cura para a esclerose lateral amiotrófica (ELA), e como copresidente da Fundação Draper Richards Kaplan, uma empresa global de filantropia que investe em empresas sem fins lucrativos dedicadas a questões sociais. Kaplan é membro do conselho da Harvard Medical School, presidente e CEO do Federal Reserve Bank de Dallas.

Quem é David Norton?

David NortonDavid Norton (1941) é referência na gestão de finanças, fundador e diretor do Palladium Group e cocriador do método de gestão Balanced Scorecard.

É licenciado em Engenharia Elétrica pelo Worcester Polytechnic Institute, mestre em Pesquisa de Operações pelo Instituto de Tecnologia da Flórida e, assim como Kaplan, doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard.

Norton começou a sua carreira na indústria em 1975, fundando com Richard L. Nolan a empresa de consultoria Nolan, Norton & Co. Em 1992, Norton fundou outra organização, a Renaissance Solutions, e atuou como diretor presidente.

Ele também cofundou, com Robert S. Kaplan, a Software ESM Group, rebatizada como o Palladium Group,
e ali atuou como diretor executivo até 2007. Em 2015, o Palladium Group foi adquirido pelo GRM Internacional e rebatizada como Palladium International. Norton e Kaplan permanecem filiados a ela.

Junto com Robert Kaplan, Norton é coautor de oito artigos que foram publicados na Harvard Business Review (HBR) e seis livros, sendo os mais recentes: Digital Context 2.0: Seven Lessons in Business Strategy, Consumer Behavior e Internet of Things. Seus livros venderam mais de um milhão de cópias em 23 idiomas.

David Norton foi eleito um dos 12 pensadores mais influentes do mundo pelo Sun Top Media Thinkers 50 em 2007. Em 2008, recebeu junto com Robert Kaplan o Prêmio de Aprendizado e Desempenho no Local de Trabalho da Sociedade Americana de Treinamento e Desenvolvimento (ASTD).

Você quer saber qual o motivo que tornou os dois teóricos tão famosos no meio da gestão e dos negócios? Continue lendo para descobrir!

O legado de Kaplan e Norton: conheça o Balanced Scorecard

Na década de 90, os teóricos Kaplan e Norton decidiram estudar o jeito que as empresas americanas estruturavam suas estratégias. Selecionaram algumas organizações e dividiram elas em dois grupos.

As empresas do primeiro grupo baseavam a análise do negócio apenas em indicadores financeiros. Já as do segundo grupo baseavam a análise do negócio na relação entre indicadores financeiros e indicadores operacionais. Ao final do estudo, a conclusão foi de que o grupo que relacionava tanto indicadores financeiros como operacionais apresentava maior desempenho e resultados positivos do que o grupo que não relacionava.

Por isso, Kaplan e Norton concluíram que a melhor solução para o acompanhamento da evolução do negócio era relacionar vários indicadores diferentes. Desse modo, os gestores teriam uma visão mais ampla da performance e poderiam identificar as causas de queda ou aumento em um indicador e os efeitos disso nos demais indicadores.

Por exemplo: se a área de capacitação e treinamento dos funcionários recebe investimento, é provável que o indicador de satisfação dos clientes suba. Ou seja, tendo funcionários mais capacitados, os produtos ou serviços terão mais qualidade e os clientes ficarão mais satisfeitos.  É disso que Kaplan e Norton falam quando destacam a importância de analisar os indicadores financeiros e não financeiros.

Neste sentido, os teóricos sugerem quatro perspectivas de análise: a financeira, a do cliente, a de processos internos e a de aprendizagem e crescimento.

bsc de processos

Com o BSC, Kaplan e Norton explicam que o gestor poderá entender sua estratégia, transformá-la em um conjunto de indicadores correlacionados e executar ações para alcançar as metas estabelecidas para cada indicador. A partir dessa ideia, Kaplan e Norton publicaram 5 obras sobre a execução da estratégia. Você já ouviu falar de algum destes livros?

Publicações de Kaplan e Norton sobre o Balanced Scorecard

Livros Kaplan e Norton

The Balanced Scorecard (1996) — No Brasil, “A Estratégia em Ação”

Após a publicação do artigo “O Balanced Scorecard: medidas que impulsionam o desempenho”, que deu origem ao BSC, Kaplan e Norton desenvolveram o BSC mais a fundo em formato de livro, publicado em 1996. O elemento principal dessa obra é, como o nome indica, a tradução da estratégia em ações, utilizando o Balanced Scorecard para fazer essa estruturação.

The Strategy-Focused Organization (2000) — No Brasil, “Organização Orientada Para a Estratégia”

Quatro anos depois, Kaplan e Norton desenvolvem o conceito do Balanced Scorecard como uma ferramenta conhecida por todos os envolvidos no processo de execução da estratégia, não apenas pela diretoria da organização. Para isso, os autores compartilham as conclusões de uma nova pesquisa que fizeram com mais de 200 organizações americanas que implementaram o Balanced Scorecard.

A aplicação prática do BSC permitiu que a ferramenta fosse desenvolvida e aperfeiçoada. Por isso, neste livro Kaplan e Norton atualizam o conceito do BSC e detalham os passos para que ele seja implementado.

Strategic Maps (2004) — No Brasil, “Mapas Estratégicos”

Nesta publicação, Kaplan e Norton adicionam o mapa estratégico ao Balanced Scorecard. Essa ferramenta auxilia no processo de descrever, mensurar e alinhar indicadores operacionais e financeiros, melhorando a visualização do desempenho.

Os autores defendem que não se pode gerenciar aquilo que não se mede. Por isso, explicam como fazer os mapas estratégicos e como eles podem ajudar as organizações a tirar suas estratégias do papel, mostrando exemplos de dezenas de empresas que adotaram esse método.

CTA - [Canvas] Mapa estratégico personalizável

The Execution Premium (2008) — No Brasil, “A Execução Premium”

Em “A Execução Premium”, Kaplan e Norton apresentam uma estrutura que promete preencher o espaço entre o planejamento estratégico e a execução da estratégia. Os autores mostram que, embora já existam ferramentas para a aplicação da estratégia (como o mapa estratégico e o Balanced Scorecard), ainda não há uma estrutura que interligue os elementos de sua execução.

Por isso, apresentam o Office Management System (OSM), ou em português, Unidade de Gestão Estratégica (UGE), recurso capaz de integrar e gerenciar os elementos necessários para a execução da estratégia.

Alignment (2016) — No Brasil, “Alinhamento”

Depois de explicar todos os passos da implementação do Balanced Scorecard, como montar mapas estratégicos e destacar a importância de uma Unidade de Gestão Estratégica, Kaplan e Norton chamam a atenção para o alinhamento entre os colaboradores e a estratégia da organização. Neste livro, os autores mostram a importância da coordenação das diferentes unidades de uma organização e explicam como corrigir a falta de alinhamento organizacional, relacionando esses fatores ao sucesso da execução da estratégia. Vale a leitura!

Agora que você já conhece essas publicações de Kaplan e Norton, consegue imaginar porque eles são tão importantes, não é mesmo? A seguir, você pode conferir um resumo da contribuição desses dois teóricos para o campo da administração.

Por que Kaplan e Norton são lidos até hoje?

Pela vasta experiência que acumulam com pesquisa e gestão em mais de 300 organizações, é claro que Kaplan e Norton têm credibilidade quando falam em execução de estratégia. A aplicação em massa do Balanced Scorecard fez com que o método fosse aperfeiçoado e otimizado com o passar do tempo. Neste sentido, as publicações de Kaplan e Norton permitem o acesso e o conhecimento da ferramenta, para que qualquer pessoa possa aplicá-la na sua organização.

Tendo em vista que ter e conseguir executar uma estratégia é indispensável a qualquer empresa que deseja crescer, o Balanced Scorecard sempre será relevante, afinal, essa ferramenta facilita a estruturação e a execução da estratégia. Por isso Kaplan e Norton são tão importantes, pois mostram aos gestores como lidar com sua estratégia e como tirá-la do papel. Quer saber mais sobre BSC? Assista ao nosso webinar gratuito e entenda como funciona o Balanced Scorecard!

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Planejamento Estratégico: entenda como criar e gerenciar a estratégia da sua organização!

Planejamento Estratégico é o processo de elaborar a estratégia de uma organização e definir como ela pode ser alcançada. 

Desde o tempo das guerras, a humanidade já utilizava o planejamento estratégico para vencer batalhas difíceis. Dessa forma, os soldados eram preparados para entender o que deveria ser feito, por que deveria ser feito e como deveria ser feito.

Com o tempo, essa mesma lógica passou a ser aplicada também no campo da administração de empresas. A partir desse momento, as organizações começaram a pensar mais profundamente nas suas táticas de jogo.

Se você parar um minuto e pensar, verá que existem muitas semelhanças entre um campo de batalha e o mercado. Mas como vencer os adversários em um cenário cada vez mais competitivo? Quais as melhores práticas para alcançar o sucesso com agilidade e resiliência? Isso é o que vamos te explicar nesse texto!

Então, se você deseja saber mais sobre planejamento estratégico, qual sua importância e como fazer um para seu negócio, continue a leitura!

O que é Planejamento Estratégico?

O planejamento estratégico funciona como um GPS, que aponta o melhor caminho para alcançar um destino. Em outras palavras, a empresa reconhece a situação atual e faz uma projeção de futuro, isto é, como ela deseja estar daqui a alguns anos.

Logo, o planejamento requer, em primeiro lugar, a definição de uma visão de futuro.

Você já ouviu a frase: “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve?”. Pois é a mais pura verdade! Se você não sabe para onde quer ir, fica difícil estabelecer uma rota. Por isso, definir uma visão de futuro é essencial.

A partir do destino desejado, monta-se o caminho que deverá ser seguido. Se no meio do caminho alguma rua estiver interditada, será preciso ajustar a rota.

Ainda não ficou muito claro a definição de planejamento estratégico? Então, veja no tópico a seguir suas principais características!

7 características do Planejamento Estratégico

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1. Exige esforço organizacional contínuo

No meio organizacional, existe a falsa impressão de que planejar a estratégia cabe apenas ao comitê estratégico, mas isso não passa de uma ideia equivocada.

Para que os objetivos sejam atingidos é necessário o envolvimento de todos os colaboradores. É claro que uns participarão com mais intensidade do que os outros. Mas, ainda assim, o planejamento estratégico deve ser uma conquista coletiva

2. Requer leitura compartilhada da organização e do ambiente

Já que o planejamento estratégico exige esforço coletivo, é preciso que todos tenham acesso às mesmas informações e possuam uma visão comum do negócio. A ideia é utilizar as diferentes visões e opiniões como potencial criativo, assim é possível construir pontos de conexão de ideias. E a partir disso, aumentar as chances de se montar uma estratégia nova e diferenciada.

3. Pressupõe uma vantagem competitiva

Para organizações com fins lucrativos, a vantagem competitiva é a relação de benefícios percebidos pelo cliente ao final da sua jornada de compra. Normalmente ela é determinante na hora do cliente escolher por uma empresa X ou Y. A vantagem competitiva é também o coração do planejamento estratégico, já que todo plano vai se estruturar em torno dela.

Sem um diferencial fica quase impossível competir no mercado.

4. Traduz a estratégia em iniciativas concretas

A estratégia de uma organização deve ser desdobrada em partes menores para que ela seja factível e alcançável. Na formulação estratégica constam as iniciativas estratégicas, os temas e objetivos, ou seja, o “O que” será feito. Já o planejamento detalha o “Como” será feito, utilizando-se de planos de ação, projetos e programas

5. Integra todas as camadas da organização

A troca de conhecimento e experiência é o motor que mantém a organização funcionando a todo vapor. Além disso, o trabalho em equipe é a única maneira possível de atingir os objetivos de uma empresa. Sem esforços coordenados e sintonizados, a organização provavelmente não alcançará a estratégia.

6. Conduz a uma visão de negócio futuro

O planejamento estratégico deve perseguir um propósito que reflita as mudanças. O futuro precisa ser melhor que o passado. Nesse sentido, o propósito deve ser válido, factível, interessante e difícil. Equilíbrio é a palavra-chave nesse momento. É normal que cada área da organização deseje aparecer no planejamento estratégico, mas é preciso focar naquilo que realmente importa e traz resultados a longo prazo

7. Demanda monitoramento do percurso

O planejamento estratégico permite ajustes na rota. Pois, ainda que seja feito um planejamento muito bem elaborado, existem alguns fatores externos sobre os quais não se tem controle. Esses fatores externos podem influenciar de formas diferentes na estratégia organizacional e, algumas vezes, podem ser necessárias adaptações. Para isso, é preciso ficar ligado e acompanhar a execução

Agora que você já conhece o que é o planejamento estratégico e quais suas principais características, vamos trazer uma classificação dos diferentes tipos de planejamento no próximo tópico. Dessa forma, você poderá identificar qual tipo a sua organização precisa no momento. Confira:

Tipos de Planejamento Estratégico

Embora não exista consenso quanto às nomenclaturas, o planejamento estratégico pode ser classificado de 3 formas: nível organizacional, profundidade e abordagem. Veja cada uma delas a seguir:

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Nível Organizacional

É a classificação feita de acordo com a posição hierárquica da empresa. Está dividida em três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional.

Planejamento Estratégico

É aquele que se refere ao negócio ou a uma visão macro da organização. Pode ser dividido de duas maneiras: planejamento estratégico de negócio ou planejamento estratégico corporativo.

O Planejamento estratégico de negócio trata de um negócio específico. Mesmo em caso de empresas com mais de um negócio, é necessário fazer um plano para cada.

Já o Planejamento Estratégico Corporativo aborda a estratégia de forma geral, estabelecendo linhas gerais para os vários negócios. Pode ser usado como complemento dos planejamentos de negócio, funcionando como guia.

Planejamento Tático

Determina como a estratégia será executada em determinado contexto. Esse tipo de planejamento pode focar em um setor da empresa, em um indivíduo ou uma subdivisão de negócio, a ideia é ser mais específico.

Planejamento Operacional

Não é exatamente um tipo de planejamento estratégico, mas pode afetar a operação. Responsável por garantir que os processos da organização estejam em concordância com os objetivos estratégicos.

Profundidade

É a classificação do planejamento estratégico feita de acordo com o grau de transformação de negócio. Pode ser dividida em: renovação estratégica, atualização da estratégia e replanejamento estratégico

Renovação Estratégica

Consiste em redescobrir o negócio. Normalmente é feita quando os líderes estão insatisfeitos com a organização ou quando alguma instabilidade grave se aproxima. Na renovação estratégica, existe um grande senso de urgência para que as mudanças aconteçam.

