Modelo de governança: conheça os 5 tipos e suas principais características

Última atualização em 04/03/2024

Governança corporativa se refere ao conjunto de boas práticas e processos utilizados para garantir transparência, responsabilidade e ética na gestão das empresas.

Por meio dela, as organizações agregam valor ao negócio, diminuem os riscos, promovem a confiança dos stakeholders e estruturam sua gestão de forma eficiente.

Assim, uma das principais características da governança corporativa é reduzir os conflitos de interesse na gestão da empresa e promover uma tomada de decisão baseada em fatos, aumentando a transparência e a confiabilidade da empresa.

Quer saber mais sobre governança corporativa, quais os principais modelos e como utilizá-los na sua empresa? Então, siga a leitura!

Princípios da governança corporativa

A governança corporativa se baseia em 4 pilares, que quando aplicados, garantem a eficácia da gestão, fortalecem a reputação da empresa e criam valor de maneira sustentável para seus stakeholders. São eles:

Esses são os 4 princípios da governança corporativa, mas para que exatamente ela serve? Isso é o que vamos ver no tópico a seguir! Confira:

Veja também o post sobre Governança de dados

Para que serve a governança corporativa?

A governança corporativa tem como objetivo otimizar e aprimorar os processos administrativos da organização, considerando todas as tomadas de decisões de maneira estratégica.

Dessa forma, a governança dentro de uma empresa permite:

  • Proteger os interesses dos acionistas e stakeholders;
  • Direcionar e avaliar as etapas da gestão empresarial;
  • Analisar riscos de mercado;
  • Padronizar fluxos na equipe;
  • Promover a sustentabilidade.

Além disso, a governança corporativa pode ajudar a aumentar a eficiência da empresa, tornando a gestão mais profissional e objetiva.

Leia também o post sobre GRC

Os 5 modelos de governança corporativa

A governança corporativa não possuí um conceito fixo ou um modelo universal. Isso porque, distintas regiões e culturas influenciaram a criação de modelos corporativos diferentes. Confira cada um deles a seguir:

1. Modelo Japonês

O modelo japonês de governança corporativa é conhecido por ser um sistema que enfatiza a colaboração entre empresas e seus stakeholders, incluindo acionistas, trabalhadores e fornecedores.

Algumas das características desse modelo incluem:

Conselhos de administração compostos por membros internos e externos

O sistema japonês valoriza a diversidade no conselho de administração, o que significa que membros externos, independentes e com expertise específica são frequentemente convidados a fazer parte do conselho.

Envolvimento dos trabalhadores

O sistema japonês enfatiza a importância do envolvimento dos trabalhadores nas decisões da empresa. Os trabalhadores são frequentemente representados no conselho de administração, o que ajuda a garantir que suas preocupações sejam ouvidas.

Ênfase no longo prazo

O modelo japonês prioriza o sucesso a longo prazo em vez de buscar lucros imediatos. Isso significa que as empresas japonesas tendem a ser mais conservadoras em suas estratégias de negócios e mais dispostas a assumir riscos a longo prazo.

Relacionamento próximo com fornecedores

As empresas japonesas costumam manter relacionamentos de longo prazo com seus fornecedores, com o objetivo de garantir a qualidade e confiabilidade dos produtos.

Transparência financeira

O sistema japonês enfatiza a transparência financeira, com empresas sendo obrigadas a divulgar informações sobre suas finanças e desempenho regularmente.

Embora o modelo japonês de governança corporativa tenha sido amplamente elogiado, ele também enfrentou críticas por ser muito lento para adotar mudanças.

2. Modelo Alemão

O modelo de governança corporativa alemão também possui participação de instituições financeiras nas empresas. Além disso, ele também conta com um forte foco no envolvimento dos trabalhadores nas decisões da organização.

