Última atualização em 25/07/2023
Plano Diretor de TI, ou PDTI, é um documento utilizado para diagnosticar, planejar e gerir os processos, pessoas e recursos do setor de TI de uma organização.
A TI atua como um agente ativo no dia a dia do trabalho e proporciona eficiência nos processos, por meio de inovações e olhar tecnológico.
Por isso, este documento é extremamente importante, porque ele contém as metas e diretrizes propostas por um comitê especializado da área de TI. Assim que o comitê finaliza sua elaboração, o PDTI deve valer de 1 a 3 anos.
Para isso, o Plano Diretor de TI se baseia em alguns componentes, que iremos descrever a seguir:
Quais os componentes de um PDTI?
De maneira geral, podemos elencar três componentes principais que todo PDTI deve conter:
Ações Planejadas:
Em primeiro lugar, devemos considerar os objetivos da implantação do PDTI e compreender de que maneira a tecnologia pode auxiliar nos processos de diferentes áreas. Pergunte-se:
- Quais metas devem ser atingidas?
- Quais são as principais demandas a serem cumpridas ou otimizadas?
- Quais os objetivos estratégicos por trás do seu PDTI?
Análise de Gestão
Antes de ir atrás das mudanças e transformações a serem implantadas, é preciso ter domínio das habilidades, tanto do setor de TI, como da própria organização. Dessa forma, podemos identificar os fatores que podem atrapalhar ou contribuir na adaptação ao PDTI.
Ou seja, é preciso compreender:
- Quais são os pontos altos e fracos da sua organização?
- Quais são as suas intenções de mudança?
- Quais são as habilidades da sua equipe e o que ainda podem aprender?
Para isso, alguns tipos de análise, como o SWOT, são muito utilizados e recomendados.
Objetivos Finais
O PDTI de uma organização deve propor diversas mudanças. No entanto, é natural que exista prioridades nesta lista de interesses. Por isso, os recursos tecnológicos e financeiros investidos também devem ser direcionados de acordo com o que é mais importante para a organização.
Portanto, é preciso considerar:
- Plano de investimentos;
- Plano de gestão de riscos;
- Prazos preestabelecidos.
Afinal, é preciso ter controle, por exemplo, de que materiais serão utilizados ou quais tecnologias serão adotadas em cada adaptação, levando em conta o orçamento disponível e os profissionais envolvidos.
Agora que já entendemos o conceito do PDTI, podemos partir para a ação. Ficou interessado? Descubra a seguir como elaborar um PDTI para a sua empresa!
7 passos para elaborar um PDTI de sucesso
1. Faça um diagnóstico do nível de maturidade da TI
Com o diagnóstico do nível de maturidade é possível avaliar a qualificação da área de TI de uma organização, considerando os possíveis problemas que ela possa apresentar.
Essa etapa é muito importante, porque, tendo conhecimento dessas fragilidades, é possível trabalhar para alcançar a eficiência operacional.
Além disso, o diagnóstico mostra se o setor de TI está bem-preparado, ou se ainda exige investimentos em treinamentos e capacitação da equipe.
2. Defina o comitê responsável
O PDTI é realizado por um comitê, que é formado por parte dos profissionais do próprio setor de TI. Afinal, são eles que são os especialistas na área de tecnologia.
Nesta etapa, são atribuídos os responsáveis por cada etapa da elaboração e implantação do PDTI, o que torna o monitoramento e a gestão do plano muito mais eficientes.
3. Defina a metodologia utilizada
É importante decidir a metodologia que será utilizada para gerir o desenvolvimento do PDTI. Mas, independentemente da opção escolhida, é fundamental registrar a situação inicial da empresa e o resultado após a implantação do plano diretor de TI, conforme as métricas de desempenho escolhidas.
4. Defina as metas do PDTI
Este é o momento de preestabelecer o que a organização busca alcançar no final da elaboração e implantação do PDTI.
As metas podem ser projetos, como a criação de uma nova estratégia de backup ou implantação um novo sistema de CRM integrado, por exemplo.
Além disso, também é importante estabelecer quais métricas serão utilizadas para avaliar o desempenho das metas do PDTI.
5. Elabore o documento
Aqui, é a hora do comitê responsável juntar as informações e propostas elaboradas, reunindo todos estes dados no Plano Diretor da TI.
Não se esqueça que o documento também deve conter o planejamento financeiro e os prazos desejados para a implantação do PDTI.
6. Monitore o andamento
Como qualquer projeto, a construção do PDTI, bem como a implantação de suas propostas, exige um acompanhamento constante. Para facilitar este processo, os gestores podem optar por ferramentas digitais que facilitam a visualização do progresso do trabalho.
Com isso, a análise dos indicadores-chave de desempenho (KPIs) preestabelecidos são facilmente visualizados por todas as partes envolvidas no trabalho.
7. Apresente os Resultados
Ao final do processo, o plano diretor deve contar com um planejamento válido de 1 a 3 anos, seguindo as mesmas diretrizes. Portanto, no final da implantação, a empresa deve providenciar apresentações regulares de resultados.
Ou seja, de 3 em 3 meses avaliar e apresentar aos gestores quais os impactos positivos ou negativos que o PDTI trouxe para a organização, além de verificar o cumprimento das metas preestabelecidas.
Ainda está se perguntando por que a sua empresa deve adotar um Plano Diretor de TI? Felizmente, temos a resposta: por conta do impacto das transformações digitais!
Organizações vs. Transformações digitais
Você sabia que 55% das empresas que ainda não adaptaram seus processos à transformação digital acreditam que vão perder participação no mercado em menos de um ano?
Pois é! A transformação digital já é uma realidade e, para ter sucesso nos negócios, é fundamental alinhar as áreas da organização a ela.
Nesse caso, o PDTI funciona como ponte para alcançar as transformações digitais. Afinal, ele evidencia as práticas e processos que podem obter mais eficiência pelo uso da tecnologia.
Já ficou claro que a tecnologia é a melhor parceira estratégica para a sua empresa, não é mesmo?
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Sócio consultor da EUAX, bacharel em Ciências da Computação, mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC. Possui mais de 16 anos de experiência em projetos de inovação e atua como professor de graduação e pós-graduação da área de inovação.