Atualização da Estratégia

É o contrário da renovação estratégica. Na atualização, a estratégia se mantém ou se confirma, ainda que sejam feitas pequenas alterações. Esse tipo de planejamento verifica o andamento do plano de execução e foca em resolver os problemas de implementação

Replanejamento Estratégico

É um meio-termo entre a renovação e atualização. Nesse tipo de planejamento o impacto das mudanças é muito imprevisível. Pode ser que o planejamento mude drasticamente ou que ele apenas sofra algumas alterações.

Abordagem

É a classificação feita de acordo com o jeito de fazer. Ela contempla duas formas: a clássica/tradicional e a contemporânea

A clássica/tradicional faz uso de metodologias e ferramentas consolidadas no campo acadêmico. Normalmente esse tipo de abordagem foca na resolução de problemas.

Já a contemporânea utiliza metodologias mais modernas na construção do planejamento estratégico, como o Design Thinking, por exemplo.


Como fazer um Planejamento Estratégico

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Agora vamos te explicar cada uma dessas 4 etapas e te contar quais ações tomar em cada uma delas, confira:

1. Avaliação de Ambiente

Consiste na coleta de informações sobre o ambiente interno e externo da empresa. Fornece um panorama dos desafios que a organização enfrentará por causa do mercado e por causa de suas fragilidades de negócio.

Na avaliação de ambiente externo são analisados aspectos como cenário econômico, político e social, comportamento do público-alvo e tendências para o ramo da empresa, mercado, concorrentes, variáveis que vão além dos muros da empresa. Já na avaliação de ambiente interno são analisados pontos fortes e fracos da organização, recursos disponíveis, processos, riscos de negócio, entre outros.

2. Elaboração da Estratégia

Uma das partes mais importantes do planejamento estratégico é pensar a estratégia propriamente dita. Para isso, é preciso ter uma vantagem competitiva bem definida. A vantagem competitiva é aquilo que diferencia uma empresa de outra. Trata-se, portanto, do benefício percebido pelo consumidor. Ou, em outras palavras, a agregação de valor ao cliente.

É também no momento da elaboração da estratégia que são definidos os objetivos estratégicos. Então, para quem usa o Balanced Scorecard (BSC), saiba que sua aplicação começa já nesta etapa.

3. Desenvolvimento do Plano de Execução

O plano de execução é a lista de tudo aquilo que deverá ser feito para alcançar a estratégia pretendida. Ele inclui objetivos, metas, indicadores e iniciativas estratégicas.

  • Objetivo estratégico é o que a empresa deseja alcançar.
  • Indicador estratégico é a mensuração dos resultados de um objetivo ou aspecto do negócio.
  • Meta é a quantificação de um patamar de resultados em um indicador estratégico.
  • Iniciativa estratégica é uma ação, projeto ou programa para executar um objetivo.

Outro ponto muito importante no plano de execução são os acordos de resultados, por meio do qual os participantes alinham expectativas com a empresa.

4. Envolvimento das Pessoas

As pessoas permeiam todas as etapas do planejamento estratégico. Por isso, elas são muito importantes e merecem uma atenção especial. É preciso tornar as pessoas parte da estratégia e estabelecer um canal de comunicação efetiva e transparente com elas. Algumas práticas interessantes para engajar os colaboradores é reforçar missão, visão e valores da empresa, além de apostar em canais de educação, como a universidade corporativa, por exemplo.

Leia o artigo completo e conheça mais sobre as etapas do planejamento estratégico.

Com base nas informações acima você consegue ter mais ou menos uma ideia de qual tipo de planejamento você precisa fazer e quais as etapas necessárias para a sua construção. Agora, vamos te dar algumas dicas de como potencializar seu planejamento estratégico!

Dicas para montar seu Planejamento Estratégico

Você já sabe como fazer um planejamento etapa por etapa, no entanto para que ele tenha sucesso, você precisa garantir que os itens abaixo fazem parte dele. Confira quais são:

1. Escolha as pessoas que serão envolvidas

Selecionar criteriosamente os profissionais que participarão do planejamento estratégico é uma tarefa que exige atenção. Existem alguns papéis e estruturas que precisam ser contemplados no comitê estratégico. Nesta lista está o patrocinador, o mediador, o comitê estratégico e os grupos de trabalho.

  • O patrocinador é responsável por assegurar que a elaboração do planejamento estratégico seja uma prioridade da empresa.
  • O mediador é aquele que conduz as reuniões estratégicas e facilita as discussões do comitê estratégico.
  • O comitê estratégico é o grupo responsável por tomar decisões no planejamento estratégico. Geralmente é composto pelo alto escalão da empresa.
  • Os grupos de trabalho são equipes que participam de uma parte do planejamento estratégico. São compostos por colaboradores que possuem conhecimento especializado em algum assunto que o comitê estratégico não domina.

2. Planeje o ambiente dos encontros

Além de buscar conciliar as agendas do comitê estratégico, como já mencionamos, é preciso se atentar ao local onde ocorrerão as reuniões. Certifique-se de que seja um local agradável e adequado para o tipo de planejamento estratégico que será produzido. Por exemplo, se você for utilizar uma abordagem contemporânea que trabalhe com gestão visual, pode ser que precise de recursos como flipcharts, cartazes, notas autoadesivas… Então, coloque tudo na ponta do lápis para não ficar faltando nada!

3. Escolha as ferramentas certas

Todo bom planejamento utiliza algumas ferramentas na sua construção. Essas ferramentas podem tratar de diversas questões, como: inteligência de mercado, performance management, gerenciamento de projetos, gerenciamento eletrônico de documentos etc.

Existem muitas ferramentas no mercado e a opção por algumas delas deve ser discutida individualmente. Tudo vai depender das necessidades da sua empresa e do tipo de planejamento estratégico que será feito. Então, na hora de escolher, tenha bem claro na sua mente o que você espera da ferramenta. Isso vai ajudar muito.

Bem, depois de tudo que explicamos, se você ainda não está convencido que o planejamento estratégico é essencial para a sua empresa, aqui vai uma lista com todos os benefícios que ele traz:

Importância do Planejamento Estratégico

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1. Resume o propósito da organização

O propósito é aquilo que a empresa deseja alcançar ou atingir. O planejamento estratégico proporciona uma análise sobre o presente e reflete sobre como as ações feitas hoje impactam no futuro. Por isso dizemos que ele resume o propósito da organização e possibilita uma leitura comum da empresa

2. Melhora o entendimento da estratégia

Com um planejamento estratégico bem estruturado, é possível aumentar a compreensão dos colaboradores sobre a estratégia da empresa. Isso porque o planejamento envolve todo um processo de integração e discussão da estratégia em grupos de trabalho. Dessa forma, as pessoas participam e se engajam mais. Uma boa maneira de facilitar o entendimento da estratégia é dividi-la em grandes temas, como Internacionalização ou Expansão Geográfica, por exemplo.

3. Detalha a execução da estratégia

O planejamento estratégico divide a estratégia em objetivos, indicadores e iniciativas estratégicas. Esse exercício de detalhamento torna o planejamento executável, pois pega um grande tema abstrato e o transforma em uma ação prática. Um planejamento desdobrado em partes menores deixa de ser um bicho de sete cabeças e traz as ações para o dia a dia da empresa.

4. Motiva as pessoas na busca pela visão de futuro

Uma das contribuições do planejamento estratégico gira em torno de trazer visibilidade para as principais informações acerca da estratégia. Se as pessoas compreenderem o papel delas no futuro da empresa, se sentirão mais motivadas a perseguir as metas

5. Define a governança de execução da estratégia

Também é função do planejamento estratégico definir uma governança de execução para a estratégia. Isso significa criar políticas e regras que garantam que as pessoas ajam em função do interesse coletivo (da empresa) em vez de seus próprios interesses. A governança de execução da estratégia estabelece processos e responsabilidades e fornece mais controle sobre o andamento do planejamento.

6. Produz um modelo de execução flexível

Flexibilidade é a capacidade do planejamento se adaptar às mudanças, e isso é ótimo. É diferente de volatilidade, que caracteriza um planejamento que muda com facilidade, pois não consegue se sustentar. A flexibilidade é essencial para a execução da estratégia, pois existem variáveis que não podem ser previstas. As variáveis de mercado, por exemplo, se enquadram bem nessa definição.

7. Diferencia estratégia da operação

É claro que a estratégia e a operação estão interligadas. Contudo, existem momentos em que elas precisam ser separadas. Um desses momentos é durante o planejamento estratégico. Sem essa separação pode ser que a operação acabe consumido todo o tempo que deveria ser dedicado à estratégia. O segredo aqui é equilíbrio. Então, mantenha um olho no peixe e outro no gato!

E por último, mas não menos importante, temos um tópico bônus para te ajudar a entender a estratégia que melhor atende ao seu negócio. Aproveite a leitura!

Estratégias Competitivas para considerar no Planejamento Estratégico

Uma estratégia competitiva é a forma que uma organização compete no mercado. Isso inclui como ela se comporta em relação aos concorrentes e qual o seu tipo de vantagem sobre eles. Portanto, a estratégia competitiva se refere à posição estratégica de competição no mercado que uma empresa adota.

Sendo assim, trata-se essencialmente de um processo de construção e proteção de uma vantagem competitiva única, valiosa para o mercado, aproveitada pela organização e difícil de copiar pelos concorrentes.

A estratégia pode ser construída “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”:

  • Estratégia “de fora para dentro”: é aquela que olha primeiro para o mercado para depois pensar em formas de competir que estejam dentro dos seus limites.
  • Estratégia “de dentro para fora”: é aquela que olha primeiro para os recursos e capacidades da empresa para depois pensar nas exigências do mercado.

É importante ressaltar que essas duas visões são complementares. Ambas têm algo a contribuir com o planejamento, portanto, não são excludentes.

Mas, como saber qual a estratégia competitiva da sua organização?

Para descobrir qual o comportamento estratégico do seu negócio é necessário olhar para o passado e analisar como a sua empresa chegou onde está.

E para te ajudar nessa missão, preparamos um webinar especial sobre estratégias competitivas. Nele você vai ver em qual perfil de competidor sua organização se encaixa e o que isso representa para sua definição estratégica.

Além disso, você vai ter acesso a:

  • Conceitos de Estratégia;
  • Modelo de Estratégias Genéricas de Miles e Snow;
  • Os 4 tipos competitivos;
  • Como aplicar o modelo em sua organização;
  • E muito mais!

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Como fazer um Planejamento Estratégico de Qualidade

O conceito de estratégia tem origem na área militar. No contexto das guerras, ter uma estratégia bem formulada era fundamental para obter a vitória. Com o passar do tempo, o conceito de estratégia passou a ser aplicado também no campo da administração. Os “inimigos” e as batalhas são diferentes, mas o princípio é o mesmo. Para conseguir obter a vitória é essencial aprender como fazer um planejamento estratégico de qualidade.

Entender esse assunto exige algum estudo prévio sobre as etapas e os tipos de planejamento estratégico. Nesse texto você vai ter uma visão geral desses itens e aprender tudo o que é preciso para elaborar um bom planejamento estratégico para a sua empresa. Navegue no índice ou acompanhe o post na sequência!

Índice:

Boa leitura!

etapas do planejamento estratégico

4 Etapas do Planejamento Estratégico

Não existe um consenso sobre a nomenclatura oficial das etapas do planejamento estratégico. Apesar disso, existem algumas etapas que são comuns à maioria das literaturas e que são indispensáveis para a formulação de um plano. São elas:

1. Avaliação de Ambiente

É o momento de analisar aspectos internos e externos à organização. Espera-se que com as informações levantadas seja possível proporcionar uma leitura compartilhada do negócio. Isso é essencial para criar um ambiente colaborativo e integrado para a construção da estratégia.

A análise de ambiente interno consiste basicamente em identificar os pontos fortes e fracos da organização. Além disso, é necessário mapear os recursos disponíveis e os riscos que a empresa corre. Já a análise de ambiente externo se refere à avaliação dos impactos que fatores exteriores geram no negócio. Aqui está inclusa a observação de fatores sociopolíticos, demográficos, comportamentais, econômicos, entre outros.

Para a avaliação de ambiente é possível contar com ferramentas como:

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2. Elaboração da Estratégia

Essa etapa consiste em formular a estratégia propriamente dita. Por isso, é necessário identificar uma boa vantagem competitiva, que potencialize os pontos fortes do negócio. Nunca é demais lembrar que a vantagem competitiva é um benefício percebido pelo cliente, como, por exemplo: preço, qualidade ou velocidade.

O próximo passo é definir os objetivos estratégicos que devem ser perseguidos para alcançar a visão de futuro desejada. Para quem utiliza o Balanced Scorecard (BSC), esse é o momento de começar a sua aplicação. Vale ressaltar que a metodologia de Kaplan e Norton é mais voltada à execução estratégica do que ao planejamento. Como você pôde observar, o BSC não ajuda na avaliação de ambiente nem na elaboração da vantagem competitiva.

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3. Desenvolvimento do Plano de Execução

O plano de execução é uma lista com tudo o que vai ser feito para pôr a estratégica em prática. Funciona mais ou menos como uma rota traçada em um GPS. Esse documento contêm a relação de objetivos, metas, iniciativas e indicadores estratégicos. Todos esses itens estão interligados e permitem o monitoramento da estratégia.

Observe:

  • Os objetivos estratégicos traduzem a visão da empresa, isto é, aquilo que ela deseja ser no futuro;
  • As metas estratégicas são o patamar de desempenho de um indicador estratégico em momentos específicos, mensurando os objetivos estratégicos;
  • As iniciativas estratégicas são ações, projetos e programas que precisam ser feitos para atingir as metas;

É importante ressaltar que o plano de execução da estratégia também pode ser detalhado em planos auxiliares específicos e por departamento. Outro ponto que deve ser considerado é o incentivo à prestação de contas (accountability).

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4. Envolvimento das Pessoas

Em todas as etapas do planejamento estratégico (e na execução estratégica) há o envolvimento de pessoas. Por isso, é fundamental pensar em práticas que aumentem o engajamento dos colaboradores. Somente com pessoas comprometidas é que a estratégia vai obter sucesso. Afinal de contas, a principal intenção das empresas é planejar para vencer a “batalha” do mercado.

Alguns exemplos de práticas para engajar os colaboradores seriam:

Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo completo sobre as etapas do planejamento estratégico.