Algumas das principais características desse modelo, são:

  • Conselhos de Administração mistos: o sistema alemão valoriza a diversidade no conselho de administração, que é composto por membros internos e externos, incluindo representantes dos trabalhadores;
  • Participação dos trabalhadores: A legislação alemã exige que empresas com mais de 2.000 funcionários tenham um representante dos trabalhadores no conselho de administração, enquanto empresas com mais de 500 funcionários devem ter um conselho de trabalhadores separado;
  • Foco em longo prazo: com empresas se concentrando em investimentos a longo prazo e desenvolvimento sustentável em vez de lucros;
  • Transparência financeira: A legislação alemã exige que empresas cotadas na bolsa de valores divulguem informações financeiras detalhadas, incluindo demonstrações financeiras anuais e trimestrais, bem como relatórios de governança corporativa.

3. Modelo Anglo-Saxão

O modelo anglo-saxão de gestão é conhecido por ser um sistema de governança corporativa que enfatiza o desempenho financeiro e a criação de valor para os acionistas.

Além disso, sua característica principal é que os administradores do negócio e os acionistas não se misturam, existindo papéis diferenciados para cada um deles.

Dessa maneira, os acionistas possuem hierarquia aos administradores, definindo as diretrizes do negócio para que ele traga a maior remuneração possível sobre o capital investido.

É importante ressaltar que as decisões mais importantes do negócio são submetidas a votações dos acionistas.

4. Modelo Latino-americano

O modelo latino-americano de governança corporativa tem algumas características especificas. A primeira delas é que empresas familiares são muito fortes e presentes no mercado, o que leva a uma contração de capital nas mãos de alguns grupos.

Outra característica é a participação do estado, pois muitas vezes inclui uma maior participação do Estado na governança corporativa, com o governo tendo um papel ativo na regulamentação e fiscalização das empresas.

Além disso, o modelo latino-americano tende a enfatizar a importância dos stakeholders, incluindo os trabalhadores, clientes e comunidades locais, além dos acionistas.

5. Modelo Latino-europeu

O modelo latino-europeu é muito semelhante ao modelo latino americano uma vez que o patrimônio também está concentrado em algumas corporações familiares de porte.

Em outras situações, grupos de empresas consorciadas que detém esse patrimônio, mas o resultado é igual: governança corporativa fraca, baixo controle externo sobre as decisões dos negócios e acionistas minoritários poucos protegidos.

Acesse também o conteúdo sobre Governança Corporativa e Compliance

O que é um modelo de governança de T.I?

A governança de T.I é uma parte da governança corporativa voltada especificamente para a tecnologia da informação e seus resultados.

O modelo de governança de T.I. refere-se à estrutura de liderança, processos e controles que garantem que a tecnologia da informação suporte e amplie os objetivos de negócios de uma organização. A governança de T.I. é fundamental para garantir que as empresas:

  • Possam gerenciar e controlar efetivamente seus recursos de T.I.;
  • Alinhar a estratégia de T.I. à estratégia de negócios;
  • Gerenciar riscos de segurança e conformidade;
  • Otimizar a aplicação de recursos.

Existem vários modelos de governança de T.I. disponíveis, mas um dos mais populares é o COBIT (Control Objectives for Information and related Technology).

O COBIT se concentra em quatro áreas principais: planejamento e organização, aquisição e implementação, entrega e suporte e monitoramento e avaliação.

Em resumo, a governança de TI é essencial para garantir que a área de TI realmente entregue benefícios para a organização e supra todas as necessidades.

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Aproveite para ler também o post Implementando a Governança de TI

Nele você vai ver:

  • O que é governança de TI;
  • Qual a diferença entre governança de TI e gestão de TI;
  • Benefícios da governança de TI;
  • Como fazer um plano estratégico de TI;
  • Como começar a implantar a Governança de TI;
  • Padrões e frameworks de processos para TI;
  • ITIL® e COBIT®;
  • Gestão de Demandas de TI;
  • O papel da TI na padronização de processos;
  • Como medir o desempenho da TI;
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