O próximo passo para aprender como fazer um planejamento estratégico é conhecer os tipos existentes. Entender as diferenças entre eles é essencial para optar pelo mais adequado à sua organização. Continue acompanhando!

tipos de planejamento estratégico

Tipos de Planejamento Estratégico

Os tipos de planejamento estratégico podem ser classificados considerando três aspectos principais: o nível organizacional, a profundidade e a abordagem. Como você vai ver mais à frente, conhecer esses níveis é muito importante para quem deseja entender como fazer um planejamento estratégico factível e de sucesso.

1. Nível Organizacional

Observa a hierarquia da empresa ao planejar a estratégia. Se divide em:

  • Planejamento Estratégico: trata do negócio ou traz uma visão corporativa da estratégia.
  • Planejamento Tático: detalha o planejamento estratégico considerando unidades de negócio, unidades de suporte, departamentos e/ou indivíduos.
  • Planejamento Operacional: não é exatamente um tipo de planejamento estratégico, mas trata de como o dia a dia pode ser impactado pela estratégia.

2. Profundidade

Observa a intensidade das mudanças do planejamento estratégico. Se divide em:

  • Renovação Estratégica: proporciona uma redescoberta do negócio. Normalmente é feito após a empresa passar por uma situação difícil ou quando há previsão de riscos iminentes.
  • Atualização da Estratégia: confirma e/ou atualiza a estratégia. Exige um esforço menor e geralmente preserva a vantagem competitiva.
  • Replanejamento Estratégico: meio-termo entre a renovação e a atualização, visa repensar a estratégia.

3. Abordagem

Observa a forma de fazer o planejamento estratégico. Se divide em:

  • Clássica/Tradicional: foco na resolução de problemas atuais e problemas futuros. Usam metodologias mais consolidadas.
  • Contemporânea: tem a fusão de metodologias, ferramentas e modelos em seu DNA. Por isso, utiliza práticas multidisciplinares.

 Vale destacar que não existe um consenso sobre a nomenclatura dos tipos de planejamento estratégico. Além disso, é possível observar um mesmo planejamento estratégico sobre esses três aspectos (nível organizacional, profundidade e abordagem). Aliás, isso é até mesmo desejado, pois ajuda a tornar o planejamento mais concreto. Para saber mais, acesse o texto completo sobre tipos de planejamento estratégico.

Dito isso, vamos ao que realmente interessa: como fazer um planejamento estratégico de qualidade.

Conectar pessoas ao planejamento

Como fazer um Planejamento Estratégico

Decidir como preparar um planejamento estratégico é uma tarefa complexa. E por isso mesmo, é fundamental ter a simplicidade como um parâmetro da sua construção. Nesse sentido, é preciso considerar algumas questões:

  • Qual a profundidade a ser adotada no planejamento estratégico?
  • Quais níveis organizacionais serão alvo de planejamento?
  • Qual será a abordagem adotada no planejamento estratégico?

Responder essas perguntas é muito relevante na hora de definir prazo, esforço, fases e colaboradores envolvidos. Depois de determinar o que será feito efetivamente, é hora de botar a mão na massa! Confira 5 passos de como fazer um planejamento estratégico:

1. Escolha as pessoas que serão envolvidas

As pessoas é que fazem a estratégia acontecer. Existem alguns papéis que são fundamentais para a construção do planejamento estratégico. São eles:

Patrocinador

É a pessoa designada para defender a jornada do planejamento estratégico e manter todos focados na visão de futuro da empresa. Em geral deve ser o presidente da empresa, mas pode ter variações, como o presidente do conselho e o diretor financeiro, por exemplo. O patrocinador deve ser alguém com poder, força e interesse na estratégia. Enquanto o patrocinador vai assegurar a priorização do planejamento estratégico, o mediador vai conduzir as reuniões.

Facilitador, Mediador ou o Piloto da Estratégia

É a pessoa escolhida para conduzir reuniões, planejar as pautas e motivar os colaboradores. Também é função do mediador dar ritmo e garantir a qualidade dos trabalhos. Por isso, ele precisa ter capacidade de conduzir um grupo difícil de lidar e força para fazer as coisas acontecerem. Em caso de problemas, o mediador pode acionar o patrocinador para que os dois construam uma solução juntos.

Comitê Estratégico

É o grupo que participará das definições e decisões. Geralmente é composto pelo primeiro escalão da empresa, também chamado de C-Level. Este nível normalmente corresponde aos diretores, mas dependendo do tamanho da empresa também pode incluir gerentes e coordenadores. O importante é que todos os responsáveis pelos processos de negócio estejam presentes (e não representados).

Para que o comitê estratégico consiga tomar as melhores decisões, as pessoas que participam dele devem trabalhar juntas em várias frentes. Isso gera alinhamento e possibilita que todos tenham acesso às mesmas informações. Quando necessário, também é interessante convidar para a discussão pessoas que possuem um conhecimento particular ou uma posição relevante para o foco do planejamento. Por exemplo, o gestor de RH, Marketing ou de Desenvolvimento de Produto não faz parte do alto escalão da empresa, mas tem papel fundamental no negócio.

Grupos de Trabalho

São as equipes que se dedicarão com mais profundidade em questões específicas, que o comitê não terá tempo ou mesmo conhecimento para fazer. Isso se aplica, por exemplo, a pesquisas de mercado, construção de jornadas de clientes, avaliação de clima organizacional, questões de processos de trabalho, tecnologia, capacidade, demanda etc.

Embora os grupos de trabalho não participem do comitê estratégico, isso não diminui a importância deles. Integrar os grupos ao planejamento estratégico exige um certo esforço, mas compensa pela qualidade das informações e pelo engajamento das pessoas.

2. Prepare o calendário de encontros do comitê estratégico

A restrição mais frequente do trabalho é o tempo dos participantes. E, sem agendas marcadas, não existe como fazer um planejamento estratégico. Para contornar esse problema é importante montar um plano de trabalho baseado na disponibilidade do comitê responsável.

No início, é interessante envolver muitas pessoas, descendo alguns níveis na estrutura organizacional. A medida que os trabalhos avançam dá para concentrar os esforços em agendas mais intensas, de 2 a 3 dias. Isso proporciona ritmo e impulsiona as decisões.

O que você precisa fazer para a execução do seu planejamento estratégico funcionar

Normalmente, as pessoas ficam muito inseguras em montar uma agenda sem a clareza de como será o processo. Contudo, isso pode ser resolvido com:

  • A adaptação do conteúdo das reuniões de acordo com os encontros disponíveis, com a possibilidade incluir novas atividades e ferramentas;
  • A renegociação dos encontros com os envolvidos (embora isso não seja desejado).

Então, reserve as datas o quanto antes e cobre o comprometimento das pessoas!

3. Planeje o ambiente dos encontros

Pensar no local em que ocorrerão as reuniões estratégicas é muito importante. É claro que a escolha do lugar vai depender do orçamento disponível, mas é interessante analisar as opções cuidadosamente. Existem alguns critérios que você pode utilizar na hora de procurar o melhor local. Você pode se perguntar, por exemplo, se o ele oferece o isolamento necessário para o comitê estratégico. É preciso evitar muitas interrupções durante os encontros.

CTA-Cerimônias-Necessárias-para-Manter-o-Planejamento-Estratégico

Dependendo do comportamento e das características do grupo, talvez seja necessário considerar um local mais afastado. Isso significa desativar o Wi-Fi e desligar os smartphones. Outro benefício de realizar os encontros estratégicos em um ambiente externo, como um hotel, é o aumento da intimidade do grupo. Para que a criatividade flua e as reuniões sejam produtivas é interessante criar proximidade entre pessoas. Por isso, proporcione a elas momentos descontraídos e de conversa amigável.

Ah, e se você for utilizar metodologias modernas de planejamento, não esqueça de prever um ambiente compatível. Lembre-se de providenciar lousas, flipcharts, post-its, cartazes e tudo mais que for necessário para que o ambiente fique bacana. Não existe como fazer um planejamento estratégico sem os apetrechos necessários.

ferramentas do planejamento estratégico

4. Escolha as ferramentas certas

Alguns momentos da construção do planejamento estratégico vão demandar a utilização de ferramentas de apoio. Abaixo listamos alguns tipos de ferramentas que podem te ajudar como fazer um planejamento estratégico:

Business Intelligence (BI)

Compreende ferramentas que ajudam a gerar gráficos e explorar informações. No planejamento estratégico podem ser utilizadas para responder dúvidas pontuais que surjam durante a reunião. A principal relevância do Business Intelligence é que ele fornece informações confiáveis que auxiliam na tomada de decisão. Por meio dele podem ser feitas análises mais assertivas e qualificadas. Este tópico também inclui planilhas, tabelas dinâmicas, gráficos e tabelas soltas.

Performance Management

São todas as ferramentas utilizadas para gerenciar a performance. Elas devem administrar os indicadores-chave de desempenho (KPIs) e descrever as metas, os responsáveis por elas e conectar as ações aos indicadores. É importante ressaltar que as ferramentas de Business Intelligence não cumprem o papel de gestão. Elas se limitam a apresentar os dados visualmente e ajudam na coleta de informações. Portanto, são coisas diferentes.

Gerenciamento de Projetos

Compreende as ferramentas para gerenciar iniciativas estratégicas, que normalmente são projetos e programas. Essas ferramentas ajudam a administrar atividades e responsabilidades, facilitando os trabalhos de monitoramento da execução. Aqui estão incluídos, por exemplo, softwares de gestão de projetos – como o Artia.

GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos)

Como o próprio nome sugere, se refere aos portais que podem ser utilizados para guardar os documentos do planejamento estratégico. As maiores vantagens das ferramentas GED são as permissões de acesso e o controle das versões dos documentos. Dessa forma, as informações estarão disponíveis no momento certo para as pessoas certas, proporcionando transparência no processo de planejamento estratégico.

Importante: Algumas ferramentas conseguem cumprir várias funções ao mesmo tempo, como é o caso dos softwares de planejamento estratégico. Embora as ferramentas mencionadas acima ajudem muito, o uso delas não é obrigatório.

Cta teste de hipótese

5. Motive e comunique as pessoas

Como fazer um planejamento estratégico sem a participação dos colaboradores? Ainda na preparação dos trabalhos, é possível desenvolver ações para comunicar, envolver e motivar as pessoas.

Existem organizações que optam por adotar uma temática para o planejamento estratégico, a fim de mostrar a sua relevância. Afinal, atividades lúdicas ajudam os colaboradores a entender o momento pelo qual a empresa está passando e a valorizar esse processo. Por isso, é muito comum a contratação de uma agência de comunicação para ajudar a criar este universo particular.

Recentemente, lançamos um episódio do AceleraCast falando sobre planejamento estratégico em tempos de covid-19. É um conteúdo bem rico, garanto que vai te ajudar muito:

Esperamos que essas cinco dicas tenham ajudado você a entender como fazer um planejamento estratégico de qualidade. Contudo, é importante dizer que cada organização possui suas opções, que vão depender do momento que a empresa vive, da capacidade financeira e da cultura organizacional.

Saiba mais sobre o assunto no nosso post completo Planejamento Estratégico: o Guia Definitivo para criar e gerenciar a estratégia da sua organização ou, se preferir, faça o download desse conteúdo em formato de e-book.E-book Planejamento Estratégico


Confira também como a Euax Consulting pode ajudar na elaboração do Planejamento Estratégico através da nossa especialidade: Consultoria em Estratégia!

O que é Estratégia Competitiva e qual é a da sua organização

A longevidade de uma organização está diretamente ligada à sua capacidade de competir no mercado. Superar ou neutralizar a concorrência é uma prática que faz parte do cotidiano das empresas. Por isso, elas costumam adotar uma estratégia competitiva. Mas você conhece o significado desse conceito e consegue identificar em qual perfil competitivo a sua organização se encaixa?

Neste post você vai ler:


Vamos lá!

O que é uma Estratégia Competitiva?

Uma estratégia competitiva é a forma que uma organização compete no mercado. Isso inclui como ela se comporta em relação aos concorrentes e qual o seu tipo de vantagem sobre eles.

Portanto, a estratégia competitiva se refere a uma posição estratégica de competição no mercado, sempre pensando em uma visão de futuro. A estratégia pode ser construída “de fora para dentro” ou “de dentro para fora”, como veremos a seguir.

Estratégia “de fora para dentro” vs. Estratégia “de dentro para fora”

Estratégia de fora para dentro

Defende que a compreensão da estratégia é dada a partir da análise externa, isto é, do estudo sobre o mercado. Nessa perspectiva, a empresa deve pesquisar sobre o mercado, entende-lo e, então, descobrir uma forma de competir. Para aumentar as chances na disputa, é preciso que a organização defina a sua vantagem competitiva. Assim ela participa do jogo estando à frente de seus concorrentes.

Então neste tipo de abordagem, é comum que a organização:

  • Adapte-se frente ao que o mercado exige, independentemente de suas competências ou capacidades, ou seja, o mercado impera, não a própria organização;
  • Busque adequar a estrutura de concorrência do mercado, buscando formas de eliminar, enfraquecer ou deslocar concorrentes para que possa ter maior flexibilidade de atuação e de preços;
  • Tente práticas de alianças com a cadeia produtiva e mesmo com correntes visando também facilitar o posicionamento, prática frequentemente inibida por legislação e regulações por possivelmente caracterizar a cartelização (oligopólios ou monopólios).
CTA-Estratégias-competitivas-qual-é-o-comportamento-estratégico-da-sua-organização

A abordagem “de fora para dentro” foi popularizada por Michael Porter, professor da Harvard University e autor do livro Competitive Strategy (1980). Porter é considerado um marco nos estudos sobre estratégia. Nesse sentido, suas contribuições acadêmicas mais notáveis foram os Tipos Genéricos de Estratégia e as 5 Forças de Porter.

Vale destacar que a abordagem de Porter foi inspirada nos estudos de Edward Sagendorph Mason, também professor da Harvard University. Nos anos 30, Mason dedicava-se a pesquisar o modelo Structure Conduct Performance (Estrutura-Conduta-Desempenho), mais conhecido como . Foi a partir daí que surgiu também a famosa Tipologia Estratégica de Miles & Snow (1978).

Estratégia de dentro para fora

Defende que a compreensão da estratégia é dada a partir da percepção dos recursos da empresa. Significa buscar dentro da organização aquilo que a diferencia das demais. Nessa perspectiva, o mercado de atuação é escolhido em função das capacidades organizacionais. Portanto, é o ambiente interno que proporciona competitividade.

Esse tipo de abordagem:

  • Trabalha para construir capacidades e recursos internos valiosos e difíceis de copiar por concorrentes;
  • Empreende grande energia para manter sua fonte competitiva interna (a grande característica aqui) protegida e salva dos concorrentes;
  • Trabalha para desenvolver novas capacidades para substituir antigas quando puderem ser copiadas por concorrentes.

A linha de pensamento “de dentro para fora” tem origem na Visão Baseada em Recursos (VBR), teoria estudada pela economista Edith Penrose e publicada em seu livro The Theory of the Growth of the Firm (1959), principal referência em VBR.

A economista Dorothy Leonard-Barton, também da Harvard University, foi outra que adotou a abordagem “de dentro para fora”. Isso fica evidente em seus estudos sobre as Capacidades Dinâmicas (1992). Além disso, os pesquisadores Gary Hamel e C.K. Prahalad também foram fortes defensores desta abordagem em seus estudos sobre Core Competencies.

Precisa mesmo escolher uma abordagem?

caminho complexo caminho reflexivo

Quando se fala em abordagens estratégicas não existe o certo e o errado. Existem opções que cada organização deve fazer. Além disso, a construção da estratégia competitiva e o posicionamento de mercado podem se basear nas duas visões, afinal, cada abordagem fornece uma contribuição diferente. Contudo, é sempre importante lembrar que a competitividade de forma geral é construída a partir de mudanças!

Mas como descobrir qual a Estratégia Competitiva da sua organização?

Se a sua organização não construiu de forma deliberada, proposital e explícita uma posição competitiva, existem duas formas de reconhecer a estratégia construída de forma empírica pela organização: pelo caminho complexo ou pelo caminho reflexivo. Conheça-os abaixo:

O Caminho Complexo

Trata-se de analisar o mercado em que a organização está inserida. Isso inclui:

a) avaliar o tamanho mercado e quanto cada empresa que disputa nele tem de market share;
b) entender o motivo da competição e compreender a posição (atual ou futura) da empresa na disputa.

Portanto, o caminho complexo exige uma investigação de análise de mercado profunda.

O Caminho Reflexivo

Nem todas as empresas têm condições de seguir pelo caminho complexo. Então, outra forma de descobrir a estratégia competitiva da sua organização é utilizar alguns modelos existentes no mercado.

Há dois modelos de avaliação clássicos que se destacam: as Estratégias Genéricas de Porter e a Tipologia Estratégia de Miles & Snow. Ambos ajudam a refletir sobre o posicionamento estratégico e, como são metodologias diferentes, podem trazer conclusões distintas.

Importante: alguns modelos para descobrir a estratégia competitiva podem não ser muito úteis para algumas empresas. Isso porque esses modelos são bastante questionados por sua tentativa de generalizar algo tão complexo como a estratégia empresarial.

estratégia competitiva michael porter

Outro ponto importante é que se a posição competitiva for estabelecida “de dentro para fora”, os modelos que apresentaremos a seguir provavelmente não serão os mais adequados. Mesmo assim, é interessante conhece-los, pois refletir sobre a estratégia é sempre algo positivo.

Estratégias Genéricas de Porter


Michael Porter elenca três estratégias genéricas: custo total, diferenciação e enfoque.

1. Custo Total

É quando uma empresa busca se diferenciar pelo preço baixo. Por isso, ela precisa fazer mais com menos, uma vez que seu lucro está bastante ligado à sua capacidade de reduzir gastos com atividades que não geram valor. Uma organização que possui liderança por custo total oferece produtos padronizados com padrões mínimos de qualidade. Portanto, consegue atender a diversos segmentos de mercado.

Seguem algumas características observadas em organizações que seguem essa estratégia competitiva:

  • Possuem grande estrutura ou nenhuma estrutura;
  • Controlam minuciosamente o orçamento;
  • Perseguem a otimização de processos;
  • Utilizam sua experiência de produção para descobrir novas maneiras de otimizar o trabalho;
  • Desenvolvem produtos voltados para produção em larga escala;
  • Fazem distribuição de baixo custo;
  • Usam metas quantitativas para motivar os colaboradores.

2. Diferenciação

Estratégia genérica que trabalha muito com a percepção de valor do cliente sobre um produto ou serviço. Sua busca é focada na criação de produtos e serviços únicos, diferentes e exclusivos. Normalmente, empresas que adotam esse tipo de estratégia competitiva conseguem aumentar seus lucros. Com o valor agregado, é possível cobrar um preço maior pelo produto sem perder espaço no mercado.

Seguem algumas características observadas em organizações que seguem esta estratégia competitiva:

  • Realizam grandes esforços de projeção de marca;
  • Investem fortemente em engenharia de produtos;
  • Conectam Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento;
  • Possuem liderança em qualidade, inovação e tecnologia;
  • Superam as expectativas dos clientes;
  • Investigam de forma consistente a experiência do cliente;
  • Geram produtos com procedência conhecida e alta qualidade.
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3. Enfoque

É quando uma organização atende a uma demanda específica ou a um nicho de mercado. A segmentação pode ser feita por mercado geográfico, faixa de renda ou faixa etária, por exemplo. Empresas que adotam o enfoque como estratégia genérica normalmente possuem pouca participação no mercado global, mas são líderes na sua faixa de mercado.

A estratégia genérica de enfoque tem ligação com as duas estratégias anteriores. Ela é subdividida em: enfoque no custo e enfoque na diferenciação. Cada uma dessas subdivisões apresenta as mesmas características mencionadas anteriormente, contudo são aplicadas a um nicho ou segmento.

Independentemente da estratégia genérica adotada existem diversos riscos envolvidos, como imitação pelos concorrentes e mudanças tecnológicas, por exemplo. Por isso, tome cuidado!

tipologia estratégica de miles e snow

Outro modelo de estratégia competitiva foi pensado pelos pesquisadores Raymond E. Miles e Charles C. Snow. É o que veremos a seguir.

Tipologia Estratégica de Miles & Snow


Miles e Snow estabelecem quatro tipos de estratégias competitivas: defensiva, prospectora, analítica e reativa.

1. Defensiva

Organização que foca em ser a melhor em um mercado ou produto específico. Portanto, são empresas centralizadoras, que mantêm alto controle da organização. Justamente por serem especialistas naquilo que fazem, as organizações que adotam uma estratégia defensiva conseguem praticar os melhores preços. E mesmo que elas estejam com um preço abaixo do mercado, ainda assim conseguem ter lucro, pois possuem os menores custos.

O lado negativo é que, por serem líderes de mercado, essas empresas são lentas para dar respostas às mudanças do mercado. Então, alterações no comportamento dos clientes podem afetar esse tipo de organização de forma mais brusca.

2. Prospectora


Está sempre desbravando novos mercados e procurando por inovações. Esse tipo de organização promove instabilidades no mercado, justamente por causa de seu alto investimento em pesquisa e desenvolvimento. Se não tomar cuidado, o excesso de P&D pode afetar na lucratividade da empresa.

3. Analítica


Esse tipo de organização é uma espécie de mistura da estratégia defensiva com a estratégia prospectora. Ela opera em dois tipos de mercado: um estável e outro dinâmico. Para esse tipo de empresa, é essencial monitorar os movimentos de clientes e concorrentes. O problema desse tipo de estratégia é que ficar “em cima do muro” por muito tempo pode acabar amedrontando a empresa.

4. Reativa


O modelo reativo não é considerado uma estratégia. Esse tipo de empresa apenas reage às pressões externas. Dessa forma, é incapaz de responder de forma efetiva às turbulências e mudanças. Mesmo que uma organização possua um planejamento estratégico, se ela não tiver o comportamento de quem executa uma estratégia ela pode ser considerada reativa.

Considerações Finais

Uma estratégia competitiva é essencialmente um processo de construção e proteção de uma vantagem competitiva única, valiosa para o mercado, aproveitada pela organização e difícil de copiar pelos concorrentes.

Saber como a sua organização compete no mercado influencia no futuro da empresa. Portanto, este é um trabalho de planejamento estratégico, especialmente se for um esforço focado na Renovação Estratégica (um dos tipos de planejamento estratégico).

Como vimos, tanto a estratégia como a posição competitiva pode ser vista “de fora para dentro” e “de dentro para fora”. É possível adequar a organização às exigências de mercado. Mas também dá para explorar algumas forças, recursos e capacidades internas e orientar o trabalho para um mercado que valorize a vantagem competitiva da empresa.

Aprofunde seus conhecimentos no assunto através do nosso post completo sobre Planejamento Estratégico ou, se preferir, faça o download desse conteúdo clicando no banner abaixo:

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Quais são as Etapas do Planejamento Estratégico?

O planejamento estratégico pode ser entendido como um processo gerencial realizado para elaborar a estratégia da organização. Antes mesmo de avaliar o processo de planejamento estratégico e outras questões sobre sua elaboração, é interessante ter uma visão macro de suas etapas. Dependendo do autor e da literatura consultada, as etapas do planejamento estratégico apresentam variações. Contudo, é possível elencar algumas etapas obrigatórias, que estão contempladas na maioria das metodologias, ainda que com nomes diferentes.

O post de hoje vai te explicar quais são as principais etapas do planejamento estratégico e o que é feito em cada uma delas.

Nesse texto você vai aprender:


Acompanhe!

As Etapas do Planejamento Estratégico

São quatro etapas:

  1. Avaliação de ambiente
  2. Elaboração da estratégia
  3. Desenvolvimento do plano de execução
  4. Envolvimento das pessoas

Essas etapas são obrigatórias e pular alguma delas pode gerar prejuízos em outra. Confira o que acontece em cada uma das etapas do planejamento estratégico:

Etapa 1 - Avaliação de ambiente

1. Avaliação de Ambiente

A avaliação de ambiente é o momento para coletar informações e construir um consenso sobre a situação atual da empresa. Isso significa criar uma visão compartilhada da organização entre todas as pessoas. Nesse sentido, as informações levantadas podem se referir a aspectos externos e internos.

Análise Externa

Nos aspectos externos verifica-se como os fatores de fora afetam a organização. Eles podem ser fatores políticos, sociais, culturais, econômicos, comportamentais etc. Veja alguns exemplos do que pode ser avaliado:

  • Dados demográficos: idade, gênero, classe social etc.
  • Cenário econômico: quais as condições econômicas atuais? Quais os impactos delas para o negócio?
  • Cenário de inovações tecnológicas: quais as principais novidades no mercado tecnológico? Como o negócio pode se beneficiar dessas inovações?
  • Nível de competitividade do mercado: qual a posição dos concorrentes no mercado? A competição está acirrada?
  • Tendências para o ramo em que a empresa atua: o que os concorrentes estão fazendo? O que é mais provável que aconteça agora?
  • Comportamento do público-alvo: quem é o público-alvo da empresa? O que o público-alvo espera, quais seus desejos e expectativas?

Para a análise externa da organização é comum utilizar o benchmarking. Essa prática é o ato das empresas compararem a si mesmas com outras organizações. Normalmente isso permite identificar o que está funcionando nas outras empresas para tentar reproduzir isso na sua própria estratégia. Não se trata de copiar, mas sim de captar a essência do que dá certo e trabalhar em cima disso.

Outra ferramenta bastante utilizada é a Jornada do Cliente, que permite o mapeamento dos sentimentos dos consumidores ao longo da jornada de compra. Caso você deseje conhecer como funciona a aplicação dessa ferramenta na prática, assista ao nosso webinar gratuito. Ele mostra o uso da jornada do cliente em um caso real na compra de um notebook.

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Análise Interna

Já nos aspectos internos, a organização vai olhar para si e identificar:

  • Pontos fortes e fracos: quais aspectos positivos da empresa podem ser potencializados? Quais os pontos de melhorias?
  • Recursos disponíveis: quais recursos humanos, financeiros e materiais podem ser utilizados?
  • Riscos envolvidos: quais os riscos em que a empresa está envolvida?
  • Entre outros aspectos.

Uma metodologia muito usada para analisar tanto o ambiente interno como o externo é a matriz SWOT, também chamada de F.O.F.A.

SWOT é um acrônimo para:

  • (S)trenghts: análise dos pontos fortes;
  • (W)eaknesses: identificação dos pontos fracos;
  • (O)pportunities: reflexão sobre as oportunidades;
  • (T)hreats: perigos ao negócio.

Para saber mais sobre essa ferramenta de planejamento estratégico, leia o artigo completo sobre matriz SWOT.

Vale ressaltar que a avaliação de ambiente pode exigir a contratação de pessoal externo. Isso porque existem algumas questões que precisam ser tratadas com profundidade. Muitas vezes, o comitê estratégico não possui tempo hábil para lidar com essas questões. Então ter um especialista de fora da empresa ajuda muito.

O que você precisa fazer para a execução do seu planejamento estratégico funcionar

É importante também envolver outras pessoas de dentro da empresa, fora o comitê estratégico e o especialista externo. O restante dos colaboradores precisa se sentir parte do planejamento, mesmo que só se envolvam com um pedaço dele. Como não dá para ter um comitê estratégico muito grande, esta é uma boa saída para aumentar a participação das pessoas no planejamento.

Resumindo: a avaliação de ambiente tem a ver com todos os aspectos e capacidades da empresa, como processos, pessoas e estrutura organizacional. Mais do que levantar todas as informações sobre ambiente interno e externo, é essencial garantir que todos entendam a situação do negócio. Do contrário, pode ser que a empresa comece a tomar decisões com informações parciais.

Etapa 2 - Elaboração da estratégia

2. Elaboração da Estratégia

Uma das etapas do planejamento estratégico fundamentais é a elaboração da estratégia. Após entender os fatores ambientais que cercam a empresa, o próximo passo é pensar na estratégia propriamente dita.

Por isso, é necessário descobrir uma vantagem competitiva – se a empresa ainda não sabe – ou reconfirma-la, se a empresa já tem uma. Uma vantagem competitiva nada mais é do que um diferencial percebido pelo cliente, como qualidade, preço, velocidade etc. Nesse sentido, ela pode ser decisiva na hora do cliente optar por uma empresa X ou Y.

Num ambiente competitivo é muito difícil construir um diferencial, mas não é possível avançar no planejamento estratégico sem ter isso definido. Não tem jeito, é importante usar a criatividade! Mas, novamente: o consumidor precisa notar a vantagem competitiva como um benefício para que ele realmente enxergue o valor de um produto ou serviço. A partir da definição da vantagem competitiva, o próximo passo é descrever a estratégia em objetivos.

Os chamados objetivos estratégicos traduzem a visão da empresa, isto é, onde a organização deseja estar no futuro. Dessa forma, os objetivos são diferentes das metas, que indicam o que fazer para alcançar a visão de futuro. Para quem utiliza o Balanced Scorecard (BSC), este é o momento de utilizá-lo na estratégia. A partir da definição de 3 ou 4 temas estratégicos, é possível pensar os objetivos estratégicos de forma mais focada no que a organização precisa.

São exemplos de temas estratégicos:

  • Internacionalização;
  • Experiência do Cliente Superior;
  • Expansão Geográfica;
  • Excelência Operacional;
  • Crescimento por Aquisições.

São exemplos de objetivos estratégicos:

  • Adequar os produtos aos padrões internacionais;
  • Aumentar o número de clientes reativos;
  • Abrir uma nova unidade de negócio;
  • Reduzir os custos de produção;
  • Investir em avanços tecnológicos.

Note que o Balanced Scorecard não ajuda na análise de ambiente nem na elaboração da estratégia. Ele pressupõe a utilização de outras ferramentas para isso, como a Estratégia do Oceano Azul, Business Model Canvas, Matriz SWOT ou o benchmarking, que mencionamos anteriormente. Então, cuidado com a metodologia utilizada! Se você está com dúvidas ou inseguro quanto ao método, pode ser interessante contratar uma consultoria especializada em estratégia.

Além disso, se você deseja saber mais sobre como utilizar o BSC na sua organização, assista ao nosso webinar gratuito “BSC é para execução estratégia, não para formulação” e tire suas dúvidas!

Etapa 3 - Desenvolvimento do plano de execução

3. Desenvolvimento do Plano de Execução

O plano de execução é o coração do planejamento estratégico. Mas, como vimos, é consequência direta das outras duas etapas. Se tivéssemos pulado a análise de ambiente e a elaboração da estratégia, provavelmente as dificuldades de construir um plano de execução dobrariam de tamanho. Então, é muito importante seguir todas as etapas.

O plano de execução é o detalhamento da estratégia, que permite o seu monitoramento. Dessa forma, ele funciona como a rota pré-estabelecida para alcançar a visão de futuro. Lembra dos objetivos que estabelecemos na fase anterior? Eles também vão compor o plano de execução.

Objetivos e indicadores estratégicos

Cada objetivo vai ter uma meta e um indicador. Como já vimos, o objetivo é aquilo que a empresa deseja alcançar. Já a meta é um patamar de um indicador de desempenho que a organização precisa chegar, geralmente superior aos níveis atuais já que envolve mudanças. Portanto, as metas devem ser factíveis e desafiadoras. Mas também não podem ser impossíveis ou muito fáceis de conquistar. O ideal é que a empresa possua metas SMART: específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.

Cada objetivo tem indicadores drivers (direcionadores) e um indicador outcome (resultante). Assim fica mais fácil entender como os indicadores estão conectados e o que está dando certo (ou errado) na estratégia. Então, os indicadores sinalizam o caminho percorrido.

Iniciativas estratégicas

Outro ponto importante do plano de execução são as iniciativas estratégicas. O termo “iniciativas estratégicas” normalmente é usado para designar ações, projetos ou programas. Portanto, essas iniciativas viabilizam a mudança necessária, consolidada nas metas. Para saber mais sobre gerenciamento de projetos assista ao nosso webinar gratuito e aprenda a selecionar os melhores indicadores para os seus projetos.

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No desenvolvimento do plano de execução também é possível desdobrar a estratégia em planos auxiliares, sejam eles específicos ou por departamentos. Isso vai depender do nível de maturidade da organização. Talvez a empresa prefira um planejamento estratégico mais simples no momento e depois comece a trabalhar com planos auxiliares.

São exemplos de planos auxiliares específicos:

  • Plano de Marketing;
  • Plano Estratégico de Tecnologia da Informação;
  • Plano Estratégico de Gestão de Pessoas.

São exemplos de planos auxiliares por departamento:

  • Plano Estratégico de Vendas;
  • Plano Estratégico de Produção.

Outro ponto importante do plano de execução é o accountability. Como assegurar que os objetivos realmente estão sendo perseguidos pelas pessoas? É possível fazer isso por meio de acordos de resultados. Um acordo, é literalmente, um tratado firmado entre o colaborador e a empresa. Portanto, ele traduz aquilo que a empresa espera do colaborador e aquilo que o colaborador se compromete a entregar.

Se, mediante o prazo estabelecido, o colaborador não conseguir entregar o que foi fechado no acordo, ele deve se justificar. Então não se trata de culpar alguém por não ter dado certo, e sim de encontrar o porquê não deu certo e trabalhar em ações de recuperação.

Etapa 4 - Envolvimento das pessoas

4. Envolvimento das Pessoas

A última das etapas do planejamento estratégico é o envolvimento das pessoas. Embora seja a última nesta lista, não é menos importante que as outras. Aliás, é possível dizer que esta última etapa permeia todas as etapas anteriores. Afinal, todas elas incluem as pessoas.

Mas o que significa envolver as pessoas? Envolver as pessoas é torna-las parte da estratégia de negócio. É garantir que elas compreendam, gostem e se comprometam com a estratégia. Contudo, não é fácil gerar engajamento. É preciso fazer um esforço coletivo, com base em muita comunicação.

Algumas práticas interessantes para ajudar no envolvimento das pessoas seriam:

  • Treinar e desenvolver as pessoas para que elas façam seu trabalho melhor;
  • Incluir as pessoas como participantes do planejamento estratégico, seja no comitê estratégico ou em um pedaço do planejamento;
  • Reforçar a missão, visão e valores da empresa aos colaboradores;
  • Investir no alinhamento dos times com a estratégia;
  • Apostar em canais de comunicação e educação, como uma Universidade Corporativa.

Lembre-se: a falta de envolvimento das pessoas é um dos motivos pelos quais a estratégia das organizações falha. Portanto, assegure que uma das etapas do planejamento estratégico priorize as pessoas!

Conclusão:

Essas foram as quatro etapas do planejamento estratégico. Depois do planejamento, ainda existe a fase de execução e monitoramento da estratégia. Na execução, é hora de botar a mão na massa e concretizar tudo o que foi definido no plano de execução. O monitoramento, por sua vez, significa ficar de olho no andamento das coisas, para garantir que a empresa está no caminho certo. Se necessário, podem ser feitos ajustes no plano. Mas isso é assunto para outro post.

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Quais são os Tipos de Planejamento Estratégico

Toda empresa precisa ter um planejamento estratégico, não importa se ela é de grande, médio ou pequeno porte. Afinal, se você não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve. Não existe consenso quanto aos termos utilizados ou à forma de se pensar a estratégia. Por um lado, expressões diferentes podem ser usadas para dizer a mesma coisa. De outro, expressões iguais podem se referir a coisas completamente diferentes. De qualquer forma, é interessante classificar os tipos de planejamento estratégico para facilitar a compreensão dos conceitos e fatos.

Navegue no índice para ir até o tópico de seu interesse ou continue a leitura na sequência.


Boa leitura!

Tipos de Planejamento Estratégico

Os tipos de planejamento estratégico podem ser divididos considerando três classificações diferentes. São elas:

  1. Nível organizacional
  2. Profundidade
  3. Abordagem

Cada uma dessas classificações vai trazer tipos diferentes de planejamento estratégico. É isso que veremos a partir de agora.

planejamento estratégico tático e operacional

1. Classificação pelo Nível Organizacional


A classificação pelo nível organizacional está dividida em três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional. Cada um deles também pode se dividir (ou não) em subtipos de planejamento. Veja:

1.1 Planejamento Estratégico

É o tipo de planejamento que se refere ao negócio ou a uma visão corporativa, de uma forma ampla, não departamentalizada.

a. Planejamento Estratégico do Negócio

É o planejamento estratégico focado em um negócio específico. É o tipo mais comum, que a maioria das empresas está acostumada a fazer a cada período. Vale ressaltar que uma única empresa pode ter mais de um negócio. Nesse caso, é preciso fazer vários planos estratégicos, pois não é possível misturar estratégias que tratam de negócios diferentes.

Por exemplo, considere que uma empresa de manufatura possui também um negócio de administração de ativos e outro negócio de reflorestamento. São três negócios distintos, com vantagens competitivas diferentes. Dessa forma, construir uma única estratégia diminuiria drasticamente as chances de sucesso no planejamento. Por isso, deve-se fazer um planejamento estratégico para cada negócio.

b. Planejamento Estratégico Corporativo

É um planejamento estratégico geral, que pode ser usado em uma organização que possua vários negócios (e, portanto, vários planos). Também pode ser aplicado em grupos empresariais, isto é, quando várias empresas se juntam. O planejamento estratégico corporativo funciona como um guia para os demais planos. Ele envolve:

  • Estratégias comuns: como, por exemplo, excelência operacional.
  • Questões associadas à governança: controles, instrumentos de gestão, processos (gestão de pessoas, cultura organizacional etc.).
  • Planejamento de serviços corporativos: como, por exemplo, implantar uma central de serviços corporativos.

1.2 Planejamento Tático

É o tipo de planejamento que se refere às unidades de negócio, às unidades de suporte, aos departamentos ou aos indivíduos. Trata-se do desdobramento do planejamento estratégico do negócio ou do planejamento estratégico corporativo. Demonstra como a estratégia será executada em um determinado contexto.

a. Planejamento Estratégico de Unidade de Negócio

Focado em uma subdivisão do negócio ou em um grupo que entregue valor aos clientes. Tem uma função muito parecida com a do planejamento estratégico de negócio ou com a do planejamento estratégico corporativo. Contudo, seu escopo é limitado e ele traz uma visão local. Essa limitação pode se dar, por exemplo, pela geografia (uma filial ou uma loja).

b. Planejamento Estratégico de Unidade de Suporte

Concentrado nas áreas funcionais que atendem as demais áreas de negócio. São exemplos de áreas funcionais prestadoras de serviços: Financeiro, Controladoria, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação, Compras, Marketing, Patrimônio, Administração Predial etc.

O planejamento estratégico de unidade de suporte exige um esforço dedicado, considerando as particularidades da estrutura. Ele também requer um ciclo completo de planejamento: da análise de ambiente à formulação do plano. Contudo, o resultado precisa ser aderente ao planejamento estratégico de negócio ou corporativo.

c. Planejamento Estratégico Departamental

Traz os compromissos assumidos por um departamento em relação ao planejamento estratégico, com acréscimo das estratégias locais. Normalmente a governança das empresas não exige o planejamento estratégico departamental. Contudo, alguns líderes decidem fazer isso por iniciativa própria, em conjunto com sua equipe. É interessante para direcionar o grupo e alinhar com outras áreas interligadas. A empresa pode incentivar essa prática fornecendo ferramentas, por exemplo.

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d. Planejamento Estratégico Individual

Aborda uma visão mais pessoal do planejamento estratégico, com o objetivo de esclarecer qual a responsabilidade de alguém no todo. Proporciona um nível de detalhamento bem grande, mas é muito difícil de exigir de todos. Esse planejamento pode ter vários nomes, como Contrato de Resultados e Acordo de Desempenho (para citar apenas dois exemplos).

Algumas organizações têm incentivado o planejamento estratégico individual. Para isso, elas fornecem métodos, treinamentos e outras formas de construção para promover alinhamento individual.

BSC de processos

1.3 Planejamento Operacional

Não é exatamente um tipo de planejamento estratégico (embora muitas literaturas discordem), mas pode ser impactado pela estratégia. Como o próprio nome diz, o planejamento operacional trata da operação, que deve estar alinhada com a estratégia.

Por exemplo: imagine que uma empresa tem um plano de crescimento acelerado, baseado na estratégia de expansão. Nesse caso, os planos operacionais devem se preparar para essa demanda. Mas se preparar como? Uma alternativa seria criar um plano de desenvolvimento de produto ou então um plano de fabricação.

tipos de planejamento estratégico conforme a profundidade

2. Classificação pela Profundidade

A classificação pela profundidade está dividida em três tipos de planejamento estratégico: renovação estratégica, atualização da estratégia e replanejamento estratégico. Veja:

2.1 Renovação Estratégica (Strategy Renewal)

A renovação estratégica trata de redescobrir o negócio. Esse tipo de planejamento normalmente é feito quando:

  • Os líderes estão insatisfeitos com o negócio atual;
  • O futuro apresenta riscos expressivos;
  • A organização passou por um momento delicado, como ter ficado com as contas no vermelho por anos consecutivos.

É interessante lembrar continuamente o fato marcante que levou os líderes a optarem pela renovação estratégica. Isso proporciona um senso de urgência para motivar mudanças significativas, para que as pessoas entendam o porquê elas são necessárias.

O planejamento deve ter cuidado com as pessoas. É preciso pensar em métodos que levem e inspirem o grupo a uma renovação estratégica. Lembre-se que a renovação estratégica quase sempre requer mudanças muito difíceis e com riscos significativos e, portanto, sempre haverá muita resistência.

2.2 Atualização da Estratégia

É o oposto da renovação estratégica. Significa manter o posicionamento estratégico atual e a vantagem competitiva previamente estabelecida. Há um ciclo de atualização e ampliação do planejamento, mas existe o desejo de mantê-lo.

Por não envolver mudanças tão significativas, envolve um esforço menor. O método adotado também pode ser mais simples: ele pode trazer novidades ou resolver problemas da implementação, por exemplo. Não se espera mudanças e inovações radicais como resultado da atualização da estratégia.

2.3 Replanejamento Estratégico

É um caminho intermediário entre a renovação e a atualização da estratégia. Replanejar é repensar a estratégia definida anteriormente. Isso envolve um ciclo completo de planejamento, com análise de ambiente e definição de novas estratégias. Nesse tipo de planejamento o impacto das mudanças é muito imprevisível. É possível que surjam mudanças significativas ou que se mantenham estratégias anteriores.

Não existe fórmula mágica. Pode ser que se mude a estruturação e a governança da execução, mas se mantenha a estratégia atual, por exemplo. Mas é importante deixar claro que a grande sacada do replanejamento estratégico é permitir que mudanças maiores sejam percebidas ao longo do caminho. Mudanças estas que não foram notadas na primeira versão do planejamento estratégico, mas que não demandariam uma renovação. tipos de planejamento estratégico conforme a abordagem

3. Classificação pela Abordagem

A classificação pela abordagem (forma de fazer) está dividida em dois tipos de planejamento estratégico: clássica/tradicional e contemporânea. Veja:

3.1 Clássica/Tradicional

As metodologias clássicas ou tradicionais normalmente são orientadas a resolver problemas conhecidos (atuais) e problemas futuros (riscos). Geralmente essas metodologias usam o resultado da Matriz SWOT para montar planos de ação. A Matriz SWOT é uma ferramenta que permite a análise das Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças de uma empresa.

Mas por que isso é problemático? Ao focar apenas no que a Matriz SWOT indicou a empresa corre o risco de pular a formulação estratégica. Ou seja, deixar de entender a vantagem competitiva e construir um posicionamento de negócio.

Então, é importante ressaltar que a formulação estratégica precisa ser embasada em discussões. Não se trata apenas de responder às forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Pular a análise de ambiente direto para o plano de execução traz o risco do planejamento se tornar mais tático do que estratégico.

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3.2 Contemporânea

Ao longo dos anos, as metodologias se modernizaram e absorveram conceitos de outras áreas. Elas passaram a utilizar, por exemplo, princípios do Design Thinking (DT), uma metodologia que utiliza o jeito de pensar dos designers para construir soluções inovadoras. Dessa forma, proporciona uma construção estratégica menos linear e mais colaborativa.

As metodologias também absorveram ferramentas com foco do cliente, como a curva de valor e a jornada do cliente. O uso de metodologias contemporâneas é altamente recomendado na construção do planejamento estratégico. Contudo, é preciso ter pessoas preparadas para fazer uma condução adequada, como uma consultoria externa, por exemplo.

Conclusão

Não existe consenso sobre os quais as nomenclaturas certas sobre os tipos de planejamento estratégico. Mas entender as características mencionadas acima é interessante para conseguir escolher adequadamente qual tipo de planejamento a empresa precisa. Mas, novamente: a classificação pode ser diferente dependendo da metodologia que será utilizada.

Saiba mais sobre estratégia fazendo download do nosso e-book sobre Planejamento Estratégico:

E-book Planejamento Estratégico

Como definir um Processo de Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico é o ato de elaborar uma estratégia para garantir o futuro da organização. Ele aponta qual caminho a empresa deverá seguir para alcançar o destino desejado. Mas antes de começar a montá-lo, é preciso definir qual será o processo de planejamento estratégico. Isso mesmo. É fundamental “planejar o planejamento”.

Neste post você vai ver:

Acompanhe!

Motivos para definir um Processo de Planejamento Estratégico

Antes de desenvolver o planejamento estratégico é preciso decidir quais passos serão necessários para que ele seja construído com agilidade. Esse conjunto de passos pode ser chamado de processo de planejamento estratégico. Mas por que gastar energia antes de efetivamente botar a mão na massa? Listamos 3 motivos pelos quais isso é vital para a organização:

1. Prazo

Se você não tomar cuidado, o planejamento estratégico pode ser um trabalho infinito. Existem muitas opções, muitas possibilidades. Mas é preciso escolher, isto é, decidir o que é importante fazer no momento. Talvez você não possa (e nem deva) fazer tudo o que está à disposição. Nesse sentido, a palavra-chave é priorização! Priorizar é o ato de escolher uma opção X em detrimento de uma opção Y. Priorizar significa sempre deixar algo de lado.

Então qual o tempo ideal para o planejamento estratégico? A verdade é que… não existe um tempo ideal. É claro que não dá para fazer um planejamento estratégico em um mês. Provavelmente ele ainda não terá passado por todas as etapas necessárias. Há uma série de investigações e estruturações que precisam ser feitas para chegar a um plano de execução. Por outro lado, demorar mais de 6 meses para construir o planejamento pode ser sinal de que você está um pouco perdido.

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2. Tempo das pessoas

É preciso ter em mente que as pessoas envolvidas no planejamento estratégico são profissionais do alto escalão da empresa. O comitê estratégico é formado pelos principais líderes da organização. Então, essas pessoas normalmente têm uma agenda apertada. É necessário saber aproveitar o tempo disponível, mesmo que ele seja escasso. Caso contrário, existe o risco de comprometer o avanço do planejamento estratégico.

Nesse sentido, encontros bem planejados tendem a ser a solução para otimizar o tempo. Por que não tentar pensa-los como cerimônias em vez de reuniões? Cerimônias devem ter pauta e duração definidas com antecedência. Além disso, exigem que os participantes preparem material de suporte. Outro ponto interessante das cerimônias é que, ao final de cada uma, é necessário sair com um plano de ações. Então não basta apenas discutir os problemas, é preciso agir.

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3. Resultado

O trabalho precisa ter qualidade. Portanto, o resultado do planejamento estratégico está intimamente ligado ao processo selecionado, isto é, às escolhas que serão feitas. Para isso é preciso ter uma visão clara de mercado. Dessa forma, você terá pelo menos um norte na hora de tomar decisões. As opções devem ser deliberadas em torno do mercado em que uma empresa atua.

Quando isso não acontece, normalmente gasta-se mais tempo pensando no mercado e nos produtos do que planejando a estratégia. Assim, será um esforço a mais para usar ferramentas que não vão ajudar a estabelecer um caminho, uma visão de futuro. Elas vão ajudar a entender o que a empresa faz. Mas isso é outra conversa, que precisa ser feita antes do planejamento estratégico.

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Então vamos para algumas recomendações sobre o processo de planejamento estratégico:

Dicas para definir um Processo de Planejamento Estratégico

Existem algumas recomendações para garantir que você cumpra o prazo, aproveite o tempo das pessoas e traga resultados. Essas recomendações ajudam a compor o processo de planejamento estratégico, que antecede o próprio planejamento da estratégia. Vamos lá!

1. Use uma metodologia

Você não precisa desenvolver tudo do zero e aprender coisas novas a cada ciclo de execução do planejamento estratégico. Utilize uma metodologia como base, vai facilitar a sua vida! Você tem que pensar que provavelmente centenas de pessoas já estudaram esse tema. Para que desperdiçar tempo descobrindo o que outras pessoas já se dedicaram a fazer?

Aproveite esse conhecimento. Mesmo que você não use a metodologia à risca, ela vai te ajudar. A partir dela você pode ter insights e conceber algo diferente. Dessa forma, o processo vai ser mais ágil e assertivo. Aqui entra o trabalho das consultorias em estratégia, que normalmente mantêm metodologias testadas e experimentadas.

Mas preste atenção a metodologias com objetivos específicos e restrições! Por exemplo, o Balanced Scorecard padrão, aquele criado por Kaplan e Norton, não prevê as etapas iniciais do planejamento estratégico. Isso porque ele foi feito pensando na execução da estratégia, não no planejamento. Então, tome cuidado.

2. Foque nas agendas

Faça seu processo se encaixar nas agendas do comitê estratégico. Planejar o trabalho de acordo com as agendas disponíveis naturalmente vai restringir o prazo do planejamento. Ah, e não se esqueça: não planeje uma ação se não der tempo de fazê-la. Dessa forma, verificar a disponibilidade dos envolvidos é um bom ponto de partida para o processo de planejamento estratégico.

A cada encontro com o comitê estratégico, é necessário planejar:

  • O que precisa ser feito antes do encontro;
  • O que pode ser feito no intervalo até o próximo encontro.

Então, limitar o tempo ajuda a organizar o processo de planejamento estratégico.

3. Conecte pessoas ao planejamento

Ainda que o planejamento estratégico seja conduzido por um grupo restrito de líderes, pode ser muito interessante envolver outras pessoas nessa empreitada. Isso serve para aspectos específicos, como: levantar informações, buscar opiniões e validar definições, por exemplo. Não é obrigatório fazer isso, mas uma construção colaborativa apresenta muitos benefícios.

Proporcionar espaço para que as pessoas participem reforça a importância delas para a organização. Significa abrir um canal de comunicação transparente, que considere os colaboradores na execução da estratégia. O que, é claro, precisa ser legítimo. Isso será importante tanto para a qualidade do plano quanto para a viabilidade da execução.

Conectar pessoas ao planejamento

4. Escolha um bom mediador

Colocar o presidente ou o diretor financeiro como mediador dos encontros pode não ser uma boa ideia. Além de coloca-los em uma posição delicada, pode atrapalhar a condução do planejamento. Por isso, é muito importante encontrar um mediador neutro para manter os encontros saudáveis. Além de neutro, esse mediador deve ter experiência para liderar reuniões. Isso porque estamos envolvendo um grupo de pessoas que não é muito fácil de lidar.

Algumas empresas têm pessoas com experiência, conhecimento, habilidade e neutralidade para conduzir o planejamento, outras não encontram este perfil dentro de casa com disposição para este papel. Se este é o seu caso, saiba que contratar uma pessoa externa pode ser muito útil. O comitê estratégico provavelmente vai respeitar mais um consultor externo do que alguém interno escolhido. Isso porque existem relações de hierarquia e subordinação.

5. Capacite durante o percurso

Ninguém precisa saber ou lembrar de tudo. Por vezes, imagina-se que os líderes entendam de qualquer assunto. Mas isso não é verdade. Nesse sentido, o processo de planejamento estratégico pode prever o uso de alguns momentos para capacitar e treinar esses líderes. Mas eis um empecilho: normalmente esse grupo rejeita facilmente tentativas de treinamento.

Nesse caso, o segredo é elaborar pequenas sessões de conhecimento. Evite colocar as pessoas em treinamentos muito longos. O ideal é que as aprendizagens tenham duração de 30 a 90 minutos. E mais: procure focar mais na prática do que na teoria.

Na verdade, o ideal é mesclar um pouco dos dois. Dessa forma, você vai obter um bom resultado e proporcionar o crescimento em conjunto. Todos vão trabalhar com as mesmas informações e a mesma linguagem.

Conclusão

O processo de planejamento estratégico deve levar em consideração:

  • Metodologia;
  • Abordagem participativa;
  • Agenda de encontros.

Esses três itens são o básico para construir o processo de planejamento estratégico e as entregas esperadas. Além disso, é preciso considerar que:

  • Os encontros devem ser utilizados para demonstrar os avanços, isto é, aquilo que deve ser entregue em cada encontro;
  • É muito útil planejar o conteúdo das reuniões: prever o que precisa sair pronto da reunião e o que pode ser feito depois.
  • Alguém precisa estabelecer o ritmo do planejamento estratégico. Essa pessoa deve pedir, cobrar, motivar e reforçar.

Pronto! Agora é hora de executar o processo de planejamento estratégico concebido e torcer para que tudo aconteça da melhor forma possível! Para continuar aprendendo sobre planejamento estratégico, confira nosso e-book completo sobre como criar e gerenciar a estratégia da sua organização:

E-book Planejamento Estratégico

Consultoria em Estratégia: o que é e porque contratar

Encontre o caminho certo para alcançar cada objetivo estratégico da sua empresa e transforme seu negócio de forma rápida e assertiva!

Montar o planejamento estratégico de uma empresa é como calcular uma rota em um GPS. Esse plano contém o melhor caminho para que a organização consiga alcançar a visão de futuro desejada. Mas como encontrar um consenso sobre o trajeto ideal quando existem diversas formas de chegar até esse destino? Contratar uma consultoria em estratégia é uma boa opção para as organizações que precisam de uma mãozinha com a sua estratégia empresarial.

Quer entender melhor o trabalho de uma consultoria em estratégia e quais os benefícios de contratar uma? Leia o post que nós vamos te contar!

Antes de mais nada, vamos alinhar alguns conceitos sobre estratégia empresarial.

3 momentos importantes da Estratégia

A estratégia deve refletir mudanças, afinal, não faz sentido construir um futuro igual ao passado. Ela possui três momentos muito importantes: o planejamento estratégico, a execução da estratégia e o monitoramento da estratégia. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um deles:

1. Planejamento Estratégico

planejamento estratégico define o que a empresa precisará fazer para construir seu futuro, para executar a estratégia. Ele é detalhado em um plano com temas e objetivos estratégicos, que direcionam de forma clara e executável as ações e iniciativas a serem realizadas. Essas iniciativas também são conhecidas como projetos estratégicos.

2. Execução da Estratégia

Como o próprio nome sugere, essa segunda etapa consiste em colocar em prática tudo aquilo que foi proposto no planejamento estratégico. Isso só acontece com a execução de iniciativas estratégicas, que precisam ser monitoradas para garantir que estão avançando conforme o esperado. Também é essencial implantar um conjunto de processos para verificar a situação dos projetos e assegurar que ações corretivas de execução estejam sendo tomadas.

3. Monitoramento da Estratégia

Monitorar a estratégia significa acompanhar os indicadores-chave de performance com uma frequência pré-determinada. Caso algum indicador não esteja atingindo a meta, é possível estabelecer ações de recuperação e recalcular a rota. É preciso considerar que talvez as iniciativas estratégicas planejadas não estejam gerando os resultados esperados, ou ainda, não estejam avançando e precisem de um empurrãozinho.

Canvas de Acordo de performance para gestão de equipe

Agora que estamos todos falando a mesma língua em relação à estratégia, vamos entender:

O que faz uma Consultoria em Estratégia?

1. Ajuda a definir uma visão de futuro

A visão de futuro de uma organização é onde ela imagina estar daqui a alguns anos. Em outras palavras, é o “sonho” da empresa. Assim como não é fácil decidir isso na vida pessoal, as organizações também podem ter “crises de identidade”. Nesse sentido, a empresa de consultoria em estratégia pode ajudar a tornar esse processo um pouco mais rápido e clarificar algumas questões que só alguém experiente e capacitado consegue enxergar!

2. Analisa as condições em que o negócio está inserido

O primeiro passo no planejamento estratégico é entender os fatores que cercam a empresa. Eles podem ser internos (de dentro da organização) ou externos (com relação ao mercado). Uma consultoria em estratégia pode te ajudar a identificar esses fatores com mais rapidez, além de perceber elementos que a empresa por si só talvez não notasse. Afinal, é preciso uma certa experiência com estratégia para captar alguns pormenores.

3. Auxilia a elaborar um plano de execução

Outro papel que uma consultoria em estratégia pode assumir é o de construir o plano de execução junto com o cliente. O plano de execução deve conter temas, objetivos, iniciativas e indicadores estratégicos. Não é fácil definir esses itens, pois existem muitas possibilidades e a escolha errada pode até mesmo comprometer o futuro da organização.

4. Media reuniões do comitê estratégico

Ser o articulador do planejamento estratégico não é um papel muito confortável. Afinal, é preciso lidar com um time de profissionais seniores, que são difíceis de conquistar e convencer. Mas todo mundo sabe que não existe planejamento estratégico sem consenso. Então, uma hora ou outra alguém terá que ceder. Um consultor em estratégia possui o know how necessário para ajudar a conduzir os encontros e proporcionar o alinhamento necessário entre as partes.

5. Apoia a escolha de metodologias e ferramentas

Talvez essa seja a contribuição mais relevante que uma consultoria em estratégia pode proporcionar. É muito comum que as empresas já possuam uma ideia do que querem ser e o que precisam fazer para chegar lá. Mas a escolha de metodologias e ferramentas é uma prática que requer muito conhecimento técnico.

Agora que você já sabe como uma consultoria em estratégia pode te ajudar, o próximo passo é conhecer os benefícios que ela pode trazer. Confira:

Consultoria em Estratégia
Imagem por www.freevector.com.

Por que contratar uma Consultoria em Estratégia

1. Aumento no desempenho organizacional

Com uma estratégia bem elaborada e adequada ao perfil da organização há mais chances de a empresa ser bem-sucedida em suas atividades. No começo, pode ser que o negócio não perceba imediatamente os benefícios da consultoria em estratégia. Mas a longo prazo isso certamente se confirmará. O aumento progressivo de resultados é a melhor forma de medir o sucesso da estratégia.

2. Aprendizagem de novos conhecimentos

A contratação de uma consultoria em estratégia é uma ótima oportunidade para aprender novos conhecimentos. Se bem aproveitada, a troca de ideias entre o consultor e o contratante pode ser uma experiência muito rica. O valor que o consultor passa para a organização é justamente o seu elevado nível de conhecimento e experiência, que o torna extremamente capaz de identificar problemas e encontrar as melhores soluções para resolve-los.

3. Olhar externo sem miopia corporativa

No atarefado cotidiano da organização pode não sobrar tempo para pensar questões mais profundas sobre o negócio. O momento da estratégia serve justamente para isso: refletir conscientemente sobre o trabalho que está sendo feito e avaliar se ele condiz com a visão de futuro desejada. Muitas vezes, quando olhamos repetidamente para um mesmo lugar pode ser que nossa visão fique turva. Nesse sentido, o consultor externo pode atuar como “óculos” e trazer visibilidade para o que não estamos conseguindo ver.

4. Auxílio na tomada de decisões mais assertivas

Tomar decisões não é fácil, pois envolve escolhas, consequências (sejam elas perdas ou ganhos) e pontos de vista. Nesse sentido, o papel da consultoria em estratégia é atuar como aliado do contratante, apoiando e/ou questionando suas decisões. Então, com esse feedback imparcial, as chances de tomar decisões mais assertivas aumenta muito.

Ficou interessado em contratar uma consultoria em estratégia? Entenda como funciona o nosso trabalho e como podemos te ajudar.

Como é a Consultoria em Estratégia da Euax: nosso jeito de fazer

Para obter sucesso na implantação da sua estratégia você pode contar com o apoio dos nossos consultores experientes e capacitados. No método “Euax Acelera”, nós combinamos anos de prática com os princípios do Design Thinking para promover mudanças em conjunto com o cliente, de maneira colaborativa, visual e dinâmica. Conheça um pouco do nosso trabalho:

1. Análise de Ambiente

Consiste em fazer uma análise do ambiente interno e externo da organização para entender em qual contexto ela está inserida, identificar possíveis vulnerabilidades, analisar a concorrência e pensar na satisfação dos clientes e colaboradores.

2. Formulação do Plano Estratégico

A partir do momento em que as necessidades e dificuldades do negócio já estão mapeadas, fica mais fácil encontrar soluções adequadas para os problemas. Nesse sentido, o plano estratégico reúne todas essas soluções de forma estruturada e coordenada, facilitando a comunicação.

3. Mapa Estratégico

Um mapa estratégico é um instrumento do Balanced Scorecard (BSC) que estabelece metas e indicadores, permitindo monitorar de forma simples e rápida como está a execução de cada objetivo estratégico formulado no planejamento. Assim, se acontecer algum imprevisto é possível recalcular a rota com agilidade e contorna-los.

Entre em contato

A capacidade de tomar decisões assertivas cria valor para a organização. Queremos te ajudar a tornar a sua empresa mais competitiva e entregar ganhos reais para o seu negócio. Preencha o formulário abaixo e entre em contato conosco para construirmos juntos um planejamento que acelere os resultados da sua organização e entregue valor para seus clientes!


Se tiver um tempo, aproveite para assistir gratuitamente ao webinar sobre os efeitos colaterais de um planejamento estratégico malfeito. Bom vídeo!

Entenda a importância do Planejamento Estratégico para as organizações

O mercado de negócios vive em constante mutação e é caracterizado por sua dinâmica cheia de alterações e instabilidades. Quando pensamos nisso, uma questão pode vir à tona: se as mudanças acontecem a todo momento, por que é relevante planejar o futuro mesmo sabendo que durante a caminhada estaremos expostos a todo tipo de imprevistos? Acompanhe o post e entenda a importância do planejamento estratégico e quais os principais benefícios que ele pode trazer para as organizações. Boa leitura!

Importância do Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico funciona como um ponto de partida para todas as ações que uma empresa realizará ao longo de um período para chegar na visão de futuro almejada. Ele ajuda a administrar tempo, recursos e energia para a estratégia de negócio, focando no que realmente importa a longo prazo, ou seja, aquilo que vai trazer mais prosperidade à empresa.

Muitos administradores não gostam de “perder tempo” planejando, pois não conseguem compreender o valor de criar um plano para o futuro. O planejamento estratégico auxilia na compreensão das mudanças do ambiente externo e interno, pois ajuda a reconhecer problemas que podem surgir ao longo do caminho e a identificar oportunidades de melhoria para o negócio. Portanto, mesmo que o mercado esteja em constante transformação, isso não invalida a necessidade de ter um plano que direcione os esforços organizacionais.

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Ao contrário do que muitos pensam, é justamente a existência do planejamento estratégico que torna a organização mais preparada para as mudanças, pois ele prevê todo um processo de construção, análise e validação contínua da estratégia da empresa.

Por outro lado, a ausência de planejamento abre espaço para inúmeras possibilidades e a organização pode acabar se perdendo quando o leque de opções é muito grande.

O planejamento estratégico possui um objetivo muito claro, como veremos a seguir:

Objetivo do Planejamento Estratégico

O objetivo do planejamento estratégico é garantir que os esforços da organização valeram a pena. Mas como assegurar isso? Existe uma série de requisitos que o planejamento estratégico precisa cumprir. Veja:

Propósito da Organização

1. Resumir o propósito da organização

Propósito, do latim propositum, é um termo que indica aquilo que se quer alcançar ou atingir e, portanto, demonstra a vontade de realizar alguma coisa. Propósitos possuem finalidades e podem ou não ser acompanhados de ações para atingi-los.

O planejamento estratégico resume o propósito da organização porque mostra tanto o presente como o futuro, bem como as relações entre eles:

  • Presente: quem a empresa é, onde está e qual o seu atual propósito de existir.
  • Futuro: quem a empresa deseja ser daqui a alguns anos e aonde quer chegar.
  • O caminho do presente até chegar ao futuro: o que precisa ser feito para chegar na visão de futuro.
  • Alinhamento sobre o caminho: quem faz o que para atingir o propósito e como monitorar o percurso para atingi-lo.

Ter esses pontos bem definidos proporciona uma leitura comum sobre o propósito da organização, que deve ser conhecido por todas as camadas da empresa. Isso inclui colaboradores que trabalham na operação do dia a dia, líderes de equipes, gestores de unidade e a turma da alta direção.

Leia também o post sobre Matriz GUT

Facilitar entendimento da Estratégia

2. Facilitar o entendimento da estratégia

Para que a estratégia realmente funcione ela precisa ser simples, clara, fácil e resumida:

  • Simples: oposto de complicado; simplicidade difere de simplismo, que despreza aspectos essenciais do objetivo.
  • Clara: tornar compreensível, elucidar o que alguma coisa representa.
  • Fácil: aquilo que é factível, possível de executar sem dificuldades.
  • Resumida: curta, breve, sintetizada.

Uma forma de atender essas características é dividir a estratégia escolhida em temas estratégicos, que normalmente variam de três a cinco tópicos que mostram a opção estratégica de maneira mais específica.

  • Internacionalização
  • Expansão Geográfica
  • Crescimento por Aquisições
  • Excelência Operacional
  • Experiência do Cliente Superior

Se o planejamento estratégico funciona como um GPS que demonstra a melhor rota para alcançar o propósito da organização, podemos dizer que os temas estratégicos são como as placas de trânsito, que informam e auxiliam a chegar no destino.

O que você precisa fazer para a execução do seu planejamento estratégico funcionar

Sem a ajuda dessas placas, o trajeto fica mais turbulento e perigoso. A empresa pode se perder na estrada e até mesmo desistir por acreditar que não está saindo do lugar. Com os temas, fica mais fácil saber se a organização está chegando na estratégia ou se é preciso fazer alguma ação de recuperação.

Detalhar execução da estratégia

3. Detalhar a execução da estratégia

O planejamento deve detalhar a execução da estratégia e, por isso, precisa conter:

  • Objetivos estratégicos: são os desdobramentos dos temas estratégicos, aquilo que é necessário para concretizá-los. Por exemplo: se um dos seus temas estratégicos for “Fidelidade e Recorrência” o seu objetivo estratégico pode ser “proporcionar uma experiência incrível aos consumidores”.
  • Indicadores estratégicos: também chamados de KPIs (indicadores-chave de performance), são unidades de medida que mensuram o desempenho dos objetivos estratégicos, ou seja, se eles estão sendo atingidos no prazo esperado e entregando os benefícios previstos.
  • Iniciativas estratégicas: são as ações que precisam ser feitas para chegar nas metas dos indicadores que satisfazem os objetivos estratégicos. Normalmente se referem aos projetos ou programas que serão realizados pela empresa.

Esse exercício de detalhamento proporciona uma visão completa sobre a estratégia e tudo o que ela envolve: ações, prazos, recursos, responsabilidades, etc. Ele torna o plano mais concretizável e dá a dimensão do esforço necessário para executar a estratégia e chegar na visão de futuro. Um plano dividido em etapas menores tem mais chances de sair do papel porque deixa de ser um bicho de 7 cabeças – diminuindo a ansiedade – e passa a fazer parte do cotidiano – um passo por dia.

Motivar as pessoas por uma visão de futuro

4. Motivar as pessoas na busca pela visão de futuro

De forma resumida, até agora nós falamos que:

  • A estratégia gira em torno de um propósito, que é aquilo que se pretende realizar;
  • A estratégia precisa ser compreendida facilmente para que possa virar realidade;
  • O detalhamento da estratégia é essencial para gerenciá-la e torna-la executável.

Mas você sabe o que esses três pontos têm em comum? Todos eles envolvem pessoas. A própria ideia de propósito remete a uma condição humana peculiar: a motivação. E é nesse ponto que entra a questão da clareza e da viabilidade da estratégia:

  • Se as pessoas não compreenderem o porquê elas devem perseguir um objetivo, dificilmente vão trabalhar visando as consequências de longo prazo. Normalmente, a falta de conhecimento sobre os benefícios de uma ação implica em quedas na produtividade e colaboradores insatisfeitos.
  • Não faz sentido lutar por causas perdidas. Se as pessoas não acreditarem que a estratégia é possível, elas não vão investir tempo e energia em coisas que não fazem sentido para elas, não vão dar o melhor de si para atingir o propósito. Afinal, ninguém deseja empregar esforços em vão.

A existência de uma motivação contínua vai depender se as pessoas entendem, gostam e compartilham a visão de futuro da empresa. E por isso o planejamento estratégico se justifica: ele ajuda a disseminar informações importantes e a convencer que a estratégia é possível, facilitando o processo de decisão e reduzindo conflitos.

Estabelecer governança de execução da estratégia

5. Estabelecer governança de execução da estratégia

Como não deixar o planejamento estratégico morrer na gaveta da diretoria? Essa é uma das questões que atormentam a vida de alguns administradores. Para evitar que todo esse trabalho seja perdido é necessário contar com uma boa governança de execução.

A ideia de governança não é nova. Ela surgiu a partir da Teoria da Agência, criada em 1976 para explicar os conflitos de interesses entre principais (acionistas) e agentes (profissionais contratados para administrar a empresa no lugar dos principais).

O papel da governança é garantir que as pessoas ajam para contribuir com o interesse comum e não apenas com o seu próprio interesse. Em outras palavras, assegura que todos façam aquilo que eles deveriam estar fazendo em prol do negócio.

Mais do que assegurar essa capacidade, a governança no contexto do planejamento estratégico é o conjunto de instrumentos para que todos compreendam o jeito da organização conduzir a estratégia, aumentando as chances de sucesso na execução. Para isso existe a construção de acordos entre o time e todas partes interessadas.

Basicamente, a governança estabelece:

  • Processos: estabelece as atividades, rotinas e tudo o que precisa ser feito no dia a dia para que a estratégia seja executada, acompanhada e monitorada.
  • Responsabilidades: define responsáveis para tudo o que foi definido no planejamento estratégico, como por exemplo, responsáveis por objetivos estratégicos, indicadores e suas metas, iniciativas com suas expectativas de benefícios, entre outros objetos de planejamento.

Uma governança de execução da estratégia é o mecanismo certo para tirar o planejamento do papel e obter controle do percurso em direção à visão de futuro!

Prevê um modelo de execução flexível

6. Prever um modelo de execução flexível

Lembra da analogia do GPS que mencionamos lá em cima? É comum que ao longo da caminhada surjam obstáculos que demandem ajustes na rota. Por isso, é fundamental possuir um modelo de execução flexível, que permita adequações no plano estratégico conforme necessário.

Ter em mente que vão surgir alterações significa reconhecer que, mesmo após um estudo profundo para montar o planejamento estratégico, é humanamente impossível pensar em todas as variáveis (incluindo as variáveis de mercado, sob as quais a empresa possui pouco ou nenhum controle).

Tente pensar a flexibilidade do plano como um pré-requisito da qualidade do plano. O que estamos querendo dizer é: bons planos já preveem a probabilidade de erros e possuem abertura para ajustes. É como quando você vai responder uma prova e, em determinada questão, prefere escrever à lápis, pois sabe que vai precisar mudar depois.

Atenção: é importante não confundir flexibilidade com volatilidade. Enquanto a flexibilidade está mais ligada à resiliência e à capacidade de adaptação, a volatilidade é a característica daquilo que muda com frequência, com facilidade. Planos voláteis normalmente não conseguem se sustentar. É preciso ter motivos relevantes para fazer mudanças no plano! Não dá para alterar em função de motivos menores, como uma venda ou uma falha de qualidade.

Separa a estratégia da operação

7. Separar a estratégia da operação

Estratégia e operação estão interligadas e devem caminhar juntas, mas em algumas situações é preciso separá-las, para que os problemas do cotidiano não consumam todo o tempo que deveria ser dedicado à estratégia. Temos que conseguir balancear as duas coisas: elas devem estar interligadas, mas terem uma certa independência entre si.

Normalmente o comitê estratégico precisa se reunir para checar o andamento das iniciativas estratégicas (projetos e programas) e verificar se o plano precisa de ajustes (como falamos anteriormente). Essas reuniões também são importantes para relembrar os temas e objetivos estratégicos, retomar o foco nas ações corretas e resgatar a motivação dos colaboradores.

Como diz o ditado: é preciso manter um olho no peixe e outro no gato! Pouco adianta ter uma operação redondinha se o trabalho cotidiano não está em sintonia com o planejamento estratégico. Por outro lado, pouco adianta ter um excelente planejamento estratégico se a operação é incapaz de se sustentar e de realizar as ações para chegar nos objetivos estratégicos.

Conclusão sobre estratégia

Conclusão

Fazer um planejamento estratégico que seja concreto, útil e assertivo tem sido um desafio para muitas empresas, pois exige disciplina e persistência. É por meio dele que as ações imediatas são transformadas em ações planejadas, direcionando todos os esforços em prol de um bem comum e desenvolvendo o pensamento sistêmico na organização.

Um bom planejamento estratégico aproxima a empresa do seu sonho, aumentando a probabilidade dele se tornar realidade. Além disso deixa o ambiente mais integrado e alinhado, as pessoas passam a falar um idioma comum e assim fica mais fácil viajar na mesma direção.

Para que a estratégia realmente saia do papel e não seja relegada a segundo plano, é preciso que ela seja dividida em temas e objetivos estratégicos. Esse detalhamento vai tornar a execução da estratégia mais factível. Além disso, o plano não pode ser engessado e deve considerar alterações no meio do caminho.

Construir um bom planejamento estratégico significa evitar a navegação à deriva, deixando que a maré e o vento levem a organização para águas desconhecidas. É fazer opções, assegurar sobrevivência e longevidade. Mas é essencialmente buscar em conjunto uma visão de futuro sustentada numa vantagem competitiva de valor, que seja difícil de copiar.

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O que é Planejamento Estratégico: entenda o conceito de uma vez por todas!

Se você está lendo esse texto é porque alguma vez já se perguntou o que é planejamento estratégico. Tente se lembrar: qual a primeira coisa que vem à sua cabeça quando você pensa nisso? Muitos responderiam com sinceridade: reuniões longas, chatas e monótonas para decidir uma série de ações cujo propósito não é muito claro aos participantes.

Na verdade, essa é uma visão equivocada sobre o real significado do conceito. Nesse post você vai aprender, de fato, o que é planejamento estratégico e conhecer suas principais características.

Você pode navegar usando o índice abaixo para ir até o aspecto que mais chamar atenção ou retomar a leitura de onde você parou.

  1. O que é Planejamento Estratégico?
  2. Características do Planejamento Estratégico
  3. Conclusão

Antes se seguir, se você quiser pode baixar um conteúdo completo sobre planejamento estratégico em PDF:

E-book Estratégia

O que é Planejamento Estratégico?

Planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia de uma organização e definir como ela pode ser alcançada. Em outras palavras, a empresa reconhece a sua situação atual e faz uma projeção de futuro, isto é, como ela deseja estar daqui a alguns anos. Essa visão de longo prazo prevê mudanças que ajudem na diferenciação de negócio.

O planejamento estratégico funciona como um GPS. Você primeiro precisa construir um consenso sobre onde quer ir para então calcular uma rota até o destino. Não dá para planejar uma rota sem saber aonde ir, mas também não dá para ir sem planejar uma rota. E se no caminho uma rua estiver interditada, será necessário desviar e recalcular a rota.

Apesar disso, apenas essa definição não dá conta de toda a complexidade do que é planejamento estratégico. É preciso levar em consideração algumas características que estão implícitas no conceito apresentado anteriormente, mas que merecem uma explicação mais detalhada.

Conheça 7 características do Planejamento Estratégico:

1. Exige esforço organizacional contínuo

O planejamento estratégico é de toda a organização e, por isso, a responsabilidade por ele deve recair sobre todas as pessoas. Líderes e gerentes são condutores e articuladores dessa jornada, mas sozinhos não conseguem fazer as mudanças necessárias para atingir a visão de futuro definida pela empresa. É preciso trabalho em conjunto, muita colaboração e compartilhamento. Sem divisão de tarefas o planejamento estratégico não vai funcionar.

Normalmente os colaboradores podem ter a falsa impressão de que o planejamento estratégico diz respeito apenas aos interesses do CEO da empresa. Contudo, não é bem assim. Se a organização não conseguir se sustentar no mercado isso acarretará em demissões, podendo até mesmo comprometer a segurança financeira de várias famílias.

Além de contar com o engajamento coletivo, é preciso que esse esforço seja contínuo e permanente. Isso significa que de tempos em tempos o planejamento precisará ser reajustado. Conforme o ambiente externo à organização sofre mudanças, ele exige que a organização acompanhe as transformações e se adapte a elas. É assim que as coisas evoluem no mercado.

O planejamento estratégico também precisa ser flexível. Mas atenção: nós dissemos flexível e não volátil! Volatilidade é a característica daquilo que muda constantemente, com facilidade e frequência. Já flexibilidade se refere àquilo que é maleável, isto é, possui capacidade de se adaptar. Então, o planejamento estratégico deve ser flexível o suficiente para se adaptar às mudanças, mas não volátil a ponto de não se sustentar.

Visão Comum e Alinhamento Estratégico

2. Requer leitura compartilhada da organização e do ambiente

Para o planejamento estratégico dar certo é fundamental que todos tenham acesso às mesmas informações e estejam vivendo a mesma história. Isso significa estabelecer uma visão comum sobre os problemas e objetivos da empresa, proporcionando às pessoas uma perspectiva diferente e completa sobre o papel delas dentro da organização.

Se cada um enxerga apenas o seu pedacinho e não compreende como essa engrenagem opera dentro da grande máquina que é uma empresa, fica difícil motivar os colaboradores a atingirem suas metas. Dar sentido ao trabalho que será realizado é um fator que não pode ser subestimado. Ele é determinante para chegar a consensos e tomar boas decisões.

Existem diversas estratégias e diversos caminhos para conquistá-las. O primeiro passo para um planejamento estratégico sair do papel é decidir qual estratégia a organização vai seguir e qual a rota mais adequada para alcançá-la. Esse processo todo exige o envolvimento de várias pessoas, que possuem vivências, desejos e opiniões diferentes. Isso não é necessariamente ruim. Como diz o ditado: duas cabeças pensam melhor do que uma.

A chave está em encontrar pontos de conexão entre colocações e pensamentos distintos e criar concordância entre eles, atribuindo sentido à coletividade de ideias. Esse momento não deve ser como costurar uma colcha de retalhos, mas sim como montar um quebra-cabeças onde todas as peças se encaixam e somam para construir uma única imagem de futuro.

Vantagem Competitiva

3. Pressupõe uma vantagem competitiva

No caso de organizações com fins lucrativos, a vantagem competitiva é aquilo que diferencia a empresa de suas concorrentes. É algo único e também o fator decisivo na hora do cliente escolher pelo produto X ou Y, pelo fabricante A ou B, pelo serviço W ou Z. Visar uma boa vantagem competitiva é o coração do planejamento estratégico, já que todo o plano vai se estruturar em torno dela.

É importante ressaltar que a vantagem competitiva deve ser algo percebido pelo cliente e, portanto, não pode ser um processo. Os processos existem para viabilizar a vantagem competitiva.

Por exemplo: se o que diferencia uma empresa de suas concorrentes é o preço de seus produtos, consequentemente, o processo de produção precisa ser mais barato, para que a empresa possa obter lucro. Mas, se o que diferencia uma empresa de suas concorrentes é a qualidade de seus produtos, logo, o processo de produção precisa resultar em mercadorias com alto valor agregado, que tenham maior durabilidade.

No caso de organizações sem fins lucrativos, pode-se transformar a leitura da vantagem competitiva no atingimento de um propósito. Por exemplo: uma entidade filantrópica que cuida de crianças órfãs pode ter como propósito colaborar para o desenvolvimento pessoal e profissional dessas crianças, educando-as e inserindo-as na sociedade.

4. Traduz a estratégia em iniciativas concretas

A formulação de uma estratégia é a opção do que a organização precisa fazer para atingir a visão de futuro esperada. Essa formulação é demonstrada por temas e objetivos estratégicos que estão conectados e juntos traduzem a estratégia em iniciativas concretas. As iniciativas, por sua vez, nada mais são do que as ações, os projetos e os programas que serão executados para transformar a organização.

Por exemplo, imagine que a visão de futuro da sua empresa seja ampliar em 30% o faturamento anual. Podem ser identificados grandes temas estratégicos para que isso aconteça, como:

  • Internacionalização
  • Expansão Geográfica
  • Crescimento por Aquisições
  • Excelência Operacional
  • Experiência do Cliente Superior

A partir de cada um desses temas é possível criar objetivos que ajudem a esmiuçar ainda mais a estratégia. São exemplos de objetivos estratégicos:

  • Aumentar o número de clientes reativos;
  • Reduzir os custos de produção;
  • Investir em avanços tecnológicos;
  • Entre outros.

E para cada um dos objetivos estratégicos vão existir iniciativas estratégicas para concretizá-los:

  • Mapear a Jornada do Cliente;
  • Transformar alguns processos;
  • Contratar um fornecedor de soluções tecnológicas;
  • Entre outros.

Desdobrar a estratégia em ações menores é interessante por diversos motivos, como: testar a viabilidade da estratégia, tornar a estratégia compreensível e executável e identificar a participação de cada setor da empresa no alcance da visão de futuro.

Integração da Equipe no Planejamento

5. Integra todas as camadas da organização

A construção da estratégia deve ser feita a muitas mãos, pois todos são afetados pela estratégia e/ou afetam a estratégia de alguma forma. O planejamento estratégico pode ser um instrumento para unir todos os colaboradores em prol de um propósito comum, ou seja, a visão de futuro desejada pela organização. Integrar significa compor um cenário de união e ajuda mútua, em que exista espaço para crescimento, pertencimento e aprendizagem.

Não importa o quão bom esteja o seu planejamento estratégico: se as pessoas não compreenderem e desejarem fazer parte do seu plano ele está fadado ao fracasso. Esforços de funcionários, líderes, gestores e acionistas impactam na geração de valor aos clientes e melhoram a competitividade do negócio. É por meio das pessoas que as coisas saem do papel!

Trabalhar em equipe é o segredo para fazer as coisas acontecerem. Para isso é preciso motivar os colaboradores, assegurar que todos tenham acesso às mesmas informações, deixar claro o papel de cada um dentro da empresa e na construção da estratégia, além de estimular o sentimento de colaboração entre as pessoas.

Com a integração de todas as camadas da organização e o esforço coletivo, alcançar os objetivos estratégicos será mais fácil, rápido e satisfatório para as partes envolvidas.

Visão de Negócios no Planejamento Estratégico

6. Conduz a uma visão de negócio futuro

Uma visão de negócio futuro é o propósito que a organização pretende atingir em um tempo pré-determinado. Um propósito precisa ser:

  • Válido: algo que traga benefícios para a organização, seja apropriado para o momento que o negócio vive e pertinente para o desenvolvimento da empresa.
  • Factível: um bom propósito precisa ser executável e não uma sentença de fracasso. Nada é mais desapontador e frustrante do que uma meta impossível de ser cumprida.
  • Interessante: as pessoas precisam acreditar no propósito e sentir desejo de contribuir para que ele aconteça. A ausência de motivação prejudica a conquista do propósito.
  • Difícil: se atingir o propósito fosse fácil ele não precisaria de um planejamento, não é mesmo? Pense em algo que seja diferente, desafiador, mas não impossível.

O planejamento estratégico está essencialmente ligado à ocorrência de mudanças, ele não pode refletir o cotidiano operacional. Por isso, nem todos os processos terão visibilidade e nem todas as áreas estarão evidentes no planejamento estratégico. Isso só vai acontecer com processos que, de fato, exigem esforço estratégico.

É normal que cada área, cada pedacinho da organização queira aparecer no plano, mas é importante resgatar a noção de que existem áreas que simplesmente não precisam de mudanças, que estão boas do jeito que estão e já fazem a sua parte para que tudo funcione perfeitamente.

Monitoramento da Estratégia

7. Demanda monitoramento do percurso

Vamos retomar a história do GPS que te contamos lá em cima: o planejamento estratégico funciona como um GPS, que aponta o caminho a ser seguido na construção da visão de futuro da empresa. Ao longo da caminhada, esse percurso deve ser acompanhado, medido, ajustado e compartilhado.

  • Acompanhar: ficar de olho nas transformações do ambiente interno e externo da empresa, checar se a execução da estratégia está acompanhando essas transformações.
  • Medir: utilizar indicadores-chave de performance para mensurar o desempenho das iniciativas estratégicas e monitorar o progresso delas. Assim é possível identificar os projetos que não estão trazendo os resultados esperados e agir sobre eles.
  • Ajustar: fazer modificações no plano estratégico para torná-lo mais aderente às mudanças. Significa recalcular a rota para manter-se no caminho certo para o alcance do propósito.
  • Compartilhar: não dá para fazer mudanças difíceis sozinho. Dividir essa responsabilidade é o melhor a ser feito e para isso é preciso comunicação, participação e integração.

Mesmo com um planejamento não é fácil atingir os objetivos estratégicos. Alcançar o propósito final requer disciplina para seguir o planejamento, resiliência para permanecer firme diante das mudanças e persistência para continuar perseguindo o propósito desejado!

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Conclusão

Planejamento Estratégico é um esforço organizacional contínuo para que os líderes, com uma leitura compartilhada da organização e do ambiente, possam formular uma estratégia organizacional que estabeleça uma vantagem competitiva.

Essa estratégia deve ser traduzida em iniciativas concretas, que integrem todas as camadas da organização na realização de mudanças que conduzam para uma visão de negócio futuro, num percurso que seja acompanhado, medido, ajustado e compartilhado.

